Jardins do Largo da Carioca, construção e noturna

O assunto definitivamente não é novo aqui no site, já o mencionamos em posts dedicados exclusivamente a ele ou ao largo e adjacências pelo menos 4 vezes ( http://www.rioquepassou.com.br/2006/03/09/l-da-carioca-iv/  http://www.rioquepassou.com.br/2006/09/19/h-avenida-e-liceu-ultimos-dias/  http://www.rioquepassou.com.br/2007/01/31/jardins-do-largo-da-carioca-anos-50/  http://www.rioquepassou.com.br/2008/01/25/largo-da-carioca-visto-do-ed-marques-de-herval/ ) mas as fotos de hoje são inéditas e mostram o uso das máquinas de engenharia para a confecção do jardim, bem como uma curiosa fonte luminosa logo após a sua inauguração.

A primeira foto mostra as maquinas trabalhando no solo por mais de 100 anos encoberto, primeiramente pelos prédios do Teatro Lyrico e Imprensa Nacional e depois pelo mar de asfalto ali colocado pela Adm. Dodsworth. Vemos uma pá mecânica de esteiras revolvendo o solo, ao fundo uma escavadeira e mais a direita o que parece ser um conjunto de rolos compressores. Aparentemente estamos na fase inicial, quando a população e a imprensa duvidavam em em 3 dias seria dado a cidade um grande jardim, prontinho, inclusive com árvores crescidas. Temos o que aparenta ser pilhas de asfalto e deve ser o que a pá mecânica despeja na caçamba do caminhão. Assistindo a operação alguns técnicos da PDF e como sempre curiosos. Na encosta do morro, descampado, o decadente prédio da Polícia Especial em seus últimos dias.

A segunda imagem da noite da inauguração mostra uma para mim desconhecida cortina d’água que tinha sido instalada nos muros de arrimo que eram cicatrizes da demolição da Imprensa Nacional nas encostas do Morro de Santo Antônio. Vemos a grama plantada, arbustos e ao fundo os luminosos nos prédios na embocadura da Rua Sen. Dantas. A construção desse jardim pelo Arquiteto Mauro Viegas, diretor da DPJ-DF foi uma revolução na implantação de jardins no Brasil e seu trabalho, com árvore enormes foi destruído de forma inclemente nas obras do metrô onde as árovres levadas jovens e plantadas com o auxílio de máquinas foram cortadas e arrancadas, quando a mesma técnica as poderiam ter levado para outro lugar, operação completamente factível.