Nossa foto de hoje mostra a praça XI em sua última década de existência, mas antes seria transformada numa árida esplanada com o corte de várias árvores e mudança no ajardinamento, poucos anos antes de desaparecer de vez.
Nessa época a praça contava com o desenho básico dado pela prefeitura de Passos, com canteiros ao estilo romântico, coreto e reforço na arborização, sem a retirada das pré existentes, plantadas de forma espontânea por pessoas do povo, já que antes da administração do grande prefeito não havia um departamento exclusivo para cuidar de jardins e parques, se dedicando a administração distrital a uns poucos jardins, o Rio era uma cidade árida.
O canal do Mangue está a direita da imagem, com a visão bloqueada pelo prédio da Escola São Sebastião, nessa época já com o nome trocado para Benjamim Constant numa demonstração de positivismo raivoso. Essa era uma das Escolas do Imperador, e infelizmente desapareceu junto com a praça e todo o bairro que a rodeava, destruída pela ignóbil Pres. Vargas.
Parte central de um bairro plural, que abrigava para horror das elites facistóides dos anos 30 e 40, árabes, judeus, italianos, portugueses, negros, mulatos……. num verdadeiro e pacífico caldeirão cultural, o qual a ditadura de Vargas teve muito gosto de esfacelá-lo.
E hoje, com a linha 1A, até os suburbaanos estão sendo chutados de lá…
Caríssimo Decourt. Acabei de perceber que um desafio que você lançou 3 anos e meio atrás, no http://www.fotolog.com/andredecourt/14740986 , foi resolvido esta semana, com a publicação de um foto pelo Abel Moreira, em http://www.fotolog.com.br/abelmoreira/68479855 .
Dê uma conferida lá!
O fotolog do Abel é imperdível !
O meu post já está migrado aqui no site, acessível por mecanismo de busca, inclusive: http://www.rioquepassou.com.br/2006/04/03/
Abraços !
Quando era criança frequentei, com meus pais, as cervejarias que existiam aí e que eram frequentadas pelas famílias nos domingos à tarde e onde, a certa altura, se exibiam filmes, principalmente comédias (Gordo e Magro, Chaplin e outros comediantes da época, em um ambiente sadio e totalmente familiar. Tempos que não se repetirão nunca mais…
Andre, de novo trago mais fotos interessantes do nosso Rio antigo. Dá uma olhada em http://carrosantigos.wordpress.com/2009/09/27/friburgo-e-rio-de-janeiro-em-1950/
Abraço, Nik.
Para Ricardo Galeno:
Antes da construção da Presidente Vargas havia duas ruas onde hoje encontram-se as pistas laterais da Presidente Vargas, com casas no lugar das pistas centrais. As ruas eram Visconde de Itaúna e Senador Euzébio. Não sei com certeza se elas vinham do Campo de Santana, ou de mais adiante. Este casario central era interrompido na Rua de Santana, continuando, porém nas laterais. Da Rua de Santana até o Canal do Mangue era a Praça Onze, que terminou com a abertura da Presidente Vargas e voltou logo depois, já com numeração própria, da Rua de Santana até a Rua Comandante Maurity (Antiga Conpanhia Telefônica Brasileira e hoje Estácio). A numeração da Presidente Vargas era interrompida na Rua de Santana e continuava depois da Comandante Maurity. O endereço do Balança-mais-não-cai é Av. Presidente Vargas, 2007. Minha casa ficava bem onde hoje tem um Posto Petrobras, e era na Praça 11 de Junh, 154-sob.