Coloco a foto do período que certamente a bela avenida serviu de inspiração para muitos.
Vemos a Viera Souto em 1951, com pouquíssimo movimento, jardins aprazíveis, onde podia se sentar no gramado e ficar à sombra dos coqueiros. O calçadão junto areia não existia, em seu lugar as dunas presas por vegetação rasteira de restinga.
Junto a vegetação tínhamos quiosques de sapé, onde existiam brinquedos com toda a infra estrutura da época, inclusive iluminação pública através de postes “modelo americano” de menor tamanho.
Se vocês repararem o posto de salvamento é ainda do modelo antigo, enquanto Copacabana já contava com postos mais compléxos desde os anos 20.
Mas aí veio o progresso……. os prédios baixos e as casas deram lugar à espigões, os carros começaram a parar em cima dos jardins, a vegetação rasteira foi pisoteada e morreu, nos últimos anos o que sobrava junto ao posto 10, foi sumindo graças aos eventos patrocinados pela prefeitura, por último até o canteiro central diminuiu.
Foto de Jean Mazon
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Mais uma “visão” tropicalista do J. Mazon, com bastante palmeiras para variar. De repente essas plameiras nem sejam nativas. Importadas da ásia.
O que salva Ipanema um pouco do tipo de “invasão” ocorrida em Copacabana, que se transformou numa grande Praça Mauá, ou no próprio centro da cidade, é a falta de bares a beira mar. Por graças, por sorte. Meu medo é que com os novos quisoques, a paz, que resta, seja perdida.
Por falar em quiosques, parece que tem um na foto, parecido com os atuais, onde, por sinal, sempre trabalham funcionários com jalecos encardidos.
Marcelo, os quiosques aí eram prá abrigo do sol com bancos, e não para venda de biritas e etc…
Havia brinquedos, junto a um quiosque de sapê, na altura do Jardim de Alá (gangorra, escorrega, rema-rema).
Eram simpaticíssimos estes bancos duplos na ilha que dividia as pistas.
O gabarito de 4 andares, derrubado num episódio nebuloso, pelo Prefeito Marcos Tamoio, era respeitado.
Felizes os que conhecemos e desfrutamos um pouco desta Ipanema paradisíaca.
Vejam o Vinicius lá em http://fotolog.terra.com.br/luizd
Dois veículos à vista (pelo menos em primeiro plano), e uma só alma, sentada à sombra…
se não foss a foto, seria difícil de acreditar que a Ipanema de 1951 fosse assim. Incrível!
Uma pena eu ainda estar fazendo a serie do caxias, senão seria um post triplo, achei uma foto aqui do Arpoador bem legal!
Gostei da foto, esse Manzon era show!
:-))
Peguei um tempo além desse aí; diria umas duas ou três páginas depois. E não há dúvida, com todo o seu encanto, era muito fácil transformar Ipanema numa realidade mais idealizada do que nada.
Por exemplo, aqueles quiosques tão típicos, tão românticos, não passavam de um ajuntamento de pau e palha. Eram ilhas abandonadas que cheiravam a mijo.
Aquelas dunas que a gente vê ali, cobertas de plantas rasteiras, escondiam verdadeiras cidades de formigas graúdas que quando mordiam a tua família sentia lá em casa.
E por que estou dizendo isso ? Porque ultimamente o Luiz andou postando umas fotos e uns textos de Copacabana que me remeteram a uma certeza de que Copacabana representava mais do Rio do que Ipanema.
Ipanema era bom, não nego. Mas Copacabana era o espelho, o tambor, a tradução do que era ser carioca.
Vamos dar a César o que é de César.
Vamos dar a Ipanema o que é de Tom e Vinícius.
Olha o Ford 49 aí!
Me lembro destes bancos, um de costas para o outro.
O carro, um Ford da mesma época do Jasonlet?
Jro :-))
Belo Ford 1949 – Meu pai teve um Azul !!
Os coqueiros não são nativos do Brasil. Vieram com os portugueses da India e aqui prosperaram, como certos politicos corruptos, invadindo tudo pela semelhança do clima.
Concordo inteiramente com o AG. Ipanema agora virou o que havia de mais carioca, quando a gente sabe que dos 40 aos 70 não havia pra ninguém, Rio de Janeiro era Copacabana. Ipanema era pra burgueses e para amantes do sossego.
Pois sim, Ipanema ganhou majestade depois da caída de Copacabana.
é curioso como na maioria dos filmes das decadas de 50, 60 e inicio de 70. Pouco se ve ou se fala de Ipanema em detrimento de Copa.
No filme “Rico Ri à Toa”, a personagem da hilaria Violeta Ferraz, fala algo assim qd fica rica:
“Compramos ATÉ uma casa em Ipanema”.
E no “Cronicas da Cidade Amada”, Ipanema aparece duas vezes.
De resto é Copacabana sempre.
:-))))
Olá André
bonita composição sua e de luisD
a vieira souto bucólica
olha os banquinhos….lindos
abs