Rua do Russel, anos 70

Feriadão enforcado, portanto no rítmo de hoje, nosso post de hoje será essa simpática foto da Rua do Russel, que mostra com destaque um dos belos postes em estilo francês  utilizado naquela via, desde o início do séc. XX quando ainda usavam combustores a gás invés de lâmpadas.
O poste francês foi um dos mais utilizados a partir dos anos 80 do séc. XIX para a iluminação das ruas na cidade, estando presentes em diversos cenários antes e após as reformas de Passos, que aboliram o modelo inglês bem mais simples esteticamente que era usado desde do início do sistema de iluminação a gás na nossa cidade em 1854.
Foi em um deles que o último lampião a gás, dos pouco mais de 400 restante naquele ano, foi apagado em nossa cidade em 31 de Dezembro de 1933 em alguma via suburbana.
Passos o utilizou nas novas vias abertas na Z. Sul, juntamente com o modelo francês de tamanho médio ( usando normalmente 3 combustores), ainda a gás e depois também modernizado para luz elétrica e  também outros modelos já próprios para o uso de lâmpadas de arco voltáico. Na região da Beira Mar, os velhos postes foram sendo modernizados ao longo das décadas. Passados para luz elétrica, tendo para isso sido retirados os lampiões e instalada uma base de globo com o conjunto de soquete e aro de globo, já usando lâmpadas de tungstênio de 150W com globos lisos redondos e depois, já nos anos 40 repotênciados para lâmpadas de 300W com globos bicudos e de vidro corrugado como vemos na foto. As cores também foram mudando, do cinza escuro, passando para cinza amarronzado e depois para o prateado.
Fica aqui a foto, com a visão dos carros da época bem como da amurada comemorativa ao centenário da Abertura dos Portos, bem como uma das lateriais do Hotel Glória e também, um protesto ao abandono de uma das mais simpaticas regiões da cidade, que em uma urbe realmente desenvolvida teria um dos metros quadrados mais caros e seria tratada a pão de ló pela administração.

3 comentários em “Rua do Russel, anos 70”

  1. Carros horríveis, músicas horríveis, roupas horríveis, enfim, época horrível.
    Só o mobiliário urbano se salva nessa foto, que ainda parece bem conservado.

  2. Foi aí mesmo que o pefeito das obras mal-vindas colocou o memorial Getúlio Vargas, uma obra inútil que os moradores da região lutaram para que não fosse feita.
    Até que esta região é bem cuidada. Ela vai ganhar um impulso quando estiverem concluídas as obras do hotel Glória e for reutilizado o prédio da Manchete, que também já está em obras.
    Realmente não dá pra entender comó áreas próximas ao centro como Catete, Glória, são Cristóvão, Catumbi, Estácio etc ficam tão desvalorizadas e longe do desenvolvimento do Rio.
    VW-1600, Fusca (taxi), fuscão e Corcel…realmente carros do século passado.

Deixe um comentário para João Carlos Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ 58 = 65