Amanhã se inaugura a Árvore da Lagoa, da qual não nutro a menor simpatia, pelo caos que ela cria no trânsito de pelo menos 5 bairros além de ser na minha opinião de gosto duvidoso e por fim por ter acabado com as tradicionais árvores do Aterro e também com a decoração do Túnel Novo, tudo é centrado nela como a cia seguradora que a patrocina detivesse o monopólio da decoração natalina oficial na cidade.
Mas voltemos à primeira metade dos anos 50 quando a cidade tentava criar uma série de eventos alusivos a datas comemorativas, como dia das mães( http://www.rioquepassou.com.br/2005/05/08/monumento-ao-dia-das-maes-1955/ ), das crianças, ano novo e natal.
A árvore de formato tradicional de pinheiro, intensamente iluminada e enfeitada foi colocada na borda da Praça do Lido, um dos aspaços privilegiados da Z. Sul a época, certamente podendo ser vista de toda a orla do bairro no tempo da estreita Av. Atlântica.
Tudo isso certamente vinha da mentalidade o secretário de Turismo e Certames da PDF nas Adm. Dulcídio Cardoso e Alim Pedro, Alfredo Pessoa. Amigo da família e praticamente tutor dos netos do Vereador Rocha Leão quando de sua morte em 1952. Nascido na última década do séc. XIX era formado pela Politécnica em engenharia, embora nunca tivesse pego seu diploma, resultado de uma cisma positivista contra títulos. Além da engenharia cursou faculdade de economia e se dedicou ao jornalismo, profissão essa que exerceu na Inglaterra durante toda a Segunda Grande Guerra, transmitindo reportagens, inclusive no Dia D, para a Agência Nacional. Retornou ao Brasil praticamente convidado para assumir esta secretaria, a qual exerceu até 1955. Após esse período ele se uniu a Graça Aranha e Roberto Campos, de quem era amigo pessoal, para juntos assumirem uma comissão na OEA e depois na ONU, tendo morado em NY até o final dos anos 60. Faleceu no final dos anos 70.