Hoje em um um postal do acervo da Life vemos uma ainda jovem Copacabana em uma noturna, pelas luzes das janelas já tarde da noite.
A foto nos parece ser do início dos anos 30, quando o bairro começava a ensaiar seu processo de verticalização, mas ainda em nada danoso como seriua inciado no pós guerra.
A foto fornece uma panorâmica do bairro a partir da Rua Duvivier esquina com a Av. Copacabana, aparentemente ainda bloqueada pela Pedreira do Inhangá, e com vários trechos vazios no Posto II, resultantes da disputa judicial pela área que durou praticamente 80 anos. Do morro da Babilônia onde o fotógrafo estava ainda víamos o calçadão da velha Av. Atlântica por vários trechos completamente vazios do bairro.
A foto nos mostra ainda vários prédios famosos do bairro, hoje passados desapercebidos pela massa edificada e a beleza do “cordão de pérolas” criado pela iluminação da Av. Atlântica. O mar liso e a larga faixa de areia demostra que estávamos no verão. Chama a atenção o Forte completamente as escuras ou “apagado” do negativo da foto quando da ampliação para a comercialização do postal.
Outro detalhe interessante é o nível de urbanização alcançado por um bairro que em menos de 20 anos era um areal, ruas pavimentadas, com iluminação pública e arborização e transporte público para praticamente toda a cidade à época. Muito diferente dos novos bairros a oeste da cidade, que mesmo já bem ocupados ainda não tem uma rede de esgoto funcional, transporte de massas e urbanização em várias vias.
Uma foto para se ver com calma em alta resolução.
Realmente, é uma Copacabana que não conhecemos…
Mas, é um bairro ainda bem interessante.
Estive com amigos, recentemente, à noite, no roof do Hotel Miramar e a vista é deslumbrante, na medida em que exalta as belezas e esconde as mazelas.
Melhor seria se não tivéssemos nada a esconder para achar Copacabana bela…
O Sidney foi preciso em seu comentário. Assino embaixo.
De fato muito feliz o comentário do Sidney.
Copacabana seria muito mais agradável se houvesse corredores verdes entre as montanhas e o mar. A pedra do Inhangá faria parte de um destes corredores. Pensando apenas no lado positivo, a pedra poderia ser parte de um parque, obviamente cortado pelas avenidas que integram o bairro. Menos prédios, menos gente, mais verde, mais ar puro, mais áreas de lazer, mais qualidade de vida.