Footing na Av. Rio Branco, anos 20

andredecourt's foto van 4-8-05

Ontem no flog do Roberto Tumminelli se levantou uma questão de se ver tão poucas pessoas com a tez mais morena nas fotos antigas.

Ora isso não procede, pois o Rio talvez seja uma das cidades mais missigenadas do país, pela sua colonização.
Essa foto do meio dos anos 20 mostra minha bisavó e uma das minhas tias avós fazemdo “footing” pelas calçadas da Av. Rio Branco, peço que reparem bem nas pessoas em volta e comparem com a minha bisavó que era extremamente branca e com minha tia, criança já da geração solar, que vivia na praia e era nadadora desde muito pequena do Flamengo e por isso vivia bronzeada.
À esquerda temos um jovem bem moreno, talvez até mulato, atrás da minha tia um senhor negro, bem arrumado com um chapeu cinza e à direita duas senhoras negras, distintas apesar da roupa demostrar que eram pessoas humildes.
Como vemos nesse instantâneo, como se falava na época, o Rio tinha era e sempre será um caldeirão de etnias, mas hoje querem inventar um racismo oficializado.
Foto do arquivo da família

Comments (22)

bemaia 4-8-05 9:59 …
Ótimo registro de época!
Beijos, Bê.
jornalistabr 4-8-05 10:14 …
Esta tua tia-avó esta bem moderninha para a época, usando saia acima do joelho…
O fotografo Marc Ferraz ja retratava pessoas de todas as etinias, negras, brancas, etc antes dos anos 20…
Abraços
/lhama 4-8-05 10:23 …
Belíssimo registro!
rick 4-8-05 10:31 …
ufa ainda bem que voce mostrou
essa de nao haver negros no centro da cidade vai de contra centenas de fotos que ja vi
o engracado q argumentaram justamente sobre uma foto que nao conseguia ver nada…
aquela foto nao se via muito se a pessoa era branca ou negra
agora sobre o mangue da palmeiras, o luiz falou que discordava de voce
acho que a presidente vargas poderia ser muito bem utilizada, eu particularmente em pró da conservacao da Rio Branco, era super a favor da construcao da Presidente Vargas
jban 4-8-05 10:31 …
O fato de haver miscigenação e a mistura ser visivel nas ruas não significa que não houvesse racismo. No Brasil o racismo é dificil de identificar, por que é sutil e dissimulado.
Adorei a Foto !! Quem tirou ? Um daqueles fotógrafos ambulantes que depois entregavam o cartão ao fotografado ?
Luiz D´ 4-8-05 10:34 …
E que elegância de todos!
Deviam sofrer com o calor mas o aspecto era outro.
O ideal seria um meio-termo. Sem camisa, de chinelos e bermudas, em determinadas situações é de doer.
Um conhecido, chamado à Receita Federal na “malha fina”, foi de bermudas. Ficou revoltado por não o terem deixado entrar.
Acho que fizeram muito bem!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
andredecourt 4-8-05 10:36 …
Isso João, foi um fotógrafo de instantâneos há varias desse tipo aqui em casa, muitas de meu bisavô com outros políticos pela Cinelândia
dagmar 4-8-05 10:40 …
Lindo demais!
Amo fotos antigas!
Eu tenho uma penca delas, mas não tenho scanner….
se der visite meu outro fotolog:
http://www.fotolog.net/lovedogs
Bjks
Dag
AG 4-8-05 11:45 …
Muito bom o instatâneo. Mostra um pedacinho do dia-a-dia nas ruas do Rio; que gostar de “viajar” é um prato cheio.
Quanto ao racismo eu sempre procuro usar um “detector” interno que me aponta, quase sempre com segurança, quando há racismo numa roda, num ambiente, num encontro. É assim: sempre que alguém alardeia que ele (a pessoa), ou o grupo a que pertence, ou a família que nasceu não são racistas, o ponteirinho do meu “racistrômetro” se movimenta em níveis que podem ir de 0 a 10.
É batata.
Já andaram dizendo que o nosso racismo é social, isto é, discrimina-se mais pela condição social do que pela dita (erradamente) raça.
Tanto é assim que é difíl você encontrar um cardeal negro (não vale África, lógico); o Brasil nunca teve e, afianço a vocês, nunca terá um cardeal negro. É difícil ver, por exemplo, um barbeiro negro; ou um comandante de jato internacional negro, ou um dentista negro etc.
E não é só com negros que há discriminação. Por exemplo, muitos bons clubes no Rio de Janeiro não admitem sócios judeus. Como também muitos condomínios em algumas das cidades mais ricas do país também não querem judeus em sesus quadros.
Voltando aos negros, as elites do nordeste de modo geral, dá seguidamente, demonstrações de tremendo racismo. Fortaleza é talvez um marco nesse capítulo.
Rafael Netto 4-8-05 12:30 …
O que aconteceu que o Tumminelli deixou de ser Gold? Deixou de pagar a conta do Fotolog?
Marcelo Almirante 4-8-05 13:07 …
As melindrosas, que bárbaro ! Não é que existiu mesmo ?
Complementando, tenho a foto de dois “raparigos” cariocas na Rio Branco, na mesma época.
http://geocities.yahoo.com.br/zostratus20/rio-1933.jpg
tumminelli 4-8-05 13:32 …
Muito boa mesmo… vou roubar e dar tratamento no fotoxopi.
O fotolog comeu minha gold cam… diz lá que cancelie a gold. Ate pensei mesmo em cancelar, mas deisiti. Será que elram meus pensamentos? Ja mandei um email, se não for resolvido vou fecahr aqui e passo pro do Terra.
:-)))
Milu 4-8-05 14:30 …
O único pecado das 2 senhoras morenas é que estavam sem chapéu. Isso fazia a diferença.
Já morei em Salvador e lá, vi muito racismo.
http://fotolog.terra.com.br/cartepostale
jrfv 4-8-05 15:34 …
PASSEIO PARA PAQUETÁ
Dia: 13/08/05 – Sábado
Tarifa: R$ 4,50 (unitário) / 7,00 (duplo)
Horário: saída do Rio a confirmar
Horários disponíveis para retorno: 12:00 – 15:00 – 17:30 h
Locais de venda de ingressos: Bilheterias da Barcas S/A
Telebarcas: (21) 2533-7524/ 2532-6274
Informações sobre a ilha: www.ilhadepaqueta.com.br/
OBS.
1.Importante confirmar participação.
2. No caso de chuva o passeio estará cancelado.
/apinnola 4-8-05 15:40 …
Abaixo a palhaçada do sistema de cotas! O Rio era o último lugar do mundo aonde poderia surgir uma insanidade dessas. Mas aonde tem Garotinho, toda insanidade é possível. Aqui ninguém é branco, ou negro ou pardo, ou índio, ou asiático. É carioca, é brasileiro. Não há como comprovar nada ou em termos de origens étnicas de ninguém, ou quase. Imagina um cara que nasceu de pai negro e mãe quase branca, aonde a família do pai é toda negra e da mãe também é quase toda negra, à excessão de uma avó branca. Esse cara pode nascer quase branco, ou totalmente branco, de cabelos ondulados. E ele teria TODO o direito de requerer a sua “cota”. Mas não vai ter como. Isso é a maior imbecilidade que alguém poderia propor.
Marcelo Almirante 4-8-05 15:58 …
O Brasil é uma encruzilhada de culturas, de origens, de educações e tradições diversas. Não se pode dizer que todos sejam iguais, pois nem uma mão é igual à outra. Cada cultura tem a sua maneira de ver o mundo, de pensar ou achar sobre qualquer coisa. Basta a gente ver as diferenças entre países da Europa, com asiáticos e africanos, entre outros, que veremos o fato. Cada cultura colabora, neste mundo, com o que tem a oferecer.
Por exemplo, a colônia japonesa, apesar de relativamente pequena, foi a que difundiu melhor a cultura de comer verduras no país.
Pra entender o Brasil é preciso entender o mundo.
Marcelo Almirante 4-8-05 15:58 …
O Rio de Janeiro, por ter sido a Brasília de ontem, como muitos gostam de dizer, “a ilha da fantasia”, habitada por funcionários públicos, pela corte, atraiu muita gente de fora, tanto atrás de oportunidades de negócios, como de empregos.
Mas essa ilha da fantasia tem limite, quando começaram a criar guetos – favelas – de “pobres coitados”, com taxa de natalidade maior que na dita cidade oficial, a qualidade de vida começou a ser perdida. O que é um fato muito questionável – morar em favelas, pois não haveria necessidade de se habitar em favelas, num país em que se importava mão de obra de países como o Japão ou a Itália. Havia trabalho~?
São Paulo por exemplo não tinha favelas, até a chegada dos imigrantes do “interior” nordestino.
Não creio que a cultura da favela tenha sido criada pela falta de dinheiro, e sim por escolha mesmo, uma invasão, uma oportunidade, de se viver numa das áreas mais valorizadas da cidade, ou do país. Criaram guetos, disparidades, se multiplicaram, e agora culpam a sociedade de discriminação.
Por sinal, todos nós somos discriminados, selecionados, todos os instantes, em todos os escalões sociais, desde as amizades até as oportunidades de emprego. Por que agora seria diferente ?
Marcelo Almirante 4-8-05 16:12 …
Ah sim, na foto anterior, coloquei que a cidade do Rio era uma cidade com qualidade de vida, por ter origem europeía, e não menti em nada.
Pois onde neste planeta estã os povos com maior espírito empreendedor e de aventura , se não os euro-asiáticos ?
Basta comparar o Haiti com o Uruguai, onde se tem maior qualidade de vida ?
rick 4-8-05 18:56 …
O tema nao era que havia ou nao racismo no brasil, mas se o negros iam no centro, bem provado que eles entravam e andavam normalmente
sem ter q mudar de calcadas
agora racismo, ou melhor preconceito, claro que ha no Brasil, mas muito maior por parte dos proprios negros,
que alem se se auto denominar mulatos e morenos
largam suas namoradas e esposas negros para ficar com uma loira assim que possuiem uma condicao melhor
jban 4-8-05 23:39 …
Marcelo,
Aquela sua foto de 1933 é bárbara !!
piolim 5-8-05 2:06 …
lindo… apenas lindo
Fco Patricio 31-10-05 21:12 …
Já vi muitas fotos familiares e esta é, seguramente, uma das melhores. Por seu valôr informativo e, sobretudo, pelo equilibrio entre os personagens – a dupla de boa sociedade mãe/filha (esquerda na foto) e as senhoras de côr ( provavelmente mãe e filha, também)embora seja visivel a diferença social , em momento algum estão em contraste – existe uma incrivel harmonia. Espantoso!