Temos hoje um post duplo com o Saudades do Rio, que publicou na última sexta ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:2069 ) uma foto das obras de ampliação da antiga Escola de Belas Artes, localizada na Travessa de Belas Artes.
Nossa foto, mostra o prédio logo após suas obras de ampliação e modificação dos dois corpos laterais, que ganharam um revestimento mais elaborado o que existia anteriormente. Na frente do frontão do prédio, temos uma tímida tentativa de se urbanizar uma cidade à época inurbanizada. O largo, como a travessa, os prédios fronteiros e por fim a estátua de Carlos Gomes, com os delicados guarda corpos eram uma ilha de um ambiente urbano de bom gosto numa cidade, mal calçada, mal arruada, mal iluminada, mal drenada, mal edificada, sombria, com maus costumes e com uma população doente.
Até as grandes intervenções de Passos, esta e mais algumas outras ações pulverizadas pela cidade que crescia eram as pífias tentativas de transformar o Rio Colonial, mutilado pelo crescimento desordenado numa cidade dígna de ser a capital de um país.
Como já sabido o prédio, depois de perder a Escola de Belas Artes, transferida para o novo prédio na Av. Central, foi incorporado no complexo do Tesouro, modificado com mais um andar, não planejado, e demolido nos anos 40 para termos um terreno baldio até hoje. Num dos planos para o local seria construída a prefeitura do DF, sem casa desde a construção da Av. Pres. Vargas.
Mas com a saída da Escola de Belas Artes as modificações começaram praticamente de imediato, com a retirada da estátua de João Caetano, levada para um canto do Campo de Santa, em 1916 a estátua dançou novamente para a frente do Teatro João Caetano, mas seus delicados guarda corpos sumiram, bem como o punham, furtado seguidamente pelos impunes ladrões que vem destruindo os monumentos da cidade, sem serem presos ou punidos.
Não entendo o motivo da demolição do prédio.
Rio de Janeiro, 08 de março de 2010.
Tudo como exatamente 100 anos atrás, só que com boa parte do patrimônio demolido.
Aproveitando que estou aqui e como não sei como entrar em contato contigo vai ter que ser por aqui mesmo.
Pesquisando os arquivos do meu pai encontrei esta foto de um prédio na Av. Rio Branco onde existiu uma “loja” de radiotelegrafia da antiga Radiobrás (Companhia Radiotelegráphica Brasileira – 1929/1967). Pelo que encontrei é o nº 277,só que meu Ábum da Avenida Central foi devastado pelos cupins e não sei exatamente o uso original da edificação. Se por acaso voce souber é so mandar um email. A foto está hospedada no imageshack, eis aí:
http://img525.imageshack.us/img525/8945/radiobrasrb277.jpg
Desde já agradeço.
Paulo Teixeira.
Foto de autor desconhecido, e, por mim, livre para divulgação.
Se vc for no álbum da Rio Branco, vc não achará o prédio, pois ele foi modificado, aliás bem modificado. Quarta feira ele será objeto do post.
Muito obrigado pela bela imagem Paulo !!
A estátua não é do João Caetano?
A população de rua é a maior culpada por este trabalho de formiga saúva, destruindo tudo o que pode ser convertido em dinheiro, vendido para ferro-velhos. Só não vê quem não quer. Ainda assim ninguém faz nada. A quem interessa esse estado de coisas ?
A menção à estátua de João Caetano, hoje na entrada do teatro homônimo, fez-me lembrar uma sugestão de meu saudoso avô Augusto – português e brincalhão – para que eu, ainda adolescente, observasse essa estátua por trás. É impressionante como ela se torna, por assim dizer, pornovisiva… Façam vocês mesmo o teste do vovô Augusto…
Foto ampliada rica em detalhes!!
Foto ampliada rica em detalhes!!
Bela página, uma maravilha para quem ama o Rio. A estátua é de João Caetano sim, a que está hoje na porta do teatro. Uma parte dos pórticos da Escola está no Jardim Botânico, não é?
Cheguei a esta página procurando imagens da antiga Praia da Lapa no início do século, ao redor de 1910, em especial o quarteirão entre o Beco dos Carmelitas e a Rua Joaquim Silva, em seguida ao do Silogeu (IHGB). Gostaria muito de obter informação será que vs podem me ajudar?