Nessa foto, de rara vista, vemos o fim da Av. Rio Branco em 15/11/1911, data de aniversário da Av. Central e também proclamação da república.
A Av. Beira mar estava engalanada com um enorme cordão de lâmpadas que ia da avenida até o início da praia do Flamengo, comprovado por outras imagens da mesma ocasião que em breve serão também mostradas.
Além da iluminação essa foto, tirada de um ângulo tão incomum mostra construções que em breve desaparecerão.
À esquerda da foto vemos a maciça construção colonial do Convento da Ajuda, que bloqueava a visão do teatro Municipal, dele só vemos as cúpulas. Já a direita da foto temos as chaminés da fábrica de gelo da Rua de Santa Luzia, que em breve também sairiam desse endereço.
De resto podemos ver construções que duraram mais tempo, mas também já caíram, como a altíssima, para época, torre do Jornal do Brasil que aparece por de trás das cúpulas do Municipal, o Palácio Monroe com grande destaque, e o prédio do Clube Militar, que aparece na frente da Biblioteca Nacional.
O edifício Lafond ainda não tinha sido construído, embora parece haver em seu terreno pequenas construções como tapumes ou barracões, mas infelizmente a foto não permite dar certeza.
Por de trás das chaminés da fábrica de gelo vemos a tênue silueta do morro do Castelo
Foto da coleção de Francisco Patrício
Comments (18)
E aquela rampa? Para que seria?
Haviam ainda nessa região agremiações de remo, sem dúvida a rampa deveria ser para elas
Foto muito legal!
Pena que pouco nítida.
Morro do Castelo???aonde???
foi mal,andré,mas não consegui enxergar…está á direita do palácio monroe,correto?
Na direita da foto, por trás das chaminés, começando o relevo quando o prédio da Biblioteca Nacional termina
Ah, que bom que terminou o Rebouças… Não guentava mais. Sexta eu fui numa festa na Ilha Fiscal. Os ângulos que se vê de lá são notáveis. É muito legal mesmo.
Que preocidade de foto….
Pronto, o Leflaneur se revelou; confessou candidamente que quando bem convidado e bem acompanhado, naturalmente, vai à festas na Ilha Fiscal.
Nada contra, amigo Lefla, mas antes mesmo do Pedro II ser o preguiçoso que era e o Conde D’Eu aquele escroto, todos já sabiam que festa (ou baile) na Ilha Fiscal era sinalizador infalível de quem as frequentava.
O último exemplo é o pirotécnico Alexandre Accioly; bon vivant, mulherengo, amante de um jogo (lembram do Bob Jefferson falando isso para o Costa Neto ?) e que atira-se agora ao mundo do entretenimento folgazão.
Se não é pedir muito, Leflaneur, gostaríamos que você descrevesse alguns detalhes desta festa (teria sido um saráu ?) sem evidente nomear os partícipes, principalemnte os que encheram a caveira.
Um baile na Ilha Fiscal, narrado pela veia perfuro/contudente/acidulante do Leflaneur deve ser de emoldurar e pendurar nas paredes.
Realmente, é uma foto feita de um ângulo impossível de se repetir nos dias de hoje; aliás, o ângulo é possível, o que não é possível é obter o mesmo resultado, haja vista que se desapareceram o Convento da Ajuda e o Monroe, subiram os Edifícios do Cine Odeon, Palácio, etc, que tomam a vista do Municipal; e também – o óbvio – sumiram com o morro do Castelo e, com a construção do Aterro do Flamengo, acabaram com o espelho d’água…
Essa é uma daquelas fotos que não se consegue repetir. São históricas.
subscrevo e estou no aguardo, Lefla!
Cuidado com as afirmacoes de que o angulo e’ impossivel hoje em dia, pois o nosso intrepido fotografo Rafael Netto pode queimar a vossa lingua! 🙂
Essa e’ uma daquelas fotos proverbiais que da’ vontade de chorar de saudade do que nunca se viveu. Pode nao estar muito nitida, mas a luz tem um “que” daqueles filmes alemaes expressionistas da decada de 20. Acho que o Metropolis do Fritz Lang tem cenas com luz semelhante?
Fantástica foto! Existem outras do mesmo evento?
Lefla:
Cuidado com o AG…o homem está danado…
Alôooooooooo !
Vcs já viram como ficou horrível ver as fotos no Arquivo ???
Eu não estou conseguindo achar minhas fotos desde de janeiro de 2005 !!!
Help!!!
Já reclamei e espero que todos ajudem a fazer voltar ao que era antes. Mostrando todas as fotos.
Ninguém vai ter paciência de ficar procurando fotos.
Respondendo ao Fragoso e ao Mauro_AZ… posso estar enganado, mas talvez de algum lugar do Aterro se consiga uma imagem parecida…
Maravilha de foto… So vi agora depois que finalmente o Velox voltou à vida…. 🙁
Estou com medo do AG. Do jeito que ele fala, pode ser que tenha acompanhado alguém que tenha perdido o espartilho no Baile, o último…
De qualquer forma a Ilha Fiscal é interessante. É lugar de novos ricos, mas no Brasil tudo é novo. Prefiro, de certa forma, os novos ricos de hoje do que os “antigos” de então. Estes foram ao baile, mas derrubaram a monarquia. Não concordo com a preguiça do Pedro, nem acho que o Conde D´Eu fosse o escroto de que falam. Ainda que tivesse sido, estariam todos absolvidos por todos os crimes que a República veio a cometer. O pior de todos, escastelar a elite da burguesia nascente e da aristocracia rural.
No final das contas é tudo de um indefectível mau gosto… Daslu X Daspu, não sei o que é pior, afinal trata-se do mesmo tipo de clientela, umas com mais para gastar, outras com menos. A cafonice é o traço de união.
Como disse Juca Chaves, é só uma questão de preço !