Projeto para o Bairro Serrador, início dos anos 20

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Essa gravura mostra um dos projetos imaginados por Francisco Serrador, para a região outrora ocupada pelo Convento da Ajuda, e a qual tinha adquirido da Light anos antes, que tinha desistido de construir um enorme hotel no lugar.
Desde o início o empresário de diversões imaginava transformar toda a grande área num fervilhante centro de diversões, com cinemas, teatros, bares, restaurantes, salões…. Até hoje temos um interessantíssimo conjunto edificado no local, não obstante as mutilações sofridas nos anos 70, com a demolição do Capitólio, Império e do Glória. Embora tenhamso tido ali o primeiro exemplo de especulação imobiliária moderna na cidade.
Pela perspectiva, imagino que o grande arranha-céu ficaria onde posteriormente foi construído o prédio do Odeon.  O nome do cinema o qual o prédio abrigaria seria de Alhambra, um dos pioneiros cinemas criados por Serrador na área, onde nos anos 40 se ergueu o prédio do Hotel Serrador.
É interessante ver o modelo, com forte influência déco, estilo que posteriomente foi abandonado em quase todos os prédios virados para a praça para o eclético, talvez para manter o conjunto com as outras contruções vizinhas da Av. Rio Branco. E mesmo sem uma escala bem definida percebemos 22 pavimentos, não contando com o coroamento final,  de efeito muito mais estético que utilizável.

6 comentários em “Projeto para o Bairro Serrador, início dos anos 20”

    1. Tenho a impressão que o Odeon aparece no desenho, é o prédio mais baixo à direita.
      O monstrengo estaria no lugar apenas do Serrador. Veja a rua Álvaro Alvim no meio dos prédios.

  1. Olá! No artigo sobre o Chafariz do Lagarto vc fala sobre o Aqueduto do catumbi que retirava água do rio Comprido. Gostaria de obter mais informações. É que estou pesquisando sobre o rio Comprido pra escrever minha monografia. Se vc tiver alguma informação sobre o rio, agradeço, estou tendo muita dificuldade em obter informações.
    Obrigada!

    1. Elaine, quem descreveu sobre esse aqueduto foi Vivaldo Coaracy em seu livro Memórias do Rio de Janeiro, no capítulo se não me engano sobre o Campo da Aclamação. Há pouco menos de um ano o historiador Milton Teixeira achou restos do aqueduto dentro de uma propriedade da CEDAE em Santa Teresa

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