Em mais uma das fantásticas fotos de Ferreira Júnior, enviadas por seu afilhado Sidney Paredes vemos o momento de desembarque dos passageiros do dirigígel Graf Zeppelin na base aérea de Santa Cruz.
O destaque da imagem é agrande multidão que se aproxima do enorme dirigível para receber passageiros, mas a grande parte estava mesmo movida pela curiosidade de observar a grande nave, que horas antes havia sobrevoado toda a cidade.
O fundo da imagem nos revela, infelizmente pequenos, vários detalhes. Na esquerda da imagem acho que vemos um pedaço do grande hangar, de pé até hoje (o único) com seus complexos mecanismos de abertura de portas até hoje em prefeito funcionamento. Há também um grupo de pessoas que aparentemente empurra um veículo com algo cúbico, infelizmente mesmo com a fantástica resolução da imagem não dá para ter certeza do que seja.
Já na direita da nave vemos detalhes de outras construções o aeródromo.
A foto ainda nos dá alguns detalhes da cabine de comando do Zeppelin, bem como o interessante treliçado que cruza a envidraçada cabine, fantástica imagem, como de costume.
André, boa noite.
O objeto cúbico não seria um dos motores traseiros do dirigível?
Pode ser. Que foto linda. Passei por ali uma hora atrás, admirando o hangar que ainda se vê da Rio-Santos, e pensando o que teria sido aqueles dias. E cá estou eu agora vendo como eles foram. Formidável.
A imagem ampliada é um “show”!
Quantos detalhes podem ser vistos!
Devia mesmo ser um acontecimento a chegada do Zeppelin naquelas lonjuras. É curioso que não havia cerceamento do direito de circular em torno do aparelho.
Valia a pena caprichar na vestimenta e ir fazer este passeio.
Realmente as fotos são fantásticas.
fiquei impressionado com o tamanho do zeppelin (sabia q era grande, mas nem tanto).
220 metros de comprimento.
André,
Está parecendo que estamos no Campo dos Afonsos. A topografia de Santa Cruz é bem diferente. Acho que é uma das primeiras viagens do Graf ao Brasil. Acho que a foto é de 1930/1931.
Sensacional este arquivo. A facada é imperdoável. Estou parecendo mais uma peneira. Não dá para beber água.
Essa foi para o meu arquivo.
Seja em Santa Cruz ou Campo dos Afonsos, eu só tenho a concordar com o Luiz: a foto ampliada é simplesmente fantástica, dada a quantidade de detalhes que podemos verificar.
Mais que a beleza, que já é muita, ressalte-se a raridade da foto.
É a única que conheço, explorando o embarque/desembarque do Zeppelin e revelando detalhes da cabine de comando, das janelas com seu ar doméstico e do interior do grande dirigível.
Permitam-me revelar o meu orgulho, como afilhado de Ferreira Júnior, pelos elogios de tantos leitores à qualidade do seu trabalho, que eu intuía, mas que, agora, posso confirmar, pelo depoimento de pessoas que realmente entendem da matéria.
Onde quer que esteja, que o espírito do grande fotográfo sinta-se homenageado!
Só agora vi essa foto que, realmente, é maravilhosa, mas tem um senão: o local só pode ser o Campo dos Afonsos que é cercado de morros, como aparece na foto, ao contrário de Santa Cruz, que é uma área livre de morros no seu entorno.
P. Cezar
Sirvo em Santa Cruz há 22 anos, e não creio que a foto tenha sido tirada lá, ainda, apenas para contribuição para o enquadramento temporal, não parece estar havendo embarque ou desembarque, as pessoas apenas estavam se aglomerando pela curiosidade. Na verdade eu arriscaria sugerir que a foto é da primeira visita do dirigível à Botocúndia, em maio de 1930. Ali ele ficou apenas 72 minutos, antes de retornar a Recife, de onde acabara de chegar. O problema foi o calor, que expandiu o hidrogênio, tornando difícil o controle da flutuabilidade, como o comandante, o Dr Hugo Eckener não quiz alijar o gás, para tornar a nave mais pesada, decidiu pela partida quase imediata. Eles haviam já encontrado problemas para reabastecer os envelopes do Graf Zeppelin em Recife, ao chegarem da Europa. Cumprimentos a todos.
Prezado Luís Martini Thiesen,
Vi seu comentário num site sobre uma foto do Graf Zepellin e falavas da dificuldade de reabastecer hidrogênio para o dirigível, sabes informar se posteriormente foi construída uma fábrica para hidrogênio para atender Santa Cruz?
Conheço o SO Thiesen há alguns anos, desde que trabalhei na cantina do Sr José em 1992, ao término do serviço militar em 1999. Acredito que esta informação de sua procedência é de mais pura confiabilidade, visto que hoje, Thiesen é o maior historiador de relações militares, em armamentos e veículos de guerra, mundialmente falando.
Ainda guardo a foto que me destes, quando fui voar com o Ten. Av. Eumar 2ª ELO, no AT-27. Nunca esqueci do amigo.
A Base Aérea de Santa Cruz deve ser tombada pelo Patrimônio Histórico da Humanidade em homenagem a Santos Dumont…….