O angulo é um pouco diferente, aparentemