Nossa imagem de hoje vai até a época de inauguração do monumento a Osório na Praça XV por volta de 1890.
Além da estátua com o bronze tão mais detalhado que hoje, possivelmente pela abrasão de mais de 100 anos de chuva e elementos químicos. Fora os recentes constantes furtos de elementos, podemos perceber que ela se inseria numa ambiente urbano totalmente diferente.
Por de trás o velho Paço Imperial, transformado após o golpe de 89 em repartição central dos Correios e Telégrafos, guardava sua feição oitocentista, o terceiro andar ainda parcial e pesadas patibandas escondendo os telhados. Podemos ver o cansado telhado do corpo central do prédio, as “venezianas” de lona, algumas estendidas outras enroladas e percebemos que a cor não era a branca, talvez um rosa ou um creme mais fechado.
A cidade era um deserto de árvores, não vemos nenhuma na rua, apenas por de trás nos jardins do Convento do Carmo. A foto deixa transparecer que o passadiço que ligava o Convento a Sé Velha ainda estava lá, bloqueando a R. Sete de Setembro
Esses monumentos e sua história, mas também é interessante a mensagem do escultor.
A cabeça e a pata do cavalo elevada tem um significado diferente de outra disposição. Alguém ja disertou sobre isso, não lembro mais o significado.
Nesse detalhe também dá para notar que retratou Osório bem gorduchinho, nas fotos menores não se notava isso.
O cavalo empinando, com as duas patas dianteiras fora do chão, indica herói de guerra.
Se o cavalo estiver com as quatro patas no chão, o “herói” não saía do gabinete.
Acho que é algo assim.
Olhaí o General hoje (ou melhor, há um ano e meio):
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto:387
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto:386
Não estavam querendo levar a estátua pra outro lugar?
E o passadiço ao fundo, não seria do Paço para o Convento do Carmo?
Rafa, nessa época o passadiço que vc fala já tinha sido demolido, acho que ele foi ainda no período de PII
Estou pelo menos uma vez por mês neste local por conta das exposições do Veteran Car, e sempre admiro esta obra , mas realmente Decourt, houve furto de elementos do conjunto. Uma perda lamentável.
O Gal Osório é parente da Gal Costa ?
A base da estátua durante muito tempo serviu de tumba ao corpo do próprio Gal. Osório.
A conservação de monumentos no Rio de Janeiro é uma tarefa hercúlea. O que fazer com os atos de vandalismo e furto de peças ? Cadeia, pelotão de fuzilamento, enforcamento, amarrar o pixador no monumento ?
Basta mandar o pixador limpar todo o monumento com uma escova de dente.
Já os ladrões de metal, forjarem à moda antiga a peça nova, num ambiente a mais de 80 graus
Passei lá hoje , fiquei chocado e postei em http://fotolog.terra.com.br/bfg1:814