Canal do Mangue, início dos anos 70

Estamos em rítmo de post duplo com o Saudades do Rio – O Clone, falando de Canal do Mangue
Ao contrário das belas imagens do renque de palmeiras imperiais mostradas por AD em O Clone ( http://fotolog.terra.com.br/sdorio:1524 )  mediante décadas de pesada poluição de grande tráfego, principalmente após a abertura da Av. Pres. Vargas, vemos que pouquíssimas resistiram.
No canteiro central, não havia nem mais o interesse de replantá-las, já estavam substituídas oitis, notadamente porque os canteiros foram em muito estreitados quando da abertura a ignóbil via, que acabou absorvendo as velhas ruas de Senador Euzébio e Visconde de Itaúna.
O tráfego pesadíssimo conduz o transito ao Centro numa manhã de dia útil, mas onde a foto mais esclarece e impressiona é o velho tecido urbano da Cidade Nova, condenado, mas na área focada pela foto, intácto.
A ponte que vemos em primeiro plano, já sem uso para o tráfego de autos era certamente a da Rua Luis Pinto, as seguintes na imagem correspondiam as Ruas Carmo Neto e Marquês de Sapucai. Ainda na esquerda acompanhamos a linha das ruas Gal Pedra e João Caetano, paralelas ao canal do Mangue, hoje completamente desaparecidas com as desastradas reformas urbanas da área. Ainda na esquerda temos a esquina da Rua Dr. Ezequiel.
Mais a frente vemos o velho prédio da CEG, com sua caracteristica torre e o único prédio moderno da região o da TELERJ, a época CTB, que obedecia um novo PA, possivelmente o do natimorto bairro  “Avenida-Cidade” (  http://www.rioquepassou.com.br/2008/04/17/ ) , que com todas as demolições perdeu completamente o sentido, estando totalmente inviabilizado, ainda mais com a nova enganação, chamada Linha 1-A.
Na direita vemos outro conjunto edificado, equilibrado e conciso, onde hoje temos terrenos baldios e a tentativa estéril de se colocar altíssimos prédios, com os dos Correios e da Própria prefeitura.
Uma foto para se ver na resolução máxima, sem dúvida.

16 comentários em “Canal do Mangue, início dos anos 70”

  1. É triste ver o vazio hoje em dia que corresponde ao lado direito da foto tirada nos anos 70!
    Hoje, o que mais chama atenção, ali é o barracão da São Clemente, além é claro da obra do metro!

  2. No sábado passado passei pela Carmo Neto e Frei Caneca e deu vontade de chorar. Uma tristeza só.
    A coisa já estava feia para o lado das palmeiras nos anos 70…

  3. Tenho um plástico de para-brisas de uma oficina (acho que “Auto Repar Germânica”, com certeza, especializada em Volkswagen) cujo endereço é na rua General Pedra. Quando essa rua despareceu?
    No muro à direita, numa parte que não aparece na foto, ainda sobreviviam nessa época dois paineis publicitários em azulejos:
    Um era do “Alfaiate Mágico” e outro era de um produto para cabelos, se não me engano, Gumex.

    1. A Gal. Pedra desapareceu por volta da primeira metade dos anos 70, em 72/73 meu pai fez fotos da área para tentar salvá-la de destruição total visto que ele era da SEP-GB, mas não logrou êxito

      1. Qual o objetivo da destruição completa de (mais de) uma rua? O que se pretendia construir no lugar?
        Nos anos 70 já estava claro que o plano original da região da Pres. Vargas não poderia ser concluido, você concorda?
        É estranho a destruição ter continuado – aparentemente – sem um objetivo. Nem sei ao certo o que existe lá hoje.
        É diferente das demolições do outro lado, que resultaram no conjunto Correios e Prefeitura: pode-se lamentar o resultado, mas ele ao menos existe.

  4. Quanto ao lado direito da foto, a ideia dos “altíssimos prédios” não é de todo ruim se for implementada por completo (sem deixar terrenos baldios) e conjugada com a restauração do Hospital S.Francisco de Assis. O viaduto S.Sebastião e a área do Terreirão, não edificante por causa do metrô, se encarregaram de desconectar esta região do tecido urbano.
    O problema é mesmo o outro lado da avenida, tornada terra devoluta onde ainda sobrevivem (até quando?) algumas ruínas. Como lembrou o Decourt no lugar está sendo construído o Mausoléu do Metrô do Rio.

  5. Há boas imagens em movimento dessa região (e até da Pça. da Bandeira), nessa mesma época, no início do filme “Toda Nudez Será Castigada” de Arnaldo Jabor. Sempre achei surpreendente ver que ainda restava muito das antigas construções, especialmente nessa parte antes da Pça XI.
    Vi este filme pela primeira vez em 1983 e me espantei como as coisas mudaram tanto em apenas 10 anos.

