Praça da Bandeira, início dos anos 60

Hoje teremos um post duplo com o Rio de Fotos que postou ontem uma foto da região da Praça da Bandeira que deixou muito comentarias perdido ( http://fotolog.terra.com.br/nder:1883 ). A foto mostra um velho edifício possivelmente dos anos 20, que ostentava um grande letreiro da Caixa Econômica e que não chegou aos nossos dias.
Depois de algumas especulações definiu-se que o edifício ficava na esquina das ruas Paulo Fernandes e Pará.

Na nossa primeira imagem mostramos o prédio, parcialmente por volta de 1961 no início das obras da Av. Radial Oeste na Praça da bandeira, sepultando parte da praça e algumas ruas, como a Elipídio Boa Morte da qual vemos os eu leito ainda com os trilhos do bonde e luminárias da Light, o prédio do post do Rio de Fotos fecha a imagem.

Na nossa segunda foto, de 1962 temos a exata localização do prédio já com a Av. Radial Oeste aberta rumo ao Maracanã, engolfando parte do antigo tecido e demolindo trechos de várias ruas.
O prédio certamente construído no PA que imaginava a Av. Trapicheiros (um traçado primitivo da Av. Maracanã), nunca realizada, sendo apenas traçada neste pedaço  a modesta Paulo Fernantes, alinhava-se em um grande largo que distribuia o tráfego que vinha do Centro para a Tijuca via Rua Pará e para São Cristóvão por um trecho da Rua de São Cristóvão que desapareceu, transformada na Rua Ceará.
Como podemos observar o prédio ficou debruçado na nova embocadura da Rua Pará, determinada pelo PA 9542, o que certamente causou a desapropriação parcial do lote e a demolição do prédio, pois mais da metade da área foi comprometida com o novo recuo.
Uma curiosidade interessante pode ser dita pelo pequeno posto de bandeira Shell que vemos em todas as imagens, em pleno perído do Proalcool ele era o único posto da cidade a vender somente gasolina e tinha a fama de ser a melhor gasolina da Z. Norte. Infelizmente po obras que tiraram o posto do caminho Centro-Tijuca ele fechou nos anos 90, embora o imóvel ainda esteja muito bem preservado, sendo usado como oficina.

29 comentários em “Praça da Bandeira, início dos anos 60”

  1. Saindo um pouco do foco…
    Imagino que essa “Avenida Trapicheiros” na verdade seria a Heitor Beltrão, já que a Av. Maracanã segue o rio de mesmo nome. Existem várias cicatrizes do projeto inacabado na Tijuca, inclusive até os anos 90 havia 3 logradouros com o nome de “Heitor Beltrão” que não se ligavam, mas todos estavam no percurso do Rio Trapicheiro. Hoje uma delas, por trás da Praça se chama Gabriela Prado (a menina que morreu no metrô) e a outra é Abelardo Chacrinha Barbosa, junto ao Tijuca Tenis Clube. Curiosamente o Google Maps não mostra a primeira e ainda dá o nome antigo à segunda, enquanto que a planta da Prefeitura mostra as duas com o nome antigo.

    1. Sua hipótese é muito boa, vi dois mapas dessa via, uma que corria mais ou menos onde é um trecho da Radial Oeste fazendo uma alça na região da Ibiturina e outro mapa que realmente tem boa parte do traçado da atual Heitor Beltrão até chegar na Praça da bandeira

  2. Belas fotos e ótimo conhecimento da região: A Ibituruna
    começa na Mariz e Barros e termina na radial oeste.
    Não sabia que a rua Ceará tinha se chamado rua São Cristovão. Na rua Ceará nos anos 60 havia várias revendas de motos e oficinas especializadas .Vários motociclistas se reuniam no local nos sábados para papear sobre motos.
    Lamentável foi terminarem com o bonde 67 Alto da Boa Vista
    que fazia a volta na praça.

    1. Não apenas a Ceará era continuação da São Cristóvão (e continua abrigando comércio de peças de motos) como também a Figueira de Melo chegava até à Praça da Bandeira, interrompida pelo pátio da E.F. Leopoldina. Quanto a esta última existem vestígios como a ponte sobre o Rio Maracanã na rua Francisco Eugênio, e a própria numeração da rua.
      Este mapa mostra a situação:
      http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_rj_petropolis/mapas/praiaformosa_mapa.jpg

  3. Que Aula!!
    Agora as palmeiras ao fundo com a chaminé demais!!
    Na segunda foto parece que existem várias delas. A chaminé seria a fábrica em Vila Isabel? E o conjunto de palmeiras na segunda foto, seria a Quinta da boa vista?

  4. Mais um espaço que o automóvel tomou da gente, com ruas e comércio bem estruturados arrasados para ceder lugar a esta praga que hoje em dia entope as ruas de uma tal forma que, calculo, em apenas tres anos, com a falta de investimento em transporte de massa que há, vai paralisar completamente a cidade.
    Ante-ontem levei duas horas da Penha até o Centro pela Av. Brasil.

