Hoje teremos duas pequenas imagens enviadas pelo Renato Libeck que mostram uma pequena panorâmica do que era a festa da Penha, de tão querida tradição em nossa cidade.
Festa tão querida que era mencionada no jornal O Copacabana em 1908 onde o jornalista escrevia ” A Igreja parece estar na porta do Céu”, além de elogiar a fartura da festa, o clima agradável no sertão do Rio, além das diversas barraquinhas de comidas, prendas e lembranças, elogiando por fim a retidão e simpatia da “mui querida ordem religiosa” .
Vemos na segunda imagem em destaque o pequeno funicular do plano inclinado, que transporta os que não querem ou não podem subir os quase 400 degraus, escavados na pedra nua
E do distante ano de 1908 a velha igreja, construída na beira do penhasco rochoso ainda no seticentismo, foi acompanhando a urbanização do Recôncavo de Inhaúma, da Ilha do Governador e de Maria Angú. As velhas fazendas foram sendo loteadas, o mar afastado. Pretendia-se ali criar novos bairros, idéia essa modificada nos anos 40, onde o local seria o ideal para uma grande zona industrial, abrigando também uma classe média ligada a este parque fabril.
Mas algo deu errado já nos anos 60, primeiramente de forma singela, mas que fugiu o controle nos anos 80, criando uma situação insustentável de crime e desordem urbana.
Fez bem o poder público de fazer o que sempre falei, um veículo de esteira compacto é o ideal para uma incursão, a bandidagem foi expulsa pela sua própria arma, ou seja equipamento bélico para uma guerra de verdade, e mostrou seu amadorismo.
As favelas retomadas pelo estado, em grande parte são urbanizáveis de verdade não com engodos como o Favela Bairro, e deve o poder público, ter a mesma inovação que efetuar um ataque com um blindado. Acabar com o tecido urbano errado e inviável e construir vias largas e moradias decentes para os moradores, pois espaço há. Aproveitrando para esvaziar outras áreas de risco, integrando onde antes era os complexos de favelas da Penha e Alemão em partes dos bairros do Subúrbio da Leopoldina.
Tomara que as ações imperativas que devem se seguir à retomada do espaço sejam implementadas, pois, de outra forma, tudo voltará ao que era antes.
A última vez que fui aí ainda foi numa excursão organizada pelo Colégio.
Creio que a urbanização com a abertura de avenidas que ordenem a área e permitam a circulação dos moradores e acesso às instituições e serviços públicos é fundamental. É importante também recnhecer os direitos e os deveres dos ciadadãos que precisam exercer esta cidadania contribuindo, pelo menos na medida das suas possibilidades, com o pagamentos dos serviços disponibilizados pela cidade. Um pouco mais da minha opinião em:
http://cariocadorio.wordpress.com/2010/11/27/mais-alem-da-guerra-do-rio/
A igreja atual é de quando? Tem aparência de fim do século 19.
Quanto ao Alemão e adjacências, estou segurando as expectativas. Já surgem denúncias que a ocupação está sendo entregue a maus policiais. E a própria diretriz das obras do PAC aponta apenas para melhorias no “câncer” (drenagem, pavimentação etc) do que reordenação.
Rafa, acho que a grande reconstrução foi entre 1870 e 1872. Depois, em 1900, houve outra reforma.
Infelizmente sou cético.
A política é de contenção e não de resolução definitiva do problema (principalmente o social).
É como hoje em dia os laboratórios e cientistas agem.
Ninguém descobre mais a cura de nenhuma doença, só o tratamento mais eficaz e caro.
Não interessa curar doença.
Interessa é tratar.
Nesse tempo as Missa eram em latim e o padre celebrava de frente para Deus…
Bons tempos de liturgia perfeita!
A igreja de Nossa Senhora da Penha sempre foi o símbolo do simpático bairro de subúrbio da Leopoldina, pelo menos até os anos 80. A partir daí a desgovernança que tivemos nesse período permitiu a proliferação da bandidagem que tanto infernizou a população da região. A referência do bairro deixou de ser a igreja, passando a ser a Vila Cruzeiro. Deixamos de ver os fiéis que pagavam suas promessas subindo as escadas da igreja de joelhos, como eu mesmo vi quando criança e tanto me impressionou. As pessoas passaram a ter medo de ir à Penha pela violência que ficou conhecido o local. O governo demorou a tomar uma atitude. A ousadia dos bandidos impressionava a todos, só faltavam invadirem o palácio do governo, sentarem à mesa do governador e venderem droga pelo telefone. A invasão da polícia a forças armadas foi uma necessidade, embora tardia, se foi a solução para a região, não sei….esperemos e veremos.
Tenho uma visão mais radical sobre a questão das ocupações irregulares aqui no Rio de Janeiro. Conheço-as bem, já que por alguns anos trabalhei como dentista em PSF. A população ali assistida de certo não são pessoas de má fé (estou apenas falando de 50% dos moradores dessas comunidades). Já tive pacientes de classe média alta que nos anos 90 se enrrolaram tanto em dividas que tiveram de fazer retirada estratégica para uma comunidade carioca: a rocinha. Hoje, paciente minha está adorando o lugar que mora na rocinnha. Aluguou um apartamento de tres quartos onde TODA a despesa está inclu[ida, inclusive os luxo de tv por assinatura e segurança armada. A ínica compra de serviço que ela pagava era o gás, devidamente monopolizado por expertalhoes pseudo prestadores de serviço
Para mim só vejo possibilidade da situação realmente melhorar se derrubarem tudo e a reconstrução ser feita nos mesmos lugares ou lugares na mesma região ou locais proximos. Desde que sou testemunha das melhorias feitas nas comunidades e principalmente o favela bairro não atingiram de fato melhor condição de vida.
Semprei acreditei que sai mais barato além de viabilizar uma reubarnização efetiva e assim sim deixar de ser chamado por muitos de favela.
Nos anos 80 trabalhando na Fiocruz, fui tetemunha ocular da construção do bairro vila do joão. Um espetáculo!! Bairro comum, com praça , areas de lazer, campos de futebol. Um excelente bairo muito semelhante ao Jardim América dos anos 60.
Mas depois……….. o pessoal começou a avacalhar, puxa daqui, sobe aliatravessa a rua acolae, deu no que deu…….
hoje uma favela como outra qualquer. Mas podia ter dado certo se o poder publico fizesse o mesmo que faz em casos como você mexer na fachada do seu imóvel até para pintar a parte exterior: te manda um fiscal; este te dá um prazo de 5 a 10 dias pra adequar projeto, etc, e se você não conseguir é multa meus queridos.
Ao ver o post da sra Margareth, Percebemos que a ignorância não e mero privilégio de quem não recebeu estudo, mas também de uma sociedade que não sabe reconhecer o que e belo mesmo em situações adversas.
Pois o citado foi o patrimônio, ou seja a igreja da Penha, sua beleza e não as favelas que a rodeiam.
Não se deixe iludir, as construções já estão feitas, e as coisas mais lindas que temos no rio são rodeadas ou pelo menos estão proximas as favelas.
” Não se da para derrubar um patrimônio tão belo e rico em história como este pelo simples fato de o bairro onde ele se encontra seja simples”.
Minha querida camarada Dr. Raquel, longe de ser iguinorante na questão, sou testemunha viva e ocular de uma região que foi degradada não só pela bestialidade de transformações do projeto, mas pelo próprio poder público que custeou as obras e executou o projeto em uma área da União não se preocupou em fiscalizar o bairro. Sim, a vila do João, excelente projeto de urbanização da uma favela da maré – para quem não sabe palafitas – (horrorosa, segundo os generais militares de então) foi de fato transformado em um bairro.
Com o engajamento, de pessoas como a senhora em prol desse gosto duvidoso que é morar pendurado em morro e em ruas sem a menor condição de ventilação, e com uma dificuldade singular em recolher o lixo produzido, sugiro que a Senhora visite a vila do João hoje para ver o que se tornou aquele projeto belíssimo, numa tremenda terra de ninguém.