  6. Caro André, tudo bem?
    É simplesmente magnífica esta imagem do Mangue nos anos 70. Gostaria de dizer que na calçada que beira o canal defronte ao prédio da antiga Telerj/CTB, e que hoje abriga a Universidade Estácio de Sá, ligeiramente a esquerda uns 20 metros +/-, ainda resta um exemplar dessas maravilhosas palmeiras. Velhinha mas, linda e imponente como nos velhos tempos. Passo por lá todos os dias, e em relação às pontes, elas continuam sendo usadas por alguns motoristas, os de taxi principalmente, que se arriscam ao fazerem retorno por elas. Eu particularmente acho muito perigoso, pois não há sinalização para os incautos motoristas atravessá-las sem correr riscos.
    Gostaria de aproveitar a oportunidade e perguntar se você ou se algum desses seus respeitados amigos e também especialistas em histórias contadas e ilustradas do Rio antigo, têm algum material referente ao Bar do Divino, aquele que nas décadas de 50 e 60, segundo Nelson Mota no seu livro -Vale Tudo- sobre Tim Maia, foi ponto de encontro do Tim Maia, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Jorge Bem, Wilson Simonal entre outros. E pelo que me consta este bar ficava colado no Cine Madri (acho que é isso), localizados entre as ruas do Matoso e Barão de Ubá no Rio Comprido. Hoje existe um bar/restaurante Divino na esquina da Rua Hadock Lobo com Barão de Ubá mas, já me informaram que este não é o verdadeiro Bar do Divino, o Verdadeiro já não existe mais e em seu lugar existe agora uma loja especializada em peças de lavadora de roupa , Tecmil. Isso é tudo que eu sei a respeito, tenho uma foto, mas não aparece o prédio que seria o Cine Madri.
    Desde já agradeço pela atenção um abraço,
    Osnil Ramos.

  7. Caro André, tudo bem?
    É simplesmente magnífica esta imagem do Mangue nos anos 70. Gostaria de dizer que na calçada que beira o canal defronte ao prédio da antiga Telerj/CTB, e que hoje abriga a Universidade Estácio de Sá, ligeiramente a esquerda uns 20 metros +/-, ainda resta um exemplar dessas maravilhosas palmeiras. Velhinha mas, linda e imponente como nos velhos tempos. Passo por lá todos os dias, e em relação às pontes, elas continuam sendo usadas por alguns motoristas, os de taxi principalmente, que se arriscam ao fazerem retorno por elas. Eu particularmente acho muito perigoso, pois não há sinalização para os incautos motoristas atravessá-las sem correr riscos.
    Gostaria de aproveitar a oportunidade e perguntar se você ou se algum desses seus respeitados amigos e também especialistas em histórias contadas e ilustradas do Rio antigo, têm algum material referente ao Bar do Divino, aquele que nas décadas de 50 e 60, segundo Nelson Mota no seu livro -Vale Tudo- sobre Tim Maia, foi ponto de encontro do Tim Maia, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Jorge Bem, Wilson Simonal entre outros. E pelo que me consta este bar ficava colado no Cine Madri (acho que é isso), localizados entre as ruas do Matoso e Barão de Ubá no Rio Comprido. Hoje existe um bar/restaurante Divino na esquina da Rua Hadock Lobo com Barão de Ubá mas, já me informaram que este não é o verdadeiro Bar do Divino, o Verdadeiro já não existe mais e em seu lugar existe agora uma loja especializada em peças de lavadora de roupa , Tecmil. Isso é tudo que eu sei a respeito, tenho uma foto, mas não aparece o prédio que seria o Cine Madri.
    Desde já agradeço pela atenção um abraço,
    Osnil Ramos.
    Ps Enviei um comentário anterior a este que foi com mome e e-mail todo trocado, fiz a maior confusão. Este é o correto

  8. Caro André, tudo bem?
    É simplesmente magnífica esta imagem do Mangue nos anos 70. Gostaria de dizer que na calçada que beira o canal defronte ao prédio da antiga Telerj/CTB, e que hoje abriga a Universidade Estácio de Sá, ligeiramente a esquerda uns 20 metros +/-, ainda resta um exemplar dessas maravilhosas palmeiras. Há um outro exemplar defronte aos correios, Velhinhas mas, lindas e imponentes como nos velhos tempos. Passo por lá todos os dias, e em relação às pontes, elas continuam sendo usadas por alguns motoristas, os de taxi principalmente, que se arriscam ao fazerem retorno por elas. Eu particularmente acho muito perigoso, pois não há sinalização para os incautos motoristas atravessá-las sem correr riscos.
    Gostaria de aproveitar a oportunidade e perguntar se você ou se algum desses seus respeitados amigos e também especialistas em histórias contadas e ilustradas do Rio antigo, têm algum material referente ao Bar do Divino, aquele que nas décadas de 50 e 60, segundo Nelson Mota no seu livro -Vale Tudo- sobre Tim Maia, foi ponto de encontro do Tim Maia, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Jorge Bem, Wilson Simonal entre outros. E pelo que me consta este bar ficava colado no Cine Madri (acho que é isso), localizados entre as ruas do Matoso e Barão de Ubá no Rio Comprido. Hoje existe um bar/restaurante Divino na esquina da Rua Hadock Lobo com Barão de Ubá mas, já me informaram que este não é o verdadeiro Bar do Divino, o Verdadeiro já não existe mais e em seu lugar existe agora uma loja especializada em peças de lavadora de roupa , Tecmil. Isso é tudo que eu sei a respeito, tenho uma foto, mas não aparece o prédio que seria o Cine Madri.
    Desde já agradeço pela atenção um abraço,
    Osnil Ramos.

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