Nessa precária foto, retirada de publicação de época, que dá a imagem um ar etéreo, quase fantasmagórico, vemos alguns dos pavilhões da Expo de 22 iluminados na noite.
A foto é tirada de uma área hoje ocupada pelas dependências do III Comar, e onde na época ficava o restaurante a exposição, já num aterrado da Ponta do Calabouço. E estamos bem no eixo da Travessa de Santa Luzia.
Os prédios em destaque eram dois dos maiores do evento, a direita a torre neo-colonial do Pavilhão das Grandes Indústrias, construído sobre o velho Forte do Calabouço. E a esquerda o enorme Pavilhão de Festas.
Curiosamente ambas as estruturas não chegaram aos nossos dias. A torre do Pavilhão das Grandes Industrias foi demolida no início dos anos 40 para a implementação do arremedo do plano viário para a Esplanada, em seu lugar hoje temos a descida do Perimetral e antes a junção das Av. Gal. Justo e Alfred Agache. Essa demolição deixou por décadas uma feia cicatriz no resto do pavilhão, já ocupado pelo MHN, anteriormente a Casa do Trem do Arsenal de Guerra. A cicatriz só foi atenuada quando da restauração do prédio do MHN, quando os elementos neo-coloniais foram retirados e o prédio voltou a ter uma aparência próxima a colonail.
Já o Pavilhão de Festas, foi demolido em partes, primeiramente grande parte dos seus ornamentos, como a grande cúpula foram removidos já no início dos anos 30, posteriomente parte da sua parte frontal foi demolida para a abertura do mesmo sistema viário, e por fim já na década de 80 do séc. XX o prédio, que abrigava a Secretaria Municipal de Fazenda, se arruinou num violento incêndio, que além de destruí-lo acabou com dados importantíssimos sobre impostos, taxas, arquivos, até mesmo de áreas foreiras ao município.
Foto da Revista da Semana
O automóvel sempre com prioridade… um absurdo como se destroem coisas por causa dele.