Nós estamos vendo as obras de alargamento da rua Uruguaiana, a primeira rua que cruza é a Sete de Setembro, ainda não alargada, e a próxima esquina é a rua da Carioca, também sem as obras de alargamento .
A construção escura à nossa frente é o velho hospital da Ordem Terceira, demolido em 1906, pois o mesmo era um obstáculo ao alargamento da rua da Carioca e do largo de mesmo nome .
Essa foto nos dá a certeza de duas coisas, a primeira é a inadequação da velha cidade colonial com estreitas ruelas ao sec. XX e seus meios de transporte e urbanismo, a segunda é que um carioca que não dispusesse de uma legenda explicativa não saberia aonde com certeza seria tal foto .
Esse fotologger pensava que seriam as demolições para construção da Av. Rio Branco, em direção ao Largo da Mãe do Bispo, e que as estreitas ruas fossem o extinto beco do Cairu, e a rua de Santo Antônio, pensei isso durante mais de 2 anos até que no dia 12 de Janeiro visitando o Dr. Edmundo Coutinho pai de um colega da UERJ e grande amante do Rio antigo, achei essa foto legendada num velho e esgotado livro de Dunlop , quando a charada foi morta .
Na realidade tudo colabora para gerar uma confusão, o morro do Castelo ainda não teve o seu lado conhecido como do Seminário explodido para em seu lugar construir a Biblioteca Nacional e a Escola de Belas Artes, e o topo do Pão de Açúcar visto também desse ângulo nos tira um pouco o senso de direção.
Comments (24)
bela foto, é sem a descrição ia ficar dificil mesmo, tanto vc qto o /tumminelli resolveram visitar minha area o Centro legal…heheheheehe..abraços…
bOM DIA AMIGO.
Mais uma muito interessante informacâo histórico-fotográfica da história urbana do Rkio de Janeiro.
Eu,como apreciador de um urbanismo humano onde se possa dar valor à beleza no desenvolvimento das cidades, sinto-me muito mais informado e inteirado do desenvolvimento urbano do nosso Rio de Janeiro, tâo castigado ao longo de décadas por políticas populistas que nmunca levaram em conta um crescimento organizado e humano deste conglomerado de belezas que é a cidade maravilhosa
Vou te acompanhar nestes seminários urbanísiticos.
Tenha uma boa semana
Eu nunca saberia onde era isso, se não fosse sua explicação!
Bom dia e boa semana!
:))
a não ser o Pão de Açúcar, o resto todo passou batido pela minha percepção…
(risos)
quanto ao francês…
nesta kômbi foram as móveis que ele passou adiante, segundo o porteiro ele vendeu algumas coisas e ainda deixou outras no apartamento… sei lá o que aconteceu aqui em cima e não quero saber! me interessa é que ele virou chacota, e das mais estapafúrdias que eu já vi! (risos)
que siga seu caminho em Paz e que vá perturbar outro em outra estação! aqui chegou! 🙂
beijo e boa semana
PAZ E BEM!
Caramba! Isso me faz lembrar alguns contos de Machado de Assis e “O Xangô de Baker Street”, com o Rio do século 19, com essas ruelas estreitas. Realmente não daria pra comportar a cidade que é hoje se a paisagem urbana fosse mantida assim.
Grande abraço, André!
direto ao Rio pós Monárquico. rsrsrsrs
Realmente fica difícil se localizar nesta foto. Aquele pedaço à esquerda é o Morro do Castelo? Parece que ocupava onde hoje é o Edificio Central.
Pois é, é o Morro do Castelo, mas ele não chegava alí, mas sim na altura de Belas Artes, e mais uma ilusão de ótica que gera confusão, e pior com essa ilusão o largo da Carioca que vemos alí na frente se torna largo da Mãe do Bisbo
Acho que esta confusão toda foi causada pela mãe do bispo, que não era larga o bastante para acolher o Cairu, o Santo Antonio e a Uruguaiana em seus morros no Castelo….
