Av Atlântica, Posto IV 1974

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A foto de hoje, enviada pelo grande amigo Marcos, filho de outro colaborador, Edmundo Anjo Coutinho, mostra pai e filho no recém inaugurado calçadão da nova praia de Copacabana.
Estávamos na época da vigência do famigerada legislação de incentivo ao turismo, criada em 1971, que autorizou aleijões em diversos bairros do Leme a São Conrado. Onde prédios muito maiores que o gabarito da área subiam com a desculpa de serem hotéis. Em Copacabana temos como símbolos máximos dessa ocupação desvirtuada os prédios dos hotéis Othon Palace e hoje abandonado Le Meridien.
Vemos lá atrás, o gigantesco prédio se elevando á massa dos prédios de 12 andares do bairro, o que acontecia na mesma época se virássemos nossa câmera em direção ao Leme.
O prédio do Rian ainda podia ser visto junto com os prédios de seu quarteirão e o urbanismo estava estalando de novo, postes de sinais padrão DETRAN-GB, os postes de iluminação pública de 18 metros com luminárias a vapor de mercúrio da marca Philips, sinalização vertical totalmente iluminada, das placas indicativas de ruas até as de mão de direção e velocidade máxima. Nessa época o estacionamento junto ao calçadão da praia ainda existia somente desaparecendo em 1992 quando do projeto Rio-Orla na adm. Marcello Alencar.
Nessa mesma épóca (1992) a prefeitura construía as primeiras versões dos quiosques, licitados individualmente, que visava acabar com o predatório monopólio dos traillers da empresa Jonn´s, do empresário João Barreto, inclusive vemos um de seus traillers já ocupando vagas no estacionamento, embora nessa época ela ainda tivesse concorrência da Geneal, da Angú do Gomes e de outras.
Curiosamente como uma gripe resistente, ele voltou, com a nova monopolista denomiada de Orla Rio, detendo a exclusividade do fornecimento de gêneros aos quiosques, e sua manutenção. Com a promessa , em edital de licitação, de instalar os novíssimos quiosques. Algo que não vem cumprindo, estando numa posição muito cômoda. Pois, com os velhos quiosques continua ganhando dinheiro, mesmo prestando péssimo serviço, sem nenhuma obrigação de construir os novos. O resultado é que só em Copacabana tivemos a troca parcial para os novos e aparentemente inadministráveis quiosques projetados por Índio da Costa. Com ótima infraestrura, mas caríssimos para se construir, o que dá ao negócio aparentemente pouco retorno.
Nessa época os postos de salvamento não tinham retornado ao bairro, só sendo construídos na segunda metade dos anos 80 e alguns somente nos anos 90. Muitos em local diverso dos originais, com o 4 e o 5. Também ainda não haviam os oasis, implantados somente em 1983 mas de modo diverso do planejado nos anos 60, quando abrigariam centros de atraçao ao banhista, com os quiosques, chuveiros e vestiários.

13 comentários em “Av Atlântica, Posto IV 1974”

  1. Esses empresários picaretas (ou quase) sempre arrumam um jeito de voltar. Tempos atrás ouvi dizer que os donos do Zona Sul são os mesmos da falida Casas da Banha.
    Os quiosques modernos têm boa infraestrutura? Ouvi dizer que a cozinha subterrânea é o verdadeiro inferno, pois não tem ventilação. Aliás achava que a Prefeitura era a responsável pela construção deles.
    Os postos de salvamento com projeto de Sérgio Bernardes surgiram no fim dos anos 70, no governo de Marcos Tamoyo eu acho. Não tinham as árvores em volta. Em Copa foram apenas os 2, 3 e 4. Os postos 1 e 5 foram feitos mais tarde com alterações no projeto (vigas mais grossas) acho que na mesma época em que fizeram os oásis.
    Já falei disso: http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto:112

    1. Dizem que o Prezunic é dos antigos donos do Dallas, Rainha e Continente, que foram vendidos a preço de banana para o Carrefour, que as reinaugurou com o nome de Champion, numa jogada patrocinada pelo governo da Benedita, em 2002. O Carrefour deu o calote e o grupo retomou várias lojas, reinauguradas com o novo nome. Inclusive, nessa época, chegaram a afirmar que tinha sido a onda de violência a responsável pelo fechamento de algumas lojas Champion e Carrefour.

  2. Esses quiosques novos vendem produtos que nada tem a ver com praia… tem (ou tinha) até cafézinho.
    Não é a toa que vão de mal a pior.
    Na praia tem que vender chope, sucos e côco e, se der, frutas, saladas e sanduíches gelados.

    1. Na minha modesta opinião na calçada não deveria ser vendido NADA, ou se consome na areia, bebidas, belisquetes prontos, sorvetes e salgadinhos, ou se faz uma refeição mais completa em algum bar ou restaurante junto aos prédios ou ruas internas

  3. As vagas exterminadas da Avenica Atlântica fazem muita falta, já que os prédios do bairro, de uma maneira geral, não possuem garagens.

    1. Essas vagas só eram usadas para não moradores do bairro, nenhum morador é louco de deixar o carro tomando essa quantidade toda de maresia. Mas fazem falta, principalmente nos dias úteis. Mas Copa hoje possui metrô e mais do que suficiente serviço de ônibus, o incentivo ao automóvel pelo menos no bairro não deve ser feito

      1. André,
        Fazem falta durante a semana, na medida que os visitantes ao bairro passam a disputar com os moradores, as vagas das ruas internas. Além disso, a falta pode ser verificada também nos finais de semana, como por exemplo no Leme, onde apenas uma única faixa de rolamento fica liberada para a circulação.

  4. André,vc tem mais foto desses traillers do Jonn´s?
    Essa história dos quiosques da orla me interessa… Deveriam servir decentemente cozinha brasileira!!!!
    Sem falar que a cada governo se faz um tipo de quiosque; ora o posto salva-vidas funciona, or fica abandonado… É uma bagunça.
    Enfim… Abraço!Adoro o blog!

  5. Bons dias:
    Legal a foto!
    Acho o máximo (re)ver coisas antigas… Se nota como as coisas mudam.
    Também nasci na cidade_embora resida em PORTO ALEGRE; ia muito a COPACABANA quando menor – e imagino que esteja bem diferente.
    Inclusive nasci no mesmo ano da foto acima… Estamos quase QUARENTÕES (risos!).
    Até,
    Rodrigo

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