Candelária início dos anos 60

O amigo Carlos Ponde de Leon de Paiva enviou essa interessante imagem capturada na Internet que mostra a área hoje reabatizada de Praça Pio X.
Já falamos inúmeras vezes que a Av. pres. Vargas  foi aberta de maneira desconexa com o tecido urbano que a circundava, mas talvez no seu trecho entre a Igreja da Candelária e as velhas docas da Alfândega e Cais dos Mineiros fosse a sua parte mais mal resolvida. Pois terminava abruptamente nos grossos muros do velho cais e o tráfego era dispersado por estreitas ruas colonais.
O resultado prático é que rapidamente aquele pedaço da avenida se tornou um grande bolsão de estacionamento, a situação só começou a mudar com a chegada das rampas do Viaduto da Perimetral.
Nossa foto é dessa época, já na Guanabara, quando o viaduto começou a operar e era tentada uma solução para conciliar o tráfego que  demandava do viaduto e os estacionamentos, afinal aquele ponto da avenida ainda era bem desconectado do tráfego local do Centro.
Vemos então uma via transversal às pistas orginais da Pres. Vargas, de concreto em direção ao viaduto, nos triângulos restantes tinhamos carros estacionados, essa arrumação permaneceu por alguns anos, até os armazens serem demolidos. Mas a situação só foi definida com um reordenamento dos canteiros da avenida somente nos anos 90, onde os resquícios dessa época finalmente desapareceram.
Quanto a frota estacionada ainda tínhamos muitos carros importados, mas já vemos dauphines, fuscas, rural willys, belcar, kombis, representates da incipiente indústria nacional.
O mobiliário urbano ainda é o original da avenida, que continua áriada, vemos que houve tentativas de se plantar árvores, mas aparentemente muitas das mudas não sobreviveram.