Parque Proletário da Gávea V

foto de andredecourt em 01/10/04

Semana Parque Proletário da Gávea

Mas os problemas começaram, não estando nem concluído o primeiro prédio, a favela começou a estranhamente a aumentar, pessoas vindo de várias outras invasões e apadrinhados por políticos que forçavam o Departamento de Habitação do Distrito Federal a incluí-las no projeto, no mesmo momento as verbas começavam a ser cortadas, com a fusão e posse de Carlos Lacerda, a obra parou, pois discordava o político do modelo “socialista” implementado pelo urbanista. Os dois concordavam com a erradicação de favelas, mas Lacerda queria os ex-favelados bem longe do tecido urbano onde eles se originavam, na minha opinião a causa da falência da erradicação das favelas em nossa cidade, Reidy ficou tão chateado que se aposentou.
A obra prosseguiu aos trancos e barrancos é só um dos prédios propostos foi construído, não houve creche, nem escola primária, muito menos centro comercial, o posto de saúde só foi inaugurado, no local proposto para a creche nos governo Chagas Freitas, e para atender todo o bairro da Gávea.
No local dos outros prédios e de grande parte do conjunto foram construídos o Planetário e parte do terreno vendido para construção de prédios para a classe média, e outra parte “dada” à PUC em um futuro que em 2 post’s para frente será contado.

Comments (39)

