Túnel Rebouças a série, cap. III

Vamos aproveitar o período de obras, para condensar uma das maiores séries já publicadas no “foi um RIO que passou” ainda nos tempos do fotolog.com, que expicava as origens do Túnel Rebouças. A série dispersa em post’s ao longo de quase todo o mês de Dezembro de 2005, poderá ser condensada aqui no site em uns 4 post’s, facilitando em muito a consulta.

 

Mas a realidade do túnel estava muito distante dos croquis mostrados sábado, o túnel ainda era um grande buraco sem nenhuma estrutura. Os ventiladores ainda não tinham sido instalados até 1971/72, nas laterais da pista vergalhões e estruturas de concreto aguardavam a instalação das placas sintéticas de cor clara, laváveis e de um moderno sistema de iluminação.

Só havia uma faixa liberada, pois devido à precariedade do sistema de exaustão os técnicos do DER-GB não incentivavam o uso do túnel, nem queriam grande velocidade, pois o fluxo lento ainda sem ventiladores era melhor para a dispersão dos gases.
 Só em 1972 os ventiladores chegaram e foram instalados, completando o sistema anti-poluição do túnel que já contava desde 1969 com sensores de monóxido de carbono em vários pontos da galeria.
Essa iluminação, com braços e lâmpadas a vapor de mercúrio durou até 1982, e será comentada em um próximo post.

 

 

Nessa foto de 1969, vemos que não há nenhuma pista sobre as galerias Rio Comprido-Cosme Velho, embora um dos acessos, o que hoje desce para o bairro do Cosme Velho, para quem vem da Lagoa estava em construção, vemos os gelos baianos no canto da pista, bem como a entrada da pista na rua Cosme Velho bloqueada.

Outro detalhe que chama a atenção, é que existiam dois viadutos sobre a rua Cosme Velho. Sim, eles eram separados e foram anexados no primeiro governo Chagas Freitas.
Peço que reparem para a direita inferior da foto, havia ainda demolições, na frente do Solar dos Abacaxis, e aparentemente, em grande resolução, a rótula proposta por Heidy estava delineada no asfalto, há também um esboço de pista logo da saída da galeria Lagoa-Cosme Velho, como se fosse a saída proposta por Heidy, há até um fusca estacionado nela.

Nossa última foto de hoje mostra com detalhe os viadutos separados, e a boca das galerias Cosme Velho-Lagoa, o túnel ainda opera só com uma faixa de rolamento funcionando

11 comentários em “Túnel Rebouças a série, cap. III”

  1. Havia uma pequena saida para o Cosme Velho quando se vinha do Rio Comprido, ela foi fechada e perdeu um usário, pois não vou até a Lagoa para voltar e ir para casa.

    1. Não entendo onde ficava essa saída, já que o acesso Cosme Velho – Lagoa, que passa por cima da boca que vem do Rio Comprido, bloqueia a passagem.
      Aquele “esboço de pista” parece que existe até hoje, se não me engano era usado como via de serviço ou estacionamento de veículos de emergência.

  2. Sou da época que o Rebouças tinha acostamento e telefones de emergência. Isso nos maravilhosos anos 70. Quanta saudade !

    1. O sistema de telefones durou aos trancos e barrancos até os anos 90, quando os seguidos atos de vandalismo perpetrados pelos torcedores dos times que eram campeões provocaram a desativação do sistema que já estava funcionando na base do jeitinho há anos.

  3. Me lembro da inauguração do túnel, um engarrafamento infernal desde o Rio Comprido, muita gente queria conhecer. Apesar de criança me lembro bem dos cartazes de propaganda eleitoral Negrão de Lima x Flexa Ribeiro.

  4. Quando o túnel foi inaugurado? 1969? Acho que o Decourt não citou a data.
    No primeiro post ele também indica que estava em obras já em 1963, mas quando elas teriam começado?
    Seja como for, o túnel ficou pelo menos 3 anos em caráter provisório e com apenas uma pista, o que mostra que mesmo tendo sido feito na época áurea da Guanabara, já havia problemas para concluir as obras.

    1. Rafael, os principais problemas eram, primeiro a Linha Vermelha ainda não estava pronta o que dava ao túnel pouco sentido na ótica do DER-GB. os problemas para se decidir o tipo de exaustão e depois a compra dos equipamentos se arrastaram por uns bons anos, não se esqueça que o Rebouças e seu comprimento eram na época um desafio de engenharia. Acredito que o túnel só ficaria realmente pronto, como os planos no final dos anos 70. Mas já no governo Chagas, ainda na Guanabara, seu projeto começou a ser modificado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ 55 = 58