Centro do Rio, final da década de 40

Nossa foto de hoje mostra uma parte do Centro, tirada do topo das escadarias do Municipal.
Vemos em detalhes o prédio da ABI, uma das primeiras construções modernas da cidade e que ainda abusava do uso do Brise Solei para anular os efeitos do sol numa época ainda sem ar-condicionado.
Muitos pensam que o prédio não possui janelas, mas elas existem, são do tipo guilhotina e de grande tamanho, certamente para sem os efeitos do sol permitirem a maior circulação de ar possível dentro da construção. A rua Araújo Porto Alegre ainda não tinha a densa cobertura dos oitis, eles foram plantados pouco tempo depois.
Logo a frente vemos uma das quinas do prédio da Biblioteca Nacional.
Na rua o transito já se mostra bem pesado, inclusive o que se origina da Esplanada do Castelo, pois nessa época a Araújo Porto Alegre operava em mão contrária a de hoje.
Em primeiro plano temos uma das luminárias monumentais do Municipal, feitas de granito ornado com peças de bronze. A curiosidade fica para as luminárias que ainda usam os primeiros globos para lâmpadas de tungstênio da Light. Eles eram de vidro leitoso sem rugosidades, mais bicudas que as ainda usadas nas luminárias desse tipo que ainda sobrevivem pela cidade, com o encaixe também menor e tinhan um pequeno furo em sua ponta para não acumularem água e insetos. O último desse que eu tinha notícia fica em um poste da Rua Paulino Fernandes, quase esquina com a Rua Voluntários da Pátria, sumiu quando a rua, já nos anos 90 teve sua iluminação trocada para vapor de mercúrio, espero que tenha ido para o museu da Light, pois certamente era o último da cidade.

9 comentários em “Centro do Rio, final da década de 40”

  1. Interessante que uma foto tirada hoje (isto é, quando a obra do Municipal terminar) não teria muita diferença.
    Lembro da luminária da Paulino Fernandes. Elas ainda eram razoavelmente comuns na cidade nos anos 80, geralmente em ruas de pouco movimento.

  2. É interessante ver o contraste da arquitetura dos prédios da biblioteca nacional e da ABI.
    O trânsito, independente da época, é caótico. Temcarro virado pra tudo quanto é lado e pedestre no meio da rua onde não deveria atravessar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

4 + = 11