O amigo Carlos Ponde de Leon de Paiva enviou essa interessante imagem capturada na Internet que mostra a área hoje reabatizada de Praça Pio X.
Já falamos inúmeras vezes que a Av. pres. Vargas foi aberta de maneira desconexa com o tecido urbano que a circundava, mas talvez no seu trecho entre a Igreja da Candelária e as velhas docas da Alfândega e Cais dos Mineiros fosse a sua parte mais mal resolvida. Pois terminava abruptamente nos grossos muros do velho cais e o tráfego era dispersado por estreitas ruas colonais.
O resultado prático é que rapidamente aquele pedaço da avenida se tornou um grande bolsão de estacionamento, a situação só começou a mudar com a chegada das rampas do Viaduto da Perimetral.
Nossa foto é dessa época, já na Guanabara, quando o viaduto começou a operar e era tentada uma solução para conciliar o tráfego que demandava do viaduto e os estacionamentos, afinal aquele ponto da avenida ainda era bem desconectado do tráfego local do Centro.
Vemos então uma via transversal às pistas orginais da Pres. Vargas, de concreto em direção ao viaduto, nos triângulos restantes tinhamos carros estacionados, essa arrumação permaneceu por alguns anos, até os armazens serem demolidos. Mas a situação só foi definida com um reordenamento dos canteiros da avenida somente nos anos 90, onde os resquícios dessa época finalmente desapareceram.
Quanto a frota estacionada ainda tínhamos muitos carros importados, mas já vemos dauphines, fuscas, rural willys, belcar, kombis, representates da incipiente indústria nacional.
O mobiliário urbano ainda é o original da avenida, que continua áriada, vemos que houve tentativas de se plantar árvores, mas aparentemente muitas das mudas não sobreviveram.
O curioso é que os carros importados são todos com 10 ou mais anos de uso.
Este estacionamento deixava o trânsito muito confuso.
Gostei daquele ônibus Mercedes que vem em direção ao fotografo.
🙂
Decourt, quanto ao seu comentario (pegadinha RS!)em http://fotolog.terra.com.br/bfg1:693 o prédio que não existe mais aparece à meia altura do canto esquerdo. Ele é branco e cortado pela metade, ficava entre o Ed. OK e o Hotel Ouro Verde , no local hoje de nº 1440 existe um enorme prédio de vidros escuros.
O Mercedes que citaram era da Viação Paraense, na linha 484-Olaria x Forte de Copacabana.
Cruzando a via, o ônibus amarelo é um GM ODC210, importado dos EUA, rodando na MOSA, que naquela época fazia a linha 10 – Fátima x Mauá.
Põe árida nisso…
A imagem da igreja é marcante…