Praça José de Alencar – Ed. Santos Lobo e Feira Livre- anos 50


Na quarta passada o Carioca da Gema mostrou um prédio praticamente desconhecido de muitos cariocas ( http://fotolog.terra.com.br/carioca_da_gema_2:292 ) mas que já tinha sido assunto aqui no site, ainda nos tempos de fotolog em 2006 ( http://www.rioquepassou.com.br/2006/10/18/praca-jose-de-alencar-anos-40/ ) e que logo após gerou uma série de posts sobre ele. Partindo o misterioso AD ( http://fotolog.terra.com.br/sdorio:2513 ) chegando ao Voando Para o Rio ( http://fotolog.terra.com.br/jban:2107 ).
O personagem principal era o Ed. Santos Lobo, contemporâneo de prédios antigos na cidade como o Guarujá, com sua construção inciada em 1928 e entregue com os apartamentos já equipados com fridge e demais utensílios de cozinha e banheiro, lustres etc… em 1930, um luxo.
Foi figura presente na Praça José de Alencar por mais de 40 anos, assistindo todas as modificações realizadas na praça, como os seguidos “passeios” da estátua do homenageado, passando pela a demolição do velho Hotel dos Estrangeiros e a verticalização do entorno. Mas não resistiu a modificação mais profunda não só da praça, mas de toda a região; a passagem  do Metrô pelo agressivo método do cut ‘n cover, que promoveu um grande número de demolições e supressão de marcos arquitetônicos e socias da região como o Lamas original, o Cinema São Luiz e a velha garagem de bondes. O Santos Lobo também foi uma das vítimas, pois o trajeto do metrô passava justamente nas suas fundações na curva rumo ao Morro Azul e a posteriore à Botafogo ( http://www.rioquepassou.com.br/2005/03/25/praca-jose-de-alencar-obras-do-metro/ ) pois com seu velho alinhamento ele ainda respeitava o PA de Passos para a Rua do Catete e o metrô respeitava o alinhamento da projetada Av. Humaitá-Glória.
Por isso foi implodido nos anos 70, sobrando de sua existência apenas uma nesga de terreno sem profundidade hoje usado para feirinhas e mercado de pulgas. Mas se olharmos o pequeno prédio, que está lá ainda hoje ao lado do terreno vago, com a fachada curva concluímos que o destino  do Santos Lobo era a demolição que  já estava traçada desde os anos 40 quando a Av. Humaitá-Glória, depois conhecida como Radial Sul foi imaginada, e se implementada ele também iria ao chão como foi com o Metrô.
Na nossa foto, infelizmente de baixa resolução, vemos o Ed. Santos Lobo bem como a ambiência em torno da estátua; aparentemente ainda no seu alinhamento dos anos 10 e a grande feira livre do Largo do Machado que mudava de lugar nos anos 50 inúmeras vezes. No extremo esquerdo vemos as seteiras da fachada da Igreja Metodista, o único elemento que ainda está no mesmo local desde o séc. XIX e que nos dá uma idéia da perfeita localização do Santos Lobo.