Av. Lobo Júnior esq. Av. Brasil III

andredecourt's foto van 24-8-05

Terminaremos nossa pequena série com uma imagem de 1968.

Com o passar dos anos desistiu-se de fazer o complexo viaduto circular sobre a Av. Brasil, preferindo a solução padrão, mas para isso tendo que usar um dos quarteirões da Av . Lusitânia que foi alargado e perdeu seu bucolismo.
Vemos na foto em primeiro plano o viaduto Lustiânia e mais à frente o viaduto Eng. Lourenço de Abreu Jorge, mais conhecido como viaduto Lobo Júnior, ambos construídos no final dos anos 60, como parte de um projeto do DER-GB para modernizar a Av. Brasil, principalmente no trecho principal, até a Rio-São Paulo.
Esse plano foi de 1965 até praticamente 1975, e contou com a construção de vários viadutos para a eliminação dos cruzamentos, construção de passareals, troca de pavimentação, troca da iluminação pública, e a eliminação dos canteiros centrais por muretas divisórias, possibilitanto que as pistas centrais pulassem de 3 faixas de rolamento para 4.
Nessa foto em grande resolução podemos conferir que, a iluminação ainda é por lâmpadas fluorescentes e só na pista central, o canteiro central ainda é largo contando com trechos gramados e outros aparentemente de pedras portuguesas, com golas para árvores, embora existam poucas vivas.
O bairro já está praticamente todo ocupado, o prédio de cor clara que aparece à direita da foto junto ao viaduto, existe até hoje, concentra grandes lojas de mercado de auto-peças e material sofisticado para aeronáutica, embora seus escritórios noas andares superiores, bem como a fachada mostrem hoje sinas de total abandono.
A construção com grades telhados vermelhos que de destaca em meio ao casario do bairro, é uma das escolas do plano do estado da Guanabara, irmã de materias da Cícero Penna, Roma, Andre Maurrois dentre outras, compartilhando os mesmos materias e projeto básico, adaptado para o local e tipo de ensino.
Ao fundo no extremo direito no meio da foto vemos as maciças construções do Cortume Carioca, hoje quarteirões de ruínas e terrenos abandonados, esperando um melhor uso que revitalize seu entorno.
O curioso é que até hoje a faixa de domínio do conjunto viário do viaduto é a mesma do projeto da década de 50, fora o alargamento da caixa da Av. Lusitânea.

Comments (26)

