Nossa foto de hoje mostra um dos pontos mais movimentados no início dos anos 30 em Copacabana, o Lido, junto ao Posto II.
Vários aspectos atraíam essa maior frequência, primeiro e determinante a proximidade com o Sauvatage, que ficava instalado na praça, outro ponto era existência a partir do início dos anos 30, do Bar OK, no edifício Ribeiro Moreira, bem como a praça com outro grande atrativo o Bar e Restaurante Lido, um dos pontos chiqs do bairro.
Além do mais, como podemos ver pela foto, o alinhamento da praça, junto a Av. Atlântica, possivelmente criado com a demolição da terrasse que existia no local, criava um recuo no meio-fio, propiciando facilidade de estacionamento, os carros podiam parar à 90 graus além dos que ficavam junto aos canteiros centrais.
Nossa foto é dos primeiros anos da década como podemos atestar pelos carros e pela praia, ainda bem vazia.
Agradecemos o envio da imagem ao amigo Carlos Ponce de Leon de Paiva
Hoje a prefeitura fincaria logo uma placa de estacionamento pago rotativo, no canteiro central teríamos a maldita raça de flanelinhas extorquindo os motoristas, e duvido que encontrássemos um local na areia para sentar. Realmente “Foi um Rio que passou”…
Se fosse na outra “ponta” de Copacabana, diria que era a exposiçao de carros antigos no Forte de Copacabana.
Surpreende a quantidade de automóveis. E tudo era muito mais civilizado.
Que foto!
E todo mundo querendo curtir a Princesinha do Mar…
Estranho, tem mais carro que gente na praia.
Onde estariam todos?
Nos bares?
Boa pedida…
Linda foto: Eram outros tempos ,pessoas com mais educação,
cidade ainda pequena em população, trânsito menos caótico.
Hoje a falta de civilidade é marcante.
Educação é tudo.
Eu imagino que tudo que se vê nas imagens antigas e é lamentado pelos frequentadores dos fotologs fosse resultado de dois fatores: o primeiro obviamente a população muito menor habitando uma cidade que tinha mais ou menos o mesmo tamanho (e infraestrutura) de hoje. O segundo, mais sutil e até “cruel” seria que nesta época a população pobre, que devia ser proporcionalmente muito maior que hoje, era subjugada cultural e esteticamente pela elite “educada”, não tentava impor seus valores (ou falta deles) como acontece hoje.
Isto é, a perda dos antigos valores culturais e estéticos é um dos resultados da melhoria das condições de vida e aumento do poder das populações mais pobres.
Lembro que no caso banho de mar, ainda era considerada uma atividade de gente de elite, e elite moderna…..
A questão é que a educação e a cultura não acompenhou a melhoria da situação econômica. O nivelamento da sociedade está sendo feito por baixo.
Tinha vontade de saber, se a foto foi feita no inverno.
Há uma pessoa de terno e chapeu Panamá, no canto inferior direito.
Por certo ventava bastante; o mar se apresenta encarpelado.
De qualquer forma , vem a pergunta:- Quando, nos dias atuais, se
esperaria ver alguem de terno e chapeu, na Av. Atlântica?
Talvez só em algum baile de carnaval no Copa
Algum casamento no Copa
O Rafael Netto , tem razão em parte: Talvez a população pobre que existe desde o descobrimento não fosse tão numerosa assim, mas a elite da classe media , afogava essa
gente pobre. Mas se os governos anteriores tivessem dado
uma educação decente para esse povo , nossa relação com ele agora sería talvez melhor.Dinheiro só não basta. Tanto que conheço muita gente milionária sem a mínima educação.
Hoje a cidade com oito milhões de habitantes , que não se modernizou , é praticamente impossível de ser governada.
Honorio, perto da pessoa com chapéu há outra de camisa,
de mangas curtas .
Prezado André,
pela primeira vez acessei seu website (cujo endereço vi em nota de uma revista) e fiquei maravilhado. Parabéns por este trabalho feito com tanto carinho, atenção e conhecimento da memória carioca, um verdadeiro e fundamental garimpo. Fiquei encantado também com os comentários de quem o acessa, tão detalhistas, buscando, em cada ângulo, uma tentativa de desvendar o passado ou elucidar alguma parte do mosaico de nossa cidade. Uma beleza, André.