  5. Antigamente, a rua Mariz e Barros se chamava rua Nova do Imperador. Começava na ponte dos Marinheiros e cruzava a rua São Cristóvão. Com a construção da Praça da Bandeira, a Mariz e Barros foi dividida em duas: o trecho inicial, da ponte dos Marinheiros até a Praça da Bandeira, passou a se chamar rua Elpídio Boa Morte. O restante manteve o nome de Mariz e Barros.
    Com relação à rua São Cristóvão, o trecho entre o Largo do Estácio e a Praça da Bandeira foi rebatizado como rua Joaquim Palhares e o trecho entre a Praça da Bandeira e a Francisco Eugênio passou a se chamar rua Ceará.

  6. As palmeiras das fotos ficam, as do lado esquerdo na igreja de S. Francisco Xavier e as da direita no Colégio Militar.
    A Pça. da Bandeira mudou muito, aqueles prédio depois do posto Shell foram todos abaixo e hoje existe um posto BR no local.

  7. Na foto de 1962 duas pistas: A da direita da foto seguia em direçao ao Estádio do Maracanã subindo o viaduto (não me lembro se o dito já existia em 1962) atravessando a São Fran
    cisco Xavier indo em direçao da Praça Saenz Peña etc.
    A pista da esquerda para quem seguia para o centro .
    Hoje as duas pistas seguem na mesma direção sendo que
    a pista da esquerda leva para o retorno à Praça da Bandeira
    ou quem vai pra Rua Mariz e Barros.

  8. Durante os anos de 65 e 66, pegava o
    Barão de Drumond-Leblon via Joquei,
    para o Colégio Militar.
    A Praça não era muito diferente da foto.

  9. Honorio, tem razão. A praça pouco mudou assim como as
    enchentes. Ela tem mais fama por causa delas do que por
    outro motivo. Lamentável.

  10. Lembro de ter visto o chafariz da Praça XV, agora ” Monroe ” , na Praça da Bandeira !!!
    acho q pelo final dos anos 60 !
    Já vi também uma foto da Revista da Semana , da década de 20 ou início dos 30 , com um avião ( teco-teco ) que caiu em cima de um sobrado na esquina da Praça com a Rua do Matoso . O sobrado tá lá até o hoje !

  11. Incrivel como a região foi modificada. A primeira grande mudança foi a construção da EF D. Pedro II e a segunda a Leopoldina Railway, que alteraram completamente a configuração das ruas. A Radial Oeste foi apenas a pá de cal.

  12. Gente sou carioca mais a mais de vinte anos moro em Fortaleza,mais tenho muita saudades do meu Rio principalmente do meu Bairro “Praça da Bandeira”,morei na Joaquim Palhares.É muito bom ver essas fotos que revelam as transformações que o nosso bairro sofreu p/ ser o que é hj.

  13. Caros,
    Eu moro na Praça da Bandeira e minha filha está fazendo um trabalho para o colégio. E eu não consigo saber quem foi que deu o nome ao bairro e o porque. Se puderem me ajudar, Muitooo
    Obrigada.
    Paula

  14. Boa tarde a todos, fantásticas estas fotos da Praça da Bandeira, atualmente sou proprietário do antigo posto da Shell que a parece nas fotos onde funciona uma revenda de motos, estou com um projeto que vai deixar o local muito legal, vou restaurar a fachada como na década de 60, ela foi mudada em pequenas partes e está fácil e deixar como era originalmente inclusive nos letreiros da época, vou colocar novamente o telhado de telhas nas partes laterais e pintar na cor original.
    Quem tiver fotos com detalhes pode colaborar para que fique como o original, pois quando a reforma da Praça que será moderna ficar pronta o prédio vai se destacar mostrando uma arquitetura retrô no centro da cidade.
    Abraços.
    Nelson

  15. a praça da bandeira chamava-se largo do matadouro. Na urbanização, como praça, no inicio do século, apareceu o famoso mastro com uma bandeira, sendo apelidada de “praça da bandeira” por alcunha popular mesmo. e pegou. já o trecho ate a rua paraiba e rua ibituruna eram limites do antigo bairro de são cristovao que chegava ate la e fazia limite com o antigo bairro ou freguesia do engenho velho, absorvida pela tijuca. ate recentemente o IPTU e escrituras trazem o engenho velho em trechos da mariz e barros, campos sales, etc… quanto à heitor beltrao, sempre soube que era a rua que margeava o trapicheiros mesmo. a atual 4a igreja batista, na r. paraiba, fundada há mais de 100 anos, na antiga r. são cristovao, atual ceara, era “igreja batista de sam christovam”, na sua origem…

  16. Gostaria de saber se haveria fotos do antigo mercado da Praça da Bandeira dos anos 60.
    Também havia uma garagem de bondes.
    Obrigado

  17. Junto a este posto de gasolina ficava o ponto final da linha Duque de Caxias x Praça da Bandeira, operada inicialmente pela Viação Paredense.

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