Parcial do Centro, visto da cobertura do prédio da ABI, anos 40

Conforme prometemos há poucas semanas atrás vamos publicando, com calma, as imagens produzidas por Ferreira Júnior, enviadas por seu afilhado Sidney Paredes Rodrigues a quem muito agradecemos.
A foto foi tirada do topo do edifício da entidade onde Ferreira Júnior foi fotógrafo por anos, a ABI, e mostra uma pequena panorâmica do Centro possivelmente na segunda metade dos anos 40.
A foto é dominada pelos monumentais telhados, e suas cúpulas, da Escola Nacional de Belas Artes e do Teatro Municipal. Podemos ver também com destaque o prédio do Clube Naval e o telhado do antigo prédio do Derby Club, nessa época já anexado ao prédio do Jockey que está encoberto pelo Ed. México, que fica na esquina das Ruas México com Araújo Porto Alegre.
Podemos ver também os telhados, com a cúpula e parte da fachada virada para a Av. Alm. Barroso, do prédio do Liceu de Artes e Ofícios. Curiosamente o prédio do Hotel Avenida, praticamente não aparece na imagem.
Mais ao fundo, temos o Convento de Santo Antônio, que certamente está pintado de cor diversa do branco, como também o Ed. da Ordem Terceira, demolido para as obras do Metrô, com um grande letreiro da Coca-Cola em seu topo. Das construções modernas a foto também nos mostra em destaque o Ed. Darke de Matos, um dos maiores e mais sofisticados prédios de sua época, bem como alguns prédios alinhados na velha Rua de Santo Antônio, virados para o Largo da Carioca e hoje incorporados ao início da Av. Chile.
No horizonte vemos as torres da Igreja de São Francisco e ao fundo identificamos o prédio da Central do Brasil e do Ministério da Guerra, que prova  como o miolo do Centro era pouquíssimo verticalizado, ainda no meio dos anos 40.
O Morro de Santo Antônio ainda estava de pé, e no platô já mostrado aqui no site, feito para um grande projeto impobiliário na prefeitura de Carlos Sampaio e nunca realizado, temos algo que parece ser uma estação retransmissora de rádio.
Foto para ser vista ampliada, sem dúvida.

8 comentários em “Parcial do Centro, visto da cobertura do prédio da ABI, anos 40”

  1. Realmente ampliando a foto pode-se ver melhor cada detalhe. Procurando imaginar como seria esta foto hoje e assumindo que de onde foi tirada ainda podemos ver os telhados da Escola de Belas Artes acredito que veríamos o seguinte: do lado direito o edifício de janelas escuras que fica na esq. Alm. barroso com Rio Branco na diagonal do edifício da Caixa Econômica. Este último ocuparia toda a paarte central da foto. Atrás dos prédios mais claros à esquerda estaria o edifício do BNDES.
    Seria interessante ver uma foto assim.

  2. O impressionante é que o Centro, apesar de tudo, ainda é “pouco verticalizado” até hoje. Só existem edifícios nos arredores da Rio Branco, para além da avenida as antigas casas ainda dominam, tanto que dos fundos dos prédios do lado par da Rio Branco, é possível ter uma vista bastante distante mesmo em andares relativamente baixos.

  3. Excelente o trabalho de pesquisa histórica, transmitido por um texto leve e convidativo!
    O resultado é a valorização da fotografia de Ferreira Junior, o que deixa minha família muito feliz.
    Agradeço ao site e ao André.

  4. Outra foto sencasiconal. Aquele prédio estreito que aparece atrás da Escola, hoje MNBA, não será o Liberdade, que desmoronou em 2012? O luminoso que o coroa é da Gevaert, depois AGFA Gevaert de material fotográfico.

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