Obras da Prefeitura – Pavimentação da Av. Pres. Vargas

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É isso que diz a placa, numa região que parece se recuperar de um bombardeio da Segunda Guerra Mundial.
Em meio a destruição as duas antigas vias, nas laterais da nova avenida ainda tentam manter sua vida, embora inúmeros prédios já estivessem sendo demolidos, alguns durariam em quase ruína, anos e décadas em complicadas ações de desapropriação, pois a PDF não desapropriou toda a região por interesse público, mas sim prédio por prédio. Em alguns lugares construções novas subiram, em outros o vazio urbano ainda permanece, mesmo nos trechos que teoricamente seriam bem valorizados, como esse da foto.
No lugar da antiga igreja e Largo de São Domingos temos uma árida faixa de pedra britada que em breve ganhará placas de concreto, os pedestres atravesam sobre o sol inclemente, talvez não imaginando que com os carros e a ausência do treceiro canteiro central, contruído só nos anos 90, a travessia se tornaria uma prova de obstáculos.
Ao fundo, já sem o prédio da prefeitura uma parte do Campo de Santana aguarda ser devastada  pela ignóbel avenida, que não poderia deixar de ser batizada, em vida, com o nome de um ditador.

18 comentários em “Obras da Prefeitura – Pavimentação da Av. Pres. Vargas”

  1. Essa avenida não tem nada a ver com a cidade.
    Me lembro desde pequeno quando vinha de bonde de Vila Isabel ao Centro, que a paisagem era boa até a Praça Onze, principalmente quando passava pelo renque de palmeiras do canal do Mangue.
    Daí até a Av. Passos, onde o bonde entrava, era só desolação. Uma avenida larguíssima, sem canteiro central nenhum, sem árvores, ladeado por casarões em ruínas de um lado e de outro.

  2. Acho que esta avenida foi e é muito necessária à cidade. O mal foi não ter tido uma boa urbanização.

  3. André,
    vc colocou a sigla PDF (Prefeitura do Distrito Federal).
    existe um prédio ao lado do Hospital Espanhol e próximo a Casa do Marechal Osório (hoje Instituto de Filosofia) que fica na rua da Riachuelo que tem essas iniciais!
    hoje se não me engano é de uma associação chamada cruzeiro do sul, vc sabe me dizer se ali ficaria algum prédio importante da Prefeitura? tem alguma foto de lá?
    abraços

    1. Tenho que conferir no local o prédio, mas se for do século XIX ou bem do início do séc XX dicilmente seria. O uso da sigla PDF começou a se difundir nos anos 20

    2. André,
      será que tem nada a ver, as iniciais PDF, com a construção do prédio? talvez o prédio era um dos poucos na região que poderia servir para algo e então a prefeitura aproveitou!
      ele está localizado ao lado do hospital espanhol que, se não me engano, era referência no centro do rio, inclusive várias personalidades foram atendidas lá! seria uma mão-na-roda um “posto” da prefeitura próximo a um dos melhores hospitais do rio!
      é uma pena, pois ó prédio está caindo aos pedaços! ainda tem, em cima da porta principal, um mastro que está sem bandeira. daqui a pouco o mastro vai ao chão, junto com o prédio, acertando alguém

      1. Pode ser um prédio público que deve estar sem dono com todas as mudanças acontecidas, pode estar nas mãos até de uma autarquia federal, mestres em abandonar patrimônio imobiliário aqui no Rio, que via de regra são invadidos.
        Tenho que ver uma imagem do prédio para ver se a sigla é posterior ao prédio, e de que época é o prédio. Pena que atualmente passo muito pouco pela Riachuelo

  4. André, não quero me meter a sabichão, longe disso, mas eu me lembro da obra do canteiro central da PV já na década de 80 (2ª metade), como comentei anteriormente no fotolog do Rouen. Quanto à necessidade da obra, foi um crime devastar tanto, mas como a mentalidade era destruir e colocar alguma coisa maior no lugar, em vez de expandir a cidade para oeste, de maneira ordenada, vemos já há algum tempo que a PV não comporta o trânsito no horário de rush, imaginem se não tivesse sido aberta…

    1. O terceiro canteiro central foi construído na segunda prefeitura do Marcelo Alencar, canteiro central foi acompanhado em mudanças na sinalização da via, com aqueles bem sem sentidos sinaos com setas azuis, nesse programa também havia sinalização vertical de sentido único nas bordas dos canteiros, que duraram pouco tempo. Sinalização essa que também foi implantada na Lagoa. Estávamos por volta de 1990

  5. André,
    vou ver se consigo uma foto do prédio!
    minha namorada mora por ali, tem como tirar uma foto! entao mando para vc!
    abraços

  6. Minha posição quanto à avenida é de prós e contras. Não sou contra a avenida, pois ela favoreceu o trânsito carioca. Mas, evidentemente, seu custo social foi altíssimo, porque praticamente uma história da vida social carioca foi extinta. Antes da destruição dessa área toda, havia uma cidade dentro da famosa cidade carioca, com muitas ruas, casas, igrejas – a única que sobrou dessa época é a Candelária – , com todas as suas alegrias, tristezas, brincadeiras, violências, rituais, músicas etc., etc., etc..
    As indenizações pagas aos moradores que deixavam o local não eram satisfatórias, e muito do que vemos de favelização hoje em dia se deve à falta de planejamento social para as populações pobres. Expulsavam-se os moradores, pagava-se uma merreca, mas pouco se fez de concreto para assisti-los na busca de novas moradias. Daí que, no entorno da região da Penha e Bonsucesso, por exemplo, vemos uma verdadeira aberração social do perigoso complexo do Alemão, quando deveriam haver, no lugar, residências mais decentes para a população.
    Mudando de assunto. Pelo adiantado das obras, essa foto parece ser de 1943.

    1. Havia outras boas soluções para o trânsito, inclusive com o necessário investimento em transporte público de massa, que obviamente não foi feito.

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