“Antonio Ribeiro França, o “França”, como era conhecido, desde cedo assessorara Lebrão na parte tão importante da comunicação com o público. De simples empregado, em 1896, vindo de Portugal com o grupo que Lebrão trouxe de lá, passou a “interessado” e depois a sócio, graças às suas virtudes de educação e tato.
Sempre cuidadosamente vestido, França sabia, como poucos lidar com os clientes.
Cumprimentava a todos, atendida a desejos e caprichos de alguns e muitos faziam questão de uma boa conversa com ele, antes de saírem da confeitaria. Fazia muito sucesso com seu jeito galante e respeitoso, conquistando freqüentadores, expandindo o mercado do estabelecimento. França foi um grande relações públicas da Colombo, junto à imprensa e a clientes, políticos, magistrados, senhoras e senhoritas”
Trecho do livro: Confeitaria Colombo de Alda Rosa Travassos e Elizabeth de Mattos Dias
Como podemos ver pela roupa do “seu” França e por seu porte aristocrático, que a foto nos passa que o texto está correto, junto com Eloy Jorge ele transformou a confeitaria Colombo numa das marcas mais chiques, sofisticadas e conhecidas do Brasil nos anos 30, 40 e 50.
Uma ano depois seu filho Antônio Ribeiro França Júnior também virava sócio e comandou a empresa junto com o filho de Eloy Jorge e Manuel Antonio de Souza Velloso, até a venda ao grupo goiano Arisco, o qual quase destruiu a marca, estando ela até hoje sentida de uma administração fria e vinda de “fora”que desconsiderava a importância da confeitaria e sua filial à vida da cidade .
Comments (31)
caramba
a foto tri boa
mas o que amei foi o caption, trata-se de história… umas das coisas que mais adoro.
muito bom.
Elegante!
Legal, tenho 2 fotos da Praça do Lido no ar, de hj em dia, bem diferente desta calma aristocrática.
a confeitaria colombo ainda existe ? qual o endereço ? perdoe a minha ignorância…
que época maravilhosa essa, inclusive isso foi antes da terrível 2a guerra mundial…
abraços
Cand, a Confeitaria Colombo fica na Rua Gonçalves Dias, no coração do centro da cidade do Rio. Quando você vier por aqui, vale uma visita. É inesquecível. A máquina do tempo é uma boa comparação. Não perca.
Não sei se vocês viram o capítulo de ontem da mini série Mad Maria.Tem uma cena imperdível na confeitaria Colombo e ela continua linda como nos anos 50 quando eu pegava um bonde em Botafogo e ia com minha mãe tomar lanche e fazer compras no “centro da cidade”. Pronto me entreguei!
Muito legal!
Embasado pela convivência de 10 anos com os goianos, devo dizer que, para empresários com pinta de modernos mas que na sua maioria carregam a rusticidade comercial dos coronéis, é de se admirar que não tenham destruído completamente “essa padaria metida a besta”.
André, estou pedindo a vc e ao resto do pessoal uma indicação de um antiquário aí no Rio. É que durante a viagem, entre outras coisitas, achei um libreto da ópera Madame Butterfly com uma dedicatória manuscrita do Puccini à Rainha Elena da Itália (1904), uma primeira edição autografada de “Um Século de Ópera em São Paulo” e uma cacetada de discos de baquelite de 1930 e lá vai fumaça, com óperas e clássicos. Devo passar pelo Rio na época do Carnaval e queria saber se vale a pena levar essa tranqueira. Se tiver alguma dica, por favor, me avise pelo e-mail [email protected] Obrigado!
Abração,
Celso Serqueira
Elegantissimo nosso amigo, mas roupa completamente desapropriada para nosso clima!
:-))))
Esta aí fica perto da minha casa…
Agora falando sério:
Eu estou muito impressionado e até emocionado de ver a união que este grupo de fotologers tem.
Com muita justiça vocês detonaram o flog da ladra de fotos.
A foto do Zé Rodrigo – maravilhosa por sinal – foi rouubada do flog dele e seria muito fácil a identificação.
Como este flog do André que por motivos óbvios apresenta fotos de terceiros, o meu lá no Terra também apresenta. E praticamente nunca as fotos que eu garimpo tem autoria declarada.
O mesmo não aconteceu com a ladra da foto do JRO.
Foi mão grande mesmo…a além de tudo foi muito grosseira merecendo todos os adjetivos a ela endereçados.
Parabéns pela união!
Abs,
Bertoni
http://fotolog.terra.com.br/outromundo
Aquela fonte que aparece no meu fotolog, fica ao lado da Cascatinha Taunay, logo após a entrada no Parque da Tijuca. Muito boa essa foto de hoje, mas sempre me encanto (e me indigno) ao ver imagens do Palácio Monroe, embora não seja do Rio e sequer tenha-o visto na época!!
Ah! Estou preparando um projeto de uma peça de teatro e pensei em usar (para o projeto, não na peça) fotos que ilustrem famílias e pessoas de fazendas de café, na década de 30 (incluindo a crise do café). Onde posso encontrar, tens alguma dica? Esse é o pano de fundo da história!
A Colombo foi comprada pelo grupo Arisco??? Então quer dizer que a casa hoje pertence à todo-poderosa Unilever????
Como de hábito, André, tempos que não voltam e deixaram saudades (muito embora, no dia em que esta foto foi feita eu fosse um anjinho)…
Abraços, Jayme
que elegante!!!!
Chique
Excelente o post de hoje… poucas pessoas possuem um registro tao detalhado de algum de seus antepassados, quanto mais do “trisavô”… a propósito, ainda esta semana estive na Colombo, continua a mesma, hehehe!
!
Grande abraço,
|eliezer|®
concordo com o esanchez….muito legal ter estes registros! 😉