brites disse em 01/10/04 09:34 …
Que história longa, triste e esfarrapada arranjam pra tudo nesta cidade de q eu tanto gosto!…
O prédio é a boa arquitetura em ação! Belo resgate vc está promovendo!
leflaneur disse em 01/10/04 09:49 …
Ah, sei lá… não sei… isso tudo é confuso, não sei de nada sobre a Gávea, acho a Gávea um bairro estranho. Não se gosto ou não gosto, acho que não gosto. Mas gostava do Parque da Cidade. Virou favela também.
A Gávea é um bairro à beira de um ataque de nervos.
leflaneur disse em 01/10/04 09:51 …
Diana era Princesa de Revista Caras. Dava entrevista sobre tudo, justificava tudo, até a cor de suas calçolas reais.
rockrj disse em 01/10/04 09:52 …
É uma história mais recente de nossa cidade.
Você já pensou em reunir estas histórias em um livro, ou já existe coisa semelhante?
rockrj disse em 01/10/04 10:08 …
Não só deste projeto, mas de todas estas modificações que tem ocorrido no Rio de Janeiro reunidas?
[email protected] disse em 01/10/04 10:10 …
Esse trabalho que o André está nos apresentando é brilhante. Vale por seis volumes de sociologia, seis de ciêcias políticas e 12 volumes de ética. Quem souber ler nos “subentendidos” vai aprender muito sobre a terra em que vivemos. Curiosidade: quem quiser conhecer um pouco do “minhocão” tente conseguir uma cópia do filme do Mauro Farias
(um “farias” de outro saco) chamado “Não Quero Falar Sobre Isso Agora”. É uma comédia policial que muita gente detesta mas eu gosto. É com o Evandro Mesquita,Marisa Orth (ótima), a gordinha Eliana Fonseca (também ótima)e até a Silvia Pfeiffer. Várias cenas são passadas lá no “minhocão” e a gente tem uma certa noção do interior do prédio.
thedreammaker disse em 01/10/04 10:17 …
Saudades da Gávea!
Saudades de entrar aqui e relembrar minha unica viagem ao rio!
Abraços
Willian
riobus disse em 01/10/04 10:20 …
ainda tinha um matagal na frente
andredecourt disse em 01/10/04 10:22 …
Matagal não Rodrigo, é um mato ralo misturado com barracos precários e roupas estendidas sendo curadas pelo sol. É que a resolução do fotolog faz algumas fotos que já não são boas na mídia impressa de onde foram retiradas ficarem ainda pior
almacarioca disse em 01/10/04 10:57 …
O Rio precisava de um novo Carlos Lacerda. Não estaria neste estado de calamidade. Lacerda cometeu erros, (quem não os comete?) mas sua visão e determinação foram a grande marca de seu governo. Imagino se ele chegasse à Presidência da República. Em vez disso, tivemos um monte de militares. Construíram isso que estamos vivendo: miséria, ignorância, subserviência e violência.
cpessoa disse em 01/10/04 11:08 …
Muito interessante. Eu não conhecia a história deste prédio. Na primeira vez que vim ao Rio e passei pelo túnel, embaixo dele, achei muito esquisito. Pensei como devia ser ruim morar lá. 🙂
gerard_3 disse em 01/10/04 11:12 …
Gostei…não sabia nada sobre este prédio e sempre tive curiosidade.
As rollinhas…o gato comeu,cadê o gato…tá dormindo!
Brincadeirinha ele só come ração…hahaha!
Bjócas!
De
heilborn disse em 01/10/04 11:22 …
Wasted … água muita água e um docinho. Daqui a pouco toma um engov com um chopp. Santo remédio.
gabriel_andrade disse em 01/10/04 11:48 …
🙂
:-))
:-)))
:-)))))
:-))))))
John Michael disse em 01/10/04 11:48 …
FANTASTICO! Estou absolutamente encantado com o seu trabalho! Sem dúvida vale um livro! E olha que eu (e a olimpia) somos livreiros.
leflaneur disse em 01/10/04 11:56 …
Estou pensando em passar no Real hoje. Topas? Pensando, não quer dizer mais do que isso. Até porque ontem bebi tanto, mas tanto, que a combustão espontânea voltou a me ameaçar. Acordei com uma bolha no dedo do cigarro. Alguém deve ter conseguido apagar antes que o fogo consumisse tudo e sobrasse apenas o cordão sobre um monte de cinzas…
andredecourt disse em 01/10/04 11:59 …
Iqual Lefla, só não tive bolha no dedo porque eu não fumo, cheguei em casa às 7 de la matina.
Vou pensar num real com calma porque o alcool ainda está aflorando !
andredecourt disse em 01/10/04 11:59 …
Real com maíscula lógico !!
eduardo bertoni disse em 01/10/04 12:00 …
e o nome “acústico”…de onde vem?
andredecourt disse em 01/10/04 12:04 …
Para evitar o barulho do trânsito de passagem perturbasse os moradores e a PUC, em breve teremos mais detalhes sobre ele !
dr_ocio disse em 01/10/04 12:07 …
ta vendo? o teu parque é proletário! por isso vc pede pouco (40 mil dolares) se minha campanha tiver o sucesso esperado, talvez até sobre esse troco… ai eu faço uma doaçao, ok? mas não comece a embarreirar dividindo a opinião publica, ok?
