Ferry´s e Atracadouro do Largo do Moura

Em mais uma sensacional imagem de Ferreira Júnior, uma das várias enviadas por Sidney Paredes, seu afilhado vemos nessa sexta as Ferry´s atracadas no atracadouro do Largo do Moura. De brinde  vemos duas torres do Mercado bem como os pequenos barcos, vitais a época para o abastecimento de gêneros do grande mercado, que usavam as águas da Baia para o transporte da produção oriunda tanto da região serrana como das áreas agrícolas da Baixada e Sertão Carioca.
Com o aumento do tráfego entre as duas capitais, da República e do estado do Rio foi necessário criar mais uma ponte de atracação e mais uma linha para o outro lado da Baia, notadamente após a criação do Porto que praticamente inviabilizou os atracadouros da região da Prainha e Gamboa, para onde saiam várias linhas de Ferry´s.
Esse cais conserva algumas curiosidades, a primeira que mesmo abandonado ele está lá até hoje, em sua última configuração, que abrigava as linhas de Ferry-Boats da Valda, que transportava notadamente veículos para Niterói. E a segunda que ele fica na embocadura de vários abandonados projetos de ligação com Niterói, desde os tempos do Império, de túneis ferroviários, passando por rodoviários como de pontes, pois nesse ponto temos uma das menores distâncias entre os dois lados da Baia.
Nessa época a região ainda dividia o trávego de barcos com a Hidrovia do Terminal de Hidros, localizado logo ali do lado.

7 comentários em “Ferry´s e Atracadouro do Largo do Moura”

  1. Sempre fica a pergunta de qual foi a razão do Mercado não ter sido aproveitado para outra coisa ao invés de ter sido posto abaixo.
    Gostaria de ir até Niterói nesse tipo de barca.
    Mais uma excelente foto.

  2. Tenho boas recordações da Praça XV, onde, ainda criança, ia com meu pai comprar peixe no velho mercado, cujo único resquício é o Restaurante Albamar, salvo pelo Governador Lacerda, quando tudo o mais foi demolido…
    Lembro também das viagens para Niterói e Paquetá, na barca, que era seguida pelos golfinhos, que chamávamos de bôto. Tempos felizes, de águas não poluídas…
    Ainda consegui cruzar a baía, a bordo do meu fusca, transportado pelo “ferry boat”.
    Lá está, até hoje, um “cotôco” da Ladeira da Ajuda, com placa indicativa e tudo, que dava acesso ao arrasado Morro do Castelo, para onde a cidade foi transferida do sopé do Morro Cara de Cão.
    Eu não vivo no passado, o passado é que vive em mim, como ensina mestre Paulinho da Viola…

  3. Gostaria de saber sobre essa foto. Fotógrafo, propietário do acervo, etc.
    Meu trabalho na faculdade é sobre o Mercado Municipal. Precisando muito de imagens para concluir o trabalho. Favor entrar em contato pelo meu e-mail.

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