Nossas imagens de hoje hoje mostram uma das típicas bancas de jornais que existiam na cidade até os anos 60, quando foram modificadas, aumentadas, muitas ficando fixas em seus pontos, normalmente fora das vias principais.
O jornaleiro, possivelmente um italiano, tem seu ponto onde atende a freguesia na esquina da Av. Copacabana com Rua Bolivar. O local até hoje mantém um conjunto de prédios da primeira geração do bairro que foram sendo modificados ao sabor das décadas, mas que mantém o primitivo afastamento da via, abandonado no início dos anos 40. O que possibilitava a passagem dos pedestres era a pequena dimensão da banca e sua mobilidade, vemos que ela não era fixa, tendo seu corpo principal pouco mais largo que uma pessoa. O resto do espaço era conquistado graças a várias banquetas de madeira, possivelmente irregulares perante a “Posturas” do DF.
Na primeira foto vemos por de trás da banca uma nesga do prédio do Cine Roxy, bem como do da Galeria Real, bem encobertos pelas cássias da Av. Copcabana ainda não envenenadas pelo monóxido de carbono e comerciantes.
Na segunda foto, rumo a Rua Barão de Ipanema vemos um homogêneo conjunto de prédios da segunda geração de edificações comerciais do bairro, ainda de pequena altura com decoração déco, todos dos anos 30. Nesse trecho restam ainda dois, um completamente descaracterizado pela rede KFC que por décadas abrigou a famosa Bonino´s e o segundo semi-abandonado há várias décadas.
Hoje as bancas de jornais vendem de tudo, são mais completas, algumas refrigeradas e funcionantes durante 24 horas. Mas, de todo modo, sinto saudades dessas bancas daí de cima, onde comprava meus gibis de faroeste.
E lá no fundo, na foto 1, ficava, salvo engano, a Papelaria Iracema, além da entrada da Foto Gancz, famosa em Copacabana.
Maravilhosa foto Andre. Confirme pra min a manchete no
jornal: ¨A luta contra o autotalitarismo¨.
É isso mesmo !
Antigamente o Rio tinha jornais mas não tinha banca.
Hoje em dia, tem banca mais não tem jornais.
Antigamente o Rio tinha jornais mas não tinha bancas.
Hoje em dia tem bancas mas não tem mais jornais.
Derani tem razão. Faltam bons jornais, no sentido,literário
principalmente. Há muitas bancas e muita baixaria.
Grato Andre pela confirmação. Estaríamos nos anos da ditadura militar? 1964 ?
Acho que a foto é de meados dos anos 50 e o “auto-totalitarismo” refere-se ao governo Getúlio Vargas.
As simpáticas bancas de jornais e revistas de outrora perderam o seu charme. As bancas atuais vendem de tudo, algumas até bebidas e salgadinhos. Pior, ocupam mais da metade das calçadas, extendendo seus domínios com puxadinhos e disputando com camelôs quem obstrui mais o direito de ir e vir do cidadão.
Isto acontece em todos os pontos da cidade, particularmente no centro da cidade.
Andre,boa tarde.
Ontem estive no Cais do Valongo ao lado do Hospital Servidores e vi as escavaçoes do antigo cais. Pode-se ver as vigas e os dois pisos originais, local de desembarque e venda de escravos no século XVII, posteriormente chamado de Cais da Imperatriz. Vale a pena conferir e postar alguma coisa.
Abs, J Silva
Vou ver se consigo passar por lá para dar uma olhada
Deve ser algo muito interessante de se ver.