Nossa foto de hoje mostra um pequeno trecho da Rua São Clemente e um naco da Praça Corumbá, além das obras de recuperação do pavimento asfáltico, vemos a Praça Corumbá com seu primeiro urbanismo. Elementos da época são presentes, como o poste em estilo americano, presença constante nas praças urbanizadas após os anos 40 e o jardim em estilo moderno. Vemos que a Rua São Clemente já não tinha mais sua iluminação elétrica original, composta, como na Voluntários da Pátria, Senador Vergueiro, R das Laranjeiras, Pasteur, Paisandu, Marques de Abrantes por postes derivados da Expo de 1908, possivelmente trocada no final da Adm. Dodsworth por luminárias dependuradas no meio da rua.
A praça não foi contemplada no loteamento da Companhia Imobiliária Metropolitana que deu origem as ruas Barão de Macaúbas, Marechal Francisco de Moura e Jupira em 1937, os terrenos do loteamento iriam até a beira da S. Clemente, onde haveria 5 lotes com a testada padrão da cidade no séc. XX, 12 metros, porém dois anos depois da aprovação do PA a prefeitura do DF com o projeto da Av. Humaitá-Glória promove alterações profundas no loteamento, certamente ainda com suas ruas sendo abertas.
O trecho abrangido pela a área loteada era exatamente o local onde a nova avenida se deslocaria do traçado da Rua São Clemente e partiria para um novo, rasgando suas pistas através de propriedades particulares, vertentes de morros até se encontrar com a Rua do Catete na Praça José de Alencar. Nesse ponto como a área não estava edificada se obrigou de pronto o recuo. Dez lotes do plano original seriam engolidos pelas novas pistas, o que representava o desaparecimento de 1/5 da área loteada, composta de 53 lotes além de uma área no final da área em escadas da Rua Marechal Francisco de Moura, doada até a vertente à prefeitura, certamente até o mirante morro acima, e por onde a favela deve ter iniciado sua invasão.
Em 1941, novo PA é apresentado com a perda dos 10 lotes e modificação do emboque das novas ruas na Rua São Clemente, a área gravada pela nova avenida seria entregue à Comissão de Melhoramentos da cidade e seria ajardinada, mas sem definição de área nem afetação como praça, teoricamente era uma avenida.
Praticamente dois mil metros quadrados, destinados a terrenos para a construção de pequenos prédios de apartamentos, possivelmente maiores, pois teriam o gabarito da São Clemente foram tornados não edificanti, mas sua desapropriação só se deu de fato em 1947.
A praça só foi reconhecida com “playground” em 1965, no governo Carlos Lacerda, quando os planos da Radial-Sul, novo nome da Humaitá-Glória, foram definitivamente arquivados, depois de décadas de interferências na cidade, como recuo de construções, abertura de trechos desconexos de ruas, congelamento artificial de trechos de bairros, muitas vezes promovendo decadência urbana. Mas tal como a Praça Sarah Kubitschek em Copacabana não há uma planta de PA precisa que dê suas dimensões e limites.
Foto dos anos 50 e o PM da FPDF parece orientar um motorista. O local é próximo ao Segundo Batalhão. O asfalto mostra sinais de desgaste. Esse local é o acesso à favela Santa Marta, que naquele tempo não apresentava problemas. Os proprietários desses imóveis que aparecem tiveram um enorme prejuízo, já que expansão dessa favela inviabilizou o local.
Curioso o nome da praça já que havia uma homônima na Lagoa, junto ao Corte do Cantagalo. Era o ponto final do 25-Jacaré/Ipanema.
Um grande amigo morava no acesso ao Dona Marta e o visitava nos anos 60 mesmo à noite sem nenhum problema. Outros tempos.
Está Radial-Sul tem história.
Enquanto a praça da Lagoa virava trevo.do Viaduto e sumia, essa era criada, tudo por volta de 65/67.
Existe uma Praça Corumbá na Tijuca. Fica entre as ruas Homem de Melo, Andrade Neves, e Visconde de Cabo Frio
Coloquei o zoom na foto e a situo entre 1963 e 1965, já que não há mais cabos de sustentação de energia elétrica para os bondes e o uniformee o uniforme da Polícia Militar passou a ser azul em 1966. E como os bondes na São Clemente circularam até Maio de 1963 …
Que maravilha aquele Bel Air 58 com placa do corpo diplomático. A ser notada também a presença, na foto, de uma Buick Roadmaster 52.
Creio a foto ser até 1962,porque tds os carro tem placas DF e elas foram trocadas até meados de 62 para o padrão GB…Interessante os Dois Peugeot 203,sendo o primeiro mais moderno que o segundo,a kombi Alemã de algum orgão público,a lindíssima Buick 1952 woody de cair o queixo,o Chevrolet Bel Air 1958(não é um impala)com placa CD e por último o Chevrolet 1940,ainda em bom estado e bem original,ostentando ainda as calotas…..Esse carros ainda tinha um bom valor de revenda no final dos anos 60…..
De fato o Buick é um destaque entre os autos.
Outros tempos. Menos gente na cidade. Mais organização.
Aquele automóvel atrás da Kombi parece um rabecão.
A Buick tem duas placas ovais,uma em cada extremidade da lata/ parachoques traseiro,parcialmente encobertas.A da Esquerda parece as letras GB ou CD,não consigo definir,a da direita é a inconfundível BR do Touring club do Brasil…..
Bom dia.
Sou historiador e aluno de mestrado da UNICAMP / SP. Estou pesquisando a vida do Malba Tahan (Júlio Cesar de Mello e Souza).
Em um de seus livros, Malba Tahan faz uma dedicatória ao professor Luiz de Mello Campos, que faleceu em 1954. Ele foi professor do colégio Mello e Souza.
Desejo ter alguma informação sobre esse professor, pois tenho apenas a dedicatória informando nascimento e morte, e que trabalhou no famoso e reconhecido colégio carioca.
Agradeço a atenção e gentileza.
Leandro Piazzon
[email protected]