Vemos aqui a capa e o interior da carteirinha da Assitência dos Empregados Municipais do DF que pertentenceu a minha tia-avó Izabel filha do Vereador Rocha Leão.
A Assistência foi uma das criações do prefeito Pedro Ernesto, se antecipando em pelo menos uma década à Vargas na criação do Servidores, pois foi criada ainda em 1930 pelo Decreto DF de número 4033. Sendo que dois anos depois equiparou-se os Operários Muncipais ( lixeiros, faxineiros,Calçateiros etc..) aos mesmos direitos que possuiam os funcionários mais graduados, inclusive a estabilidade e o montepio, bem como os auxílios funeral e as licenças por morte e doença. Tudo isso ainda em 1932………
Criou-se então o núcleo do hoje desmontado e demolido IASERJ ( um adjeto crime iniciado por Brizola, ampliado por Garotinho e executado finalmente por Cabral), bem como o do também sucateado IPERJ, hoje substituído pelo Rio Previdência.
É interessante por ter se oposto a inimigos perigosos e poderosos como Vargas, a Igreja Católica, os Integralistas, Comunistas e Fascistas , perceber que, a curta experiência Autonomista no Rio de Janeiro, tão progressista, foi praticamente varrida da história do país e da cidade. Os programas educacionais, urbanos, sociais e educacionais do grande prefeito foram extintos com o Estado Novo e assim permanecem ainda hoje, quando muitos dos louros atribuídos hoje à Vargas no campo social foram implementados realmente na administração distrital, no início da década de 30 enquanto o caudílho flertava com Hittler, Musolini e os fascistas isso alguns bons anos antes de ser autoploclamado pai dos pobres.
A experiência da Guarda Municipal, que a posteiriore rendeu a reforma dos Barbonos na sua competência de segurança pública, da educação laica nos colégios públicos, do sistema de asistência jurídica gratuíta, da criação da rede municipal de saúde são marcos com o qual da cidade e o estado usufruem até hoje, e que foram criados num curto espaço de 06 anos. Dos quais a titularidade o povo desconhece.
Este é um dos grandes problemas da Administração Pública do Rio de Janeiro. Não há continuidade dos bons projetos. Tudo o que foi feito anteriormente é solenemente ignorado a cada novo governante. Além, é claro, de lhes faltar competência, de modo geral.
Na verdade, não existem Políticas de Estado, mas só “políticas de governo”.
Daí a descontinuidade…
O maior exemplo disso são os CIEP´s, a melhor experiência de educação pública recente, desmantelada por Moreira Franco quando se elegeu Governador.
Frequento a cidade de Houston há mais de 20 anos por motivos profissionais. É impressionante acontinuidade de obras públicas que progridem, às vezes lentamente, para se consolidar ao longo dos anos com qualidade que asseguram 50 anos de existência, independente dos governos municipais.
Aqui as coisas tem que ser feitas dentro dos 4 anos de mandato do prefeito ou governador. O que se fazia antes é esquecido (vide cidade da música) e o que vem depois pouco importa.
O prefeito de Macaé com toda a grana do petróleo aproveitou par fazer monumentos inúteis que realmente ficarão lá por muito tempo por que custaria muito caro removê-lo.
Brizola fez CIEPs mais como monumentos mas ainda assim os fez. O Gato Angorá em vez de povoá-los com professores e aulas preferiu ignorá-los.
Os antigos institutos de saúde (eu frequentava o IAPB) foram substituidos pleo INPS, que seria uma maravilha se funcionasse.
André muito interessante seu site porque você não fica só com a parte da cidade e sim com o que acontecia, os fatos, e um pouco da vida social delas.
Meus Parabéns estar muito bom!
Muito oportuna e ilustrativa sua postagem…
Cumpre tambem dizer que esta sua tia-avó era uma bela moça.