Rua de S. José com Av. Nilo Peçanha 1973

Semana passada mostramos em uma foto da Life o desaparecido quarteirão da Rua de S. José, engolido pelo prolongamento da Av. Nilo Peçanha na metade dos anos 70 e seus últimos dias.
Nessa foto, da mesma época, o fotógrafo está do outro lado dos edifícios que separam a Rio Branco do Largo da Carioca. Mais precisamente na junção da Rua de S. José com a Rodrigo Silva e Av. Nilo Peçanha. Esse foi um ponto tumultuado por várias décadas, desde a abertura das ruas da Esplanada, que se encontravam com ruas do velho tecido colonial da cidade, e mesmo demolições feitas nos anos 30, que vitimaram inclusive prédios da valorizada Av. Rio Branco,  não resolveram o nó.
Mesmo nessa época a confusão era a tônica do lugar como a foto demonstra, agravado pelo fato de ainda todas as ruas terem transito de automóveis, embora o quarteirão da R. de S. José junto ao edifício garagem e a Rua da Qitanta já estivessem ganhando os primeiros espaços exclusivos de pedestres do Centro.
Mas é junto ao Ed. Av. Central que vemos a velha Rua de S. José ainda continuando até o Largo da Carioca, como acontecia desde os tempos iniciais da cidade. O sinal de transtito bem junto ao prédio confirma que o velho traçado ainda era utilizado, e uma construção, provavelmente a consessionária Willys, ainda bloqueava o prolongamento da Nilo Peçanha até a R. da Carioca, acompanhando o alinhamento do Ed. De Paoli.
Na confusão vemos as tradicionais vagas exclusivas tão presentes no Centro, essas da RioTur, possivelmente um flanelinha-motorista entregando o carro ao seu proprietário e a multidão nas calçadas; já praticamente sem ternos, pois nessa época paletó e gravata já era para executivo, advogado e funcionário público graduado. Mas não vemos um só camelô nas ruas.
Atravancando as calçadas só uma barraquinha de venda de cartões da Unicef aparecendo parcialmente no extremo esquerdo e a banca de jornal, ainda modesta em tamanho, com uma gaiata bandeira do Flamengo, possivelmente desafiando os paisanos das outras bancas, certamente quase todos tricolores doentes.
Vemos também a iluminção incandescente em seus últimos dias, em todas as vias, inclusive na Av. Rio Branco.