henrii 24-8-05 9:56 …
Sempre muito interessante o que apresenta diariamente, parabens pelo flog!!!
João Carlos da Silveira 24-8-05 10:00 …
Belo fotolog. Corrigindo: não é macissa, é maciça!
Ali entre um viaduto e outro está a casa do marinheiro, e esses terrenos meio que alagados no sentido zona oeste é tudo terreno da Marinha.
Uma perguntinha: há um tempo atrás nesse mesmo fotolog (ou do Tumminelli, não lembro) foi postada uma foto do Churrascão Gaúcho, nessa mesma avenida Brasil, certo? E onde se localiza esse prédio do antigo churrascão? E hoje é o q esse prédio?
Um abraço e boa quarta feira
😉
andredecourt 24-8-05 10:18 …
João, foi no flog no Roberto, segundo especulações lá no flog à época que a foto foi postada hoje ocupa o o local da churracaria um Motel
Waldenir 24-8-05 10:32 …
Desta distância,parece ser quase igual aos dias de hoje,mas creio que haja mais prédios no lado direito (direção da Penha).
A construção de três andares,aparentemente ainda no tijolo,vista à esquerda,é parte da Casa do Marinheiro?
andredecourt 24-8-05 10:36 …
Isso mesmo Waldenir !!
andredecourt 24-8-05 10:36 …
Aliás tenho essa foto em 4 mb, quem quiser é só mandar um email
Rafael Netto 24-8-05 10:40 …
Depois de um certo garimpo (ainda bem que agora o Fotolog tá rápido) achei: http://www.fotolog.net/tumminelli/?photo_id=8212054
O Churrascão Gaúcho ficava do lado do Bob’s, fechou no meio dos anos 80 e deu lugar a uma lanchonete Gordon, e na virada dos 80 pros 90 foi construído no lugar o motel Stop Time.
Pedras portuguesas na Av. Brasil?!?!?!?! Isso merece ampliação!!!!!
antolog 24-8-05 11:13 …
André,
Acho que este prédio é da Kelson’s e não da Casa do Marinheiro, que fica no inicio do viaduto que dá acesso à Penha, no sentido Zona Oeste.
andredecourt 24-8-05 12:29 …
Eu tenho uma foto da Kelson nessa época vou dar uma comparada
Marcelo Almirante 24-8-05 12:56 …
Belo registro. Interessante que nesse terreno vazio, ao lado do viaduto, foi construído, se não estou equivocado, o primeiro hipermercado da cidade, lá por volta de 1975, que tinha até 2 andares !
Era o Porcão – Casas da Banha.
Tinha gente que vinha da zona sul fazer compras ali.
Rafael Netto 24-8-05 13:19 …
O Porcão é mais adiante. Não tem viaduto na frente dele. Aliás, o que foi feito daquilo?
jban 24-8-05 13:19 …
Como era verde o subúrbio !!
andredecourt 24-8-05 13:20 …
É o Porcão era quase no trevo das Missões
lucia 24-8-05 13:32 …
Cortume Carioca??
Meu pai trabalhou aí.
**parece que está tudo arrumadinho, limpinho..
:))
antolog 24-8-05 14:52 …
O Porcão ficava em frente ao Mercado São Sebastião, um pouco mais adiante.
AG 24-8-05 15:46 …
É o que eu sempre digo: o Rio visto de cima é espetacular. Essa foto, olhando sem muita exigência, parece uma Highway americana.
Mas tomando carona no Cortume Carioca, eis um bom exemplo do que a força da grana pode fazer. Durante muitos anos os moradores da Penha e adjacências reclamavam sobre o cheiro nauseabundo que desprendia dos processos químicos usados pelo cortume. Mas a empresa sempre conseguia burlar os mandatos e intimações e continuava a trabalhar com um mínimo de investimento despoluidor.
E assim como o Cortume Carioca, dezenas de outras empresas cansaram de agredir o meio ambiente e os moradores dessa extensa região da Av. Brasil. Quem conheceu o Cimento Irajá ali perto da Penha Circular pode testemunhar o inferno que era aquele chuva de pó branco fininho que se entranhava nos móveis, nos aparelhos domésticos, nos cabelos, nos olhos, um absurdo.
Mas a população (evidentemente humilde) do local só era lembrada em tempo de eleição ou quando o Vinícius resolvia descrever “as casas simples com cadeiras na calçada”.
E vou parar sem fazer muita força para me lembrar de outros crimes cometidos contra o Rio pela a indústria, o comércio e a safadeza governamental.
Mas também, não adiantava nada. Assim como essas CPI’s que estão aí, tudo acabava terminando em pizza.
andredecourt 24-8-05 15:55 …
