Muitos do que passam pela a Av. Copacabana logo após a Praça Sarah Kubistchek nas estreitas calçadas dos imóveis fronteiros, respeitando o PA da década de 30, não reparam que um dos prédios é mais novo que seus vizinhos dos anos 30, a confusão e a aparente “normalidade” induz quase todos a erro.
Pois a nossa foto de hoje mostra que a calçada do número 1.100, construído no final dos anos 50 e entregue por volta de 1959, foi tomada por um puxadão de alvenaria totalmente irregular. Seus proprietários certamente se abrigando no alinhamento do hoje demolido Ed. Santa Therezinha e do Ed. Lucy Luiz Cláudio, ambos da incipiente fase de verticalização do bairro, resolveram na marra ampliar as lojas da frente na cara dura.
O Edifício Dois de Maio, um daqueles exemplos especulativos dos anos 50 foi construído para abrigar pequenos apartamentos de sala e 1 e 2 quartos, que já em 1960 estavam sendo desvirtuados para salas comerciais e as lojas, imprensadas na antiga vila que existia eram vendidas com a observação que não se tratava de “mercadinho ou galeria” mas sim lojas independentes com sanitários próprios, mas outros anúncios salientavam suas pequenas dimensões. A insistência que os anúncios do prédio se repetiam mês a mês nos classificados do Correio da Manhã e do Jornal do Brasil mostravam que mesmo no aristocrático Posto V (antes dos crackudos, descida da favela e “meninas” da finada Help que causaram e causam grande estrago nesse pedaço do bairro) o novo prédio estava encalhado.
A Sociedade dos Amigos de Copacabana denunciava o fato em Julho de 1060, mas parece que a invasão da calçada foi tão bem feita, que com a inércia do EGB na confusão administrativa do fim da PDF que legou ao novo governo uma série de licenças de construções estapafúrdias, ou a interposição de alguma medida judicial, ao vermos a obra hoje, parece que o prédio foi assim construído.
A falta de fiscalização é antiga.
Bom dia.
Parece que tinham conhecidos nos lugares certos.
Essas práticas são antigas no Rio. Porém nas regiões mais remotas e atrasadas como a zona oeste, onde o clientelismo é a regra, isso é comum.
Isso faz parte da cultura do ser humano, em especial do brasileiro.
A grande questão dessa história contada pelo André são essas desconfortáveis calçadas do RJ.
São horríveis!!!!!!!!!! Além de desalinhada, são calçadas esburacadas, e estreitas.
Próprio de um país e de uma cidade onde o crime do colarinho branco sempre prevaleceu além de uma cultura chula.
Como há gosto para tudo, há pessoas que acham disso o máximo.
Essa história e outras deste site provam que o processo que nos tornou o que somos agora, este lixão chamado Rio de Janeiro, não começou em 1964, 1985 ou em 2003, como pessoas de diversas vertentes políticas gostam de afirmar.
A nossa deterioração foi contínua e gradual, e nunca parou de ocorrer.