Estátua do Pequeno Jornaleiro e Ed. Número 3 da R. Miguel Couto

Nossa imagem de hoje enviada pelo amigo Carlos Ponce de Leon de Paiva possivelmente do final dos anos 30 mostra em destaque a Estátua do Pequeno Jornaleiro, na qual já falamos detalhadamente neste post  de 2005 ( http://www.rioquepassou.com.br/2005/04/18/pequeno-jornaleiro/ ) e que ficava localizada originalmente no pequeno largo de encontro entre as Ruas Miguel Couto e Ouvidor com a Av. Rio Branco.
Mas é o elemento que compõe o fundo que merece ser mencionado. Vemos o pequemo prédio em estilo art-dèco construído em  1931, juntamente com seu vizinho de número 5 pela Real e Benemérita Sociedade Portuquesa de Beneficência Caixa de Socorros como patrimônio para auferir renda.
O prédio, consta nas relações de bens notáveis do estilo, incluído em publicações e  é logicamente tombado, assim como seu vizinho. Mas a foto tem o condão de resgatar seu embasamento perdido ao longo das décadas, que praticamente mutilou não só o térreo, mas também o primeiro andar. Ao se observar o imóvel hoje não vemos que não só as portas originais, bem como os trabalhos de marmoraria e serralheria foram perdidos, o pequeno balcão com o brasão da sociedade como também os elementos geométricos que o ornam e que se repetem pela fachada sumiram. Hoje o prédio hoje possui uma loja com uma grande abertura que inclusive eliminou a pequena porta lateral que dava acesso direto aso pavimentos superiores, que vemos ladeada por várias placas dos ocupantes das salas,  e também  uma fachada logo acima lisa, sem ornamentos que termina em pequenas janelas com Persianas Copacabana restos das duas portas que davam para o balcão.
Certamente o responsável por tal destruição foi a ocupante da loja, a qual vemos inclusive no letreiro principal. Por décadas a Casa José Silva ocupou a loja do imóvel e logo depois a do seu vizinho e foi ao longo dos anos promovendo agressivas modificações conforme a moda ditava, possivelmente a apartir dos anos 50, como vemos nessa imagem aqui. E que acabaram eliminando todos os elementos decorativos do embasamento do prédio, que mereciam  ser reconstruídos em parte.

Fica o registro do interessante embasamento original que muitos que passam e admiram o pequeno prédio nem imaginam como era.