Praça Edmundo Bittencourt anos 50

Na nossa foto de hoje teremos um flagrante da manutenção dos jardins da Praça Edmundo Bittencourt no Bairro Peixoto nos anos 50.
O jardineiro rega as plantas em volta da estátuda do jornalista e proprietário do Correio da Manhã, na primeira urbanização que a praça possuiu.
Mesmo para uma praça dentro de um sub-bairro, e nova para os padrões da cidade a Praça Edmundo Bittencourt já sofreu significativas mudanças desde os anos 50, quando ganhou pela primeira vez, iluminação pública, piso em saibro, bancos, brinquedos para as crianças, arborização pública e rede de drenagem.
Mas muito da velha chácara de Felizberto Peixoto se mantinha, como o renque de bambus, que podemos ver à esquerda da imagem, e a Nespereira e a Mangueira no fundo da foto, estando essa última até hoje no local. A Nespereira com mais de 20 metros de altura tombou numa noite sem vento com sua base fragilizada por décadas de velas acesas em sua base.
A estátua hoje num vértice da praça ficava alinhada na parte central da praça, e foi deslocada pela primeira intervenção no início dos anos 60 para a construção de um rink de patinação e a mudança de local dos brinquedos. Nos anos 60  a praça ganhou também um bonde desativado, como aliás várias outras da cidade ganharam, para servirem de coreto.
Mas foi no governo Negrão de Lima que a praça sofreu as suas maiores transformações, ganhando chafariz, na época com 3 bandejas para a água, o playground semi-enterrado de forma circular, e a remoção do renque de bambus por questões de segurânça e manutenção, em seu lugar foi plantado um renque de Oitis, que por força do vandalismo nos anos 60 e 70 ( campo de pelada ) só ocupa 2/3 da praça nos dias de hoje com árvores que já começam a ficar frondosas nos seus 40 anos. Até hoje comenta-se no bairro que quem mandou construir o chafariz doando-o à municipalidade foi Abrahão Medina, dono das lojas O Rei da Voz e morador da Rua Décio Vilares.
Nos anos 70 a praça sofreu pequenas modificações como troca da iluminação pública para luminárias em vapor de mercúrio do tipo pião, remoção da 3A bacia do chafariz, e a calçada junto ao meio fio no padrão da antiga calçada da praia, logo após devido a invasão dos carros a praça foi toda cercada por fradinhos.
Nos anos 80 nova mudança na iluminação pública para postes de 15 metros com 4.000W de vapor de mercúrio cada, criação de 3 canteiros circulares junto à Rua Décio Vilares, criação de um gramado no local onde havia a terceira bacia no chafariz, cercado de grades posteriormente e a colocação de cerca no playground.

10 comentários em “Praça Edmundo Bittencourt anos 50”

  1. Como brinquei no meio dos bambus e andando a cavalo (que havia para alugar, em frente à Rua Anita Garibaldi).
    Nos domingos a praça ficava cheia, com carrocinhas de pipoqueiros, algodão doce e sorvetes da Kibon.
    Era (e continua sendo) um oásis em plena Copacabana.

  2. Haviam também burricos de aluguel ? 🙂
    Interessante nisso tudo foi a transformação de uma chácara em um bairro e sua integração com o restante do bairro. Até hoje notamos que há algo estranho na Figueiredo Magalhães, com depressões, lombadas, empoçamento de água da chuva e aquelas ruelas que vêm da Siqueira Campos.

  3. fui aluno do juruena e morei na pç vereador rocha leão,o busto do fundador do col. juruena encontrava-se na praia de botafogo entre s.cllememente e vol. da pátria

  4. embora tenha morado na bolivar,sempre me orgulhei de morar no bairro peixoto,e de subir a ladeira dos tabajaras para dar força aos unidos da vila rica

  5. nossa grande copacabana divide se em partes quem édo leme diz que mora no leme. OK quuem mora ou moruo na maestro francisco braga,pç vereador rocha leão,enfim morou no b.peixoto esteve bem perto do paraiso.culturalmente o centro comercial de copa aninhou o teatro tereza raquel,opnião,viu bethania, zé keti,asbrubal troxe o trombone, trate- me leão, enfim embora loucos,fizemos estoria cultural em plena ditadura ,saudosismo,não. apenas vivi

  6. Prezados (as),
    meu nome é Fábio Araújo, sou sociólogo da UFRJ, e integro uma equipe de pesquisadores de várias universidades que está desenvolvendo uma pesquisa em alguns bairros do Rio de Janeiro. Trata-se de uma pesquisa acadêmica que busca investigar as formas de sociabilidade, as condições de vida, e a produção do espaço urbano pelos moradores da cidade do Rio de Janeiro. Um dos lugares que estamos pesquisando é o Bairro Peixoto. Nesse sentido, estamos fazendo contato com moradores, associações, instituições, além de estarmos fazendo observações etnográficas dos espaços urbanos, buscando compreender as formas de associativismo dos moradores.
    Gostaria muito de poder conversar com moradores do Bairro Peixoto, se alguém se disponibilizar meu e-mail é: [email protected].
    Desde já agradeço
    Grato,
    Fábio Araújo

  7. Meus queridos amigos do Bairro Peixoto….eu nasci e me criei,nesta praça… nasci em 1956, e na minha época, a praça era cheia de pés de Bambú, entre outras árvores..eu vi se fazer o chafariz nesta praça…eu sempre ia brincar nela com a minha avó..
    até hoje eu ainda ando por ela.Eu gostaria de ver mais fotos dessa praça nestas época …se alguém puder colocar na internet…Eu agradeço o espaço dado aqui,que eu achei muito importante, e fica a idéia.Um grde abraço a todos.Cida.

  8. Pessoal, falar do Bairro Peixoto me remete à 1967, ano em que cheguei morava na Santa Clara passava pela chamada ”Boca do Lobo” comecei a frequentar a Praça com o chafariz ainda em construção época de Caíque, Coelho, Mula Manca, Zelito, Pelé (Ricardo), Mariozinho lá de cima, Paulão, Raimundo, Marquinho Olho de Vidro, Edinho (Cotoco), Silvinho, Cacau, Gonha, Luisel, Paulinho (Samarone), Murilo, Príncipe (Lá de cima), Pará (Lá de Cima), Xandinho e Rodolfinho( Do Beco), Denise, Marcia, Sandra, Lelia, Jacqueline, Maria Clara, enfim só de falar os nomes me dá uma saudade danada, festas todo sábado, pegar ondas ou na Figueiredo ou na Santa, Maracanã todo domingo, não importava o jogo, futebol na praça com campeonato e tudo mais, mangueiras, jamelão que manchava o chão de terra que ficava todo pintado, amigos apenas saudades.

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