Não se trata de maquiar e deixar o que é infra-estrutura pro próximo governo resolver (prática, aliás, que há anos com o nome de favela-bairro). Uma urbanização de fato é direito de quem vive nesses lugares e da galera do asfalto também. Todos (?) custeam essas obras, e em várias edições do favela-bairro, a questão urbana não foi resolvida, nem será enquanto não radicalizar o projeto. Ao que parece, parte da Rocinha vai vir abaixo pra virar uma rua de verdade, assim quase certeza que vai dar certo. É necessário fazer além de justiça social (brrr) , precisa fazer bom uso do dinheiro público em bons projetos e de facil manutenção.
Só mais uma coisinha a título de curiosidade: A Rocinha mantém de forma merecedora o primeiro lugar em número de infectados da turbeculose da América Latina. E o Lula querendo assento fixo na ONU
A tuberculose se transmite via ar em áreas insalubres e com pouca ventilação.
Agora… Pra me chamar de iguinorante além de os outros comentaristas e acima de tudo do próprio Decourt, Só pode ser por:
Alternativas:
A ) Ou a senhora mora numa comunidade bem avacalhada e está terminando um puxadinho, só faltando o embouço
B ) tá feliz e contente aposentada, cega, e sitiada no bairro da Urca só visitando suas fotos de família.
C ) Fala dos EUA, Europa, Angola ou outro país por aí afora e igual ao “Imperador” Deu o maior banzo da comunidade, do funck, da liberdade fica aí reclamando com os dedos
PS. Fui criada na região da Leopoldina da qual só saí nos anos 80 para viver na zonal sul e lamento muitíssimo o que está acontecendo a esses exelentes bairros
Mas o espaço aqui é livre para qualquer manifestação, não é?
ignorante……
Emboço….. tudo a título de correção de vosso texto.
A Vila do João foi construida em terrenos já secos, onde antes existia o Aeródromo de Manguinhos. O aterro ocorreu numa área de mangue e palafitas próxima à ponte de acesso ao Fundão. Mais tarde outro aterro foi feito para acomodar as pistas da Linha Vermelha.
Acho toda essa discussão ótima. Só não entendo a necessidade e agredirem-se verbalmente. Isso sim é sintoma de ignorância.
E minha cara realmente deve ser “ignorância”, o espaço realmente e livre, para criticar ou enaltecer o post em questão (Igreja da Penha, e sua festa).
Serei bem breve, se não está satisfeita com a situação com que se encontra sua cidade e as favelas que a rodeiam, faça algo para ajudar, candidate-se a ” presidência da república, deputada, senadora ou até mesmo sindica do seu ap. na zona sul, mas faça sua parte ao invés de desmoralizar a residência das pessoas.
Não pense que problemas assolam somente o vosso país de origem, pois cada um até mesmo os E.U.A anda passando por problemas, e claro que não se compara, mas, as nossas belezas naturais, culturais e até mesmo o nosso povo não há nada igual.
Ah! só para sua informação a tuberculose pode ser transmitida em qualquer parte do mundo, isso não e uma exclusividade dos moradores da favela da rocinha.
P.s * Viva a Igreja da Penha, construção maravilhosa! espero que agora a festa volte a ser pelo menos 40% do que foi no passado, seria bom ver os mais jovens participando de algo que ainda tem uma simbologia forte no bairro.
Moro no complexo da penha a 14 anos e nunca vi a igrela da penha desse jeito q pena q foi um RIO q PASSOU!!!
prezados, necessito de fotos antigas/históricas do bairro de Engenho de Dentro para seleção, ampliação e instalação de painéis na loja do Carrefour do bairro, como forma de homenagem. As fotos precisam suportar ampliação e necessitamos de 10/15 para seleção e escolha por parte do cliente. Asseguro legenda e crédito nas fotos e coloco meu fone e e-mail para qualquer outro esclarecimento. Desde já grato. Prof. Waldemar – SELL Publicidade/Carrefour. e-mail [email protected] e fone 11 976335429.