Alvinho o pior é que os produtos químicos do curtume estão lá ainda, mais de 10 anos após a falência da empresa, quem não se lembra do incêndio do anos passado que ocorreu num dos prédios abandonados na rua Montevideo, fumaceira preta e fedorenta e um incêndio incontrolável, que fez os bombeiros usarem espuma química.
O curtume é hoje uma bomba ambiental relógio, como os restos da Ingá em Sepetiba, e outras empresas que faliram e deixaram suas perigosas instalaçòes ao deus dará !!!
Marcelo Almirante 24-8-05 19:33 …
Mas também teve o Carrefour da Barra, que deve ter sido inaugurado em 1976, ou quem sabe em 1975. Quem saberia ? Me parece importante saber.
O Porcão ficava próximo à saída desse viaduto, não ao lado, estou lembrando sim. Havia até uma segunda via marginal, que possibilitava o retorno para quem quisesse pegar a Lobo Junior.
Esse trecho da marginal em implantação, também se não estou equivocado, era revestida com concreto armado.
sergiomarujo 24-8-05 20:13 …
Trabalhei aí durante uns 10 anos e cruzei estes viadutos centenas de vezes e nunca imaginei que eles fossem tão distantes um do outro. Heheh
Fazendo uma correção para melhor orientação, salvo se eu estiver equivocado:
1)A Casa do Marinheiro fica depois da construção de 3 andares (Diretoria de Abastecimento da Marinha) e quase não dá pra ver.
2)Quando terminamos de descer o viaduto sentido zona oeste, dobramos para a lateral que fica a rua da Favela Marcílio Dias que separa a Kelson´s (fora de foco) dos muros do Quartel de Marinheiros, ainda não construído totalmente e que ficaria no pé deste mesmo viaduto.
3) Aquela passarela entre os dois viadutos vem da rua Nicarágua e atravessa toda a extensão das pistas de rolamento. Agora ela ficou maior e desemboca no passeio depois do valão do lado da área da marinha.
4) O Porcão ficava mais distante, uns dois pontos de ônibus, depois deste viaduto de subida sentido Parada de Lucas e não coube na extensão da foto.
RESUMO:
Bela foto. Fez-me voltar ao passado!!!
Abços
[Sergio]
Ricardo Sanctos 24-8-05 20:30 …
É isso mesmo Marcelo, a pista do canto em frente a casa do manrinheiro é de concreto o piso mesmo. Alias, o concreto é bem melhor do que o asfalto em matéria de durabilidade.
Alguem sabe dizer de quando é a inauguração da fábrica do ‘sabão portuguez’ ou ‘ufe’ ali na altura do viaduto da linha vermelha?
leflaneur 25-8-05 1:33 …
Desconheço esse lugar. Minha lembrança é a do Mundo Gira e a Lusitânia Roda, visto da janela do vemaguete do meu pai. Esse lugar cheio de verde, com ordem, eu não me lembro. Não há nada ali que lembre isso.
bemaia 25-8-05 9:32 …
É porque você não esteve lá, em boa companhia até o pior lugar é divertido!
antolog 25-8-05 11:42 …
Ricardo,
Conforme a sua página, a UFE foi inaugurada em 1922: http://www.ufe.com.br/empresa/main.html
constant_ 26-8-05 11:12 …
Oi André, aquele prédio de tijolos aparentes é o da antiga fábrica Kelson, trabalhei uns dois anos naquela rua que começa ao lado dela. Agora uma das mais violentas favelas do Rio.
Abraços
Larbac 24-5-07 20:44 …
também estou estupefacto, pedras portuguesas na av. brasil???? meu Deus, que tempo foi esse? só me lembro do revestimento em pedra S. Tomé do viaduto da Ilha, que se não me engano o Prefeito Conde mandou chapiscar e pintar de cor-de-burro quando-foge.
Muito legal, uma viagem no tempo que não vivi, o prédio no canto esquerdo inferior abrigou a fábrica Kelson´s, que se não me engano trabalhava com couros. E o colégio, hoje em dia, é o colégio estadual Heitor Lira, colégio normalista, salvem as professorinhas…
O conjunto viário é o meso, o que salva é que a Av. Lobo Junior deixou de ser mão dupla, pois o trânsito, há dez anos, já era absurdamente caótico.
Larbac 24-5-07 21:05 …
aaaaaaaaaa e o prédio alto, que se vê ao lado da descida do viaduto da lobo júnior, pertenceu a demillus (fábrica de lingerie), lá pelo final dos anos 60, ele pegou fogo, e ficou abandonado até o ano passado. a garagem subterrânea ficava imersa em água. o prédio começou a ser demolido no ano passado, e hoje só resta um terreno vazio.