betotumminelli disse em 01/10/04 12:37 …
Concordo com Paulo. Que falta o Lacerda ta fazendo!
:-))
faberpaganoto disse em 01/10/04 12:57 …
toda quinta tenho aula de Geografia da Cidade do Rio de Janeiro no Fundão…E todo dia tenho aulas de geografia da cidade do rio de janeiro aqui no flog…
bwanis disse em 01/10/04 13:34 …
Muito bom conhecer essa história!!!
Eu não sabia de nada disso…
:))
bikerio disse em 01/10/04 13:58 …
Você está me enrolando hem, porque você falou que iria contar a história do Túnel Acústico hoje! hahahahahaa Brincadeira, eu adoro esse seu estilo meio folhetinesco, de deixar sempre um suspense para o próximo post… juro que hoje eu entrei no computador e a primeira coisa que eu vim ver foi a história que eu achava que iria ser contada – da qual você só revelou um pouquinho, deixando uma deixa sobre o que vai rolar ainda! Abraços!
cores_1 disse em 01/10/04 14:24 …
Olá, André! Se você puder aparecer, será muito bem-vindo! Abs.
Antolog disse em 01/10/04 14:24 …
Tem sempre um político para atrapalhar tudo… ou advogado…
aqua_man disse em 01/10/04 15:32 …
Caramba, quanto mato tinha aí!
Boa foto, André,
Abraço
cand disse em 01/10/04 16:08 …
a arquitetura é linda… dá até vontade de morar lá… é muito barra pesada, tipo o (ex)rajah de botafogo ? por sinal esse é outro que merecia uma abordagem aqui…
mas que politicozinho de visão limitada tinha esse lacerda eim… ? isso foi década de 50 ou 60 ? seria bom ter umas datas pra gente ter uma noção melhor… muito bom seu flog. abraço
jro disse em 01/10/04 17:26 …
Voce tá bem, né?
Tudo bem por aqui, né?
Então tá…
JRO :-)))
jro disse em 01/10/04 17:57 …
Teu amigo de fé disse que quer jogar sinuca.
Voce empresta teu taco para satisfazer o desejo dele ???
:-))
:-))))
:-))))))
jimsk disse em 01/10/04 18:22 …
Vamos ver, André. Vamos ver… Certamente eles ainda não querendo fechar os flogs grátis. Acho absurdo eles dizerem que a sugestão que mais receberam foi de ter anúncios nos flogs gratis. Esses caras não lêem o quadro de discussão?
Um abraço.
gerard_3 disse em 01/10/04 18:25 …
Eu sei meu amigo …mas o Zé falou do cara barbudo…
Olha ele aí falando…ele deve estar achando que vc é mesmo aquele cara…
Bj!
De
flavehelen disse em 01/10/04 19:02 …
caramba! que coisa! parece a historia de O Redentor.
ah, vi seu comentario sobre tattoos no flog da gilima. Vamos combinar que daqui a 50 anos não vai ser só a tattoo que vai estar toda caída. Então, que grande diferen~ça isso faz?
hjwery disse em 01/10/04 21:58 …
Andre, vc vai me pagar 1 chopp porque e “mayacan”. O resto, e por minha conta. Ainda te pego numa dessas!
Damn, this guy is good! He owes me one beer, because he doesn`t know the name of the building, but gave the adress – I`ll have to pay all his beers at the next meet-up!
cronai disse em 01/10/04 22:33 …
Com as barbas de molho, naturalmente… Olha, não é justo o que vc está fazendo com o Hugo! 🙂
jaymelac disse em 02/10/04 01:13 …
Faltam Lacerdas neste Brasil de hoje, André !Certamente ele hoje entenderia a necessidade de “misturar” classes sociais diferenciadas em um mesmo espaço urbano. O que resta perguntar é: – a quem interessa a existência de favelas?
jaymelac disse em 02/10/04 01:15 …
Como colaboração, vai um link para uma página do Alma Carioca, de nosso caro Paulo Afonso…
http://www.almacarioca.com.br/imagem/fotos/rioantigo/fotoa125.htm
[email protected] disse em 02/10/04 09:09 …
Acompanho como se fosse um folhetim a história daquela parte da Gávea. Muito bom lembrar de coisas que estão num passado não tão remoto, mas são depressa esquecidas, pela vertigem da vida moderna. Gosto, porém, de saber datas, e ainda está faltando saber a época em que foi decidida a passagem da Lagoa-Barra por baixo do prédio do Reidy. Continuando a “cavucar” a memória, acho que foi no primeiro Governo do Brizola, porque o Gov. Chagas Freitas (mandato 1979-1983) não conseguiu ampliar a Rua Mario Ribeiro, por causa de umas desapropriações de casas na calçada oposta à do Hospital Miguel Couto, e também por causa de um botequim na Av. Bartolomeu Mitre, em diagonal ao Miguel Couto. O terreno era do Espólio de Cesario Alvim e valia uma fábula, e o então Governador preferiu deixar a questão para o governo seguinte. Também não quis, ou não conseguiu, enfrentar a resistência da PUC para a ligação com o Túnel Dois Irmãos pelo terreno da Universidade.
Continuo aguardando – com ansiedade – os próximos esclarecimentos