JRO :-)))
Peço mais respeito com a mãe do Bispo. Se ela não era larga o bastante para acolher tanta gente eu não sei, mas vamos deixar Santo Antônio de fora dessa.
A inadequação da velha cidade colonial ao século XX não me parece desculpa para a destruição que fizeram e ainda fazem nela. Todas as cidades européias tiveram que se adaptar à modernidade e, no entanto, a destruição foi em escala bem menor. Faltou um pouco de amor à história nos nossos urbanistas. Ou não?
Outra coisa, não entendi o que é “empena cega”.
EMPENA CEGA É UMA PAREDE QUE NÃO TEM JANELAS, PORTANTO NÃO ENXERGA, LOGO, É CEGA :-)))
Todas aquelas laterais de construções que não têm janelas ou buracos de ventilação. Normalmente estão contighuas a outra empena cega.
JRO :-))
O Largo da Mãe do Bispo ficava onde hoje é o Teatro Municipal. Lí em algum site, que o lugar se chamava assim, porque no local morava a mãe de um importante bispo da época (Sec. XIX creio eu), e foi assim criada aquela expressão “Vá recalmar com a mãe do bispo” por que os moradores qundo tinham algo a reclamar iam até ela…Confere, André?
Do jeito que a cidade era não via muito futuro para ela, pois ao contrário das cidades europeias a nossa começou como uma fortaleza e praticamente se desenvouveu modificando essa fortaleza, transformando-a num verdedeiro covil, não a deixando intacta e passando as muralhas…
Tanto a Rio Branco, como o Porto eram necessários, pois foram obras ainda feitas sem a ditadura do automóvel, que apesar de gostar muito, nunca pode ser colocado na frente do desenvolvimento de uma cidade, a Pres. Vargas começou a era de exageros no urbanismo de nossa cidade.
Hoje o núcleo central devia estar intacto e o transporte sobre trilhos deveria ditar o crescimento da cidade
A Uruguaiana é paralela a Av Rio Branco.
Se nós vemos o Pão de Açucar, a foto foi tirada no sentido Praça Mauá-Cinelandia.
Se a sete de setembro é a primeira, embaixo da foto, na horizontal, então ela não ia até a Rio Branco, à esquerda, como está na foto.
É isso mesmo??
A 7 de Setembro realmente não chegava a Rio Branco, pois ela não existia..hehehehehee
Agora falando sério, a 7 de Setembro conhecida como rua do Cano, por levar água do Chafariz da Carioca para o Chafariz do Largo do Paço através de um cano subterrâneo, o qual tive o privilégio de ver numa prospecção arqueológica quando do Rio Cidade da Praça XV, inicialmente ia até a rua do Carmo, só no sec. XIX que ela chegou na rua Direita atual Primeiro de Março.
Na foto, a esquina é meio difícil de ser vista por causa da sombra projetada, mas seguindo a linha do meio fio podemos ve-lo contornando a esquina, bem como uma nesga de janela perto do segundo mastro de bandeira na parte inferior esquerda da foto.
Excelente foto e explicação!!
Parabéns mais uma vez!!!
Como disse a Kau a única coisa que reconheci foi o Pão de açucar…
Pois é, a Luma se acha feia porque as meninas do colégio a chamam de nariguda. Ela acabou de fazer 12 anos e criança é cruel… 🙁
Mas posso estar enganada mas ela vai ficar um mulherão. Já disse prá ela. Mas ela nã acreditou… 🙁 😉
Altas discussões sobre história da estrutura urbana do Rio, interessantíssimas informações!!!
Recomendei seu flog para alguns professores e alunos que se interessam em saber como era nossa cidade no passado!
Beijos!
Olá, André!
Valeu a sua visita lá no meu flog!
A modelo, por incrível que pareça, tem uma filhinha. Ninguém diz, né? Saradinha…
Abração!
Muito bom passear por aqui, nestes registros de “antigamente”!