Mas os problemas começaram, não estando nem concluído o primeiro prédio, a favela começou a estranhamente a aumentar, pessoas vindo de várias outras invasões e apadrinhados por políticos que forçavam o Departamento de Habitação do Distrito Federal a incluí-las no projeto, no mesmo momento as verbas começavam a ser cortadas, com a fusão e posse de Carlos Lacerda, a obra parou, pois discordava o político do modelo “socialista” implementado pelo urbanista. Os dois concordavam com a erradicação de favelas, mas Lacerda queria os ex-favelados bem longe do tecido urbano onde eles se originavam, na minha opinião a causa da falência da erradicação das favelas em nossa cidade, Reidy ficou tão chateado que se aposentou.
A obra prosseguiu aos trancos e barrancos é só um dos prédios propostos foi construído, não houve creche, nem escola primária, muito menos centro comercial, o posto de saúde só foi inaugurado, no local proposto para a creche nos governo Chagas Freitas, e para atender todo o bairro da Gávea.
No local dos outros prédios e de grande parte do conjunto foram construídos o Planetário e parte do terreno vendido para construção de prédios para a classe média, e outra parte “dada” à PUC em um futuro que em 2 post’s para frente será contado.
Comments (39)
Que história longa, triste e esfarrapada arranjam pra tudo nesta cidade de q eu tanto gosto!…
O prédio é a boa arquitetura em ação! Belo resgate vc está promovendo!
Ah, sei lá… não sei… isso tudo é confuso, não sei de nada sobre a Gávea, acho a Gávea um bairro estranho. Não se gosto ou não gosto, acho que não gosto. Mas gostava do Parque da Cidade. Virou favela também.
A Gávea é um bairro à beira de um ataque de nervos.
Diana era Princesa de Revista Caras. Dava entrevista sobre tudo, justificava tudo, até a cor de suas calçolas reais.
É uma história mais recente de nossa cidade.
Você já pensou em reunir estas histórias em um livro, ou já existe coisa semelhante?
Não só deste projeto, mas de todas estas modificações que tem ocorrido no Rio de Janeiro reunidas?
Esse trabalho que o André está nos apresentando é brilhante. Vale por seis volumes de sociologia, seis de ciêcias políticas e 12 volumes de ética. Quem souber ler nos “subentendidos” vai aprender muito sobre a terra em que vivemos. Curiosidade: quem quiser conhecer um pouco do “minhocão” tente conseguir uma cópia do filme do Mauro Farias
(um “farias” de outro saco) chamado “Não Quero Falar Sobre Isso Agora”. É uma comédia policial que muita gente detesta mas eu gosto. É com o Evandro Mesquita,Marisa Orth (ótima), a gordinha Eliana Fonseca (também ótima)e até a Silvia Pfeiffer. Várias cenas são passadas lá no “minhocão” e a gente tem uma certa noção do interior do prédio.
Saudades da Gávea!
Saudades de entrar aqui e relembrar minha unica viagem ao rio!
Abraços
Willian
ainda tinha um matagal na frente
Matagal não Rodrigo, é um mato ralo misturado com barracos precários e roupas estendidas sendo curadas pelo sol. É que a resolução do fotolog faz algumas fotos que já não são boas na mídia impressa de onde foram retiradas ficarem ainda pior
O Rio precisava de um novo Carlos Lacerda. Não estaria neste estado de calamidade. Lacerda cometeu erros, (quem não os comete?) mas sua visão e determinação foram a grande marca de seu governo. Imagino se ele chegasse à Presidência da República. Em vez disso, tivemos um monte de militares. Construíram isso que estamos vivendo: miséria, ignorância, subserviência e violência.
Muito interessante. Eu não conhecia a história deste prédio. Na primeira vez que vim ao Rio e passei pelo túnel, embaixo dele, achei muito esquisito. Pensei como devia ser ruim morar lá. 🙂
Gostei…não sabia nada sobre este prédio e sempre tive curiosidade.
As rollinhas…o gato comeu,cadê o gato…tá dormindo!
Brincadeirinha ele só come ração…hahaha!
Bjócas!
De
Wasted … água muita água e um docinho. Daqui a pouco toma um engov com um chopp. Santo remédio.
FANTASTICO! Estou absolutamente encantado com o seu trabalho! Sem dúvida vale um livro! E olha que eu (e a olimpia) somos livreiros.
Estou pensando em passar no Real hoje. Topas? Pensando, não quer dizer mais do que isso. Até porque ontem bebi tanto, mas tanto, que a combustão espontânea voltou a me ameaçar. Acordei com uma bolha no dedo do cigarro. Alguém deve ter conseguido apagar antes que o fogo consumisse tudo e sobrasse apenas o cordão sobre um monte de cinzas…
Iqual Lefla, só não tive bolha no dedo porque eu não fumo, cheguei em casa às 7 de la matina.
Vou pensar num real com calma porque o alcool ainda está aflorando !
Real com maíscula lógico !!
e o nome “acústico”…de onde vem?
Para evitar o barulho do trânsito de passagem perturbasse os moradores e a PUC, em breve teremos mais detalhes sobre ele !
ta vendo? o teu parque é proletário! por isso vc pede pouco (40 mil dolares) se minha campanha tiver o sucesso esperado, talvez até sobre esse troco… ai eu faço uma doaçao, ok? mas não comece a embarreirar dividindo a opinião publica, ok?
toda quinta tenho aula de Geografia da Cidade do Rio de Janeiro no Fundão…E todo dia tenho aulas de geografia da cidade do rio de janeiro aqui no flog…
Muito bom conhecer essa história!!!
Eu não sabia de nada disso…
:))
Você está me enrolando hem, porque você falou que iria contar a história do Túnel Acústico hoje! hahahahahaa Brincadeira, eu adoro esse seu estilo meio folhetinesco, de deixar sempre um suspense para o próximo post… juro que hoje eu entrei no computador e a primeira coisa que eu vim ver foi a história que eu achava que iria ser contada – da qual você só revelou um pouquinho, deixando uma deixa sobre o que vai rolar ainda! Abraços!
Olá, André! Se você puder aparecer, será muito bem-vindo! Abs.
Tem sempre um político para atrapalhar tudo… ou advogado…
a arquitetura é linda… dá até vontade de morar lá… é muito barra pesada, tipo o (ex)rajah de botafogo ? por sinal esse é outro que merecia uma abordagem aqui…
mas que politicozinho de visão limitada tinha esse lacerda eim… ? isso foi década de 50 ou 60 ? seria bom ter umas datas pra gente ter uma noção melhor… muito bom seu flog. abraço
Teu amigo de fé disse que quer jogar sinuca.
Voce empresta teu taco para satisfazer o desejo dele ???
:-))
:-))))
:-))))))
Vamos ver, André. Vamos ver… Certamente eles ainda não querendo fechar os flogs grátis. Acho absurdo eles dizerem que a sugestão que mais receberam foi de ter anúncios nos flogs gratis. Esses caras não lêem o quadro de discussão?
Um abraço.
Eu sei meu amigo …mas o Zé falou do cara barbudo…
Olha ele aí falando…ele deve estar achando que vc é mesmo aquele cara…
Bj!
De
caramba! que coisa! parece a historia de O Redentor.
ah, vi seu comentario sobre tattoos no flog da gilima. Vamos combinar que daqui a 50 anos não vai ser só a tattoo que vai estar toda caída. Então, que grande diferen~ça isso faz?
Andre, vc vai me pagar 1 chopp porque e “mayacan”. O resto, e por minha conta. Ainda te pego numa dessas!
Damn, this guy is good! He owes me one beer, because he doesn`t know the name of the building, but gave the adress – I`ll have to pay all his beers at the next meet-up!
Com as barbas de molho, naturalmente… Olha, não é justo o que vc está fazendo com o Hugo! 🙂
Faltam Lacerdas neste Brasil de hoje, André !Certamente ele hoje entenderia a necessidade de “misturar” classes sociais diferenciadas em um mesmo espaço urbano. O que resta perguntar é: – a quem interessa a existência de favelas?
Como colaboração, vai um link para uma página do Alma Carioca, de nosso caro Paulo Afonso…
http://www.almacarioca.com.br/imagem/fotos/rioantigo/fotoa125.htm
Acompanho como se fosse um folhetim a história daquela parte da Gávea. Muito bom lembrar de coisas que estão num passado não tão remoto, mas são depressa esquecidas, pela vertigem da vida moderna. Gosto, porém, de saber datas, e ainda está faltando saber a época em que foi decidida a passagem da Lagoa-Barra por baixo do prédio do Reidy. Continuando a “cavucar” a memória, acho que foi no primeiro Governo do Brizola, porque o Gov. Chagas Freitas (mandato 1979-1983) não conseguiu ampliar a Rua Mario Ribeiro, por causa de umas desapropriações de casas na calçada oposta à do Hospital Miguel Couto, e também por causa de um botequim na Av. Bartolomeu Mitre, em diagonal ao Miguel Couto. O terreno era do Espólio de Cesario Alvim e valia uma fábula, e o então Governador preferiu deixar a questão para o governo seguinte. Também não quis, ou não conseguiu, enfrentar a resistência da PUC para a ligação com o Túnel Dois Irmãos pelo terreno da Universidade.
Continuo aguardando – com ansiedade – os próximos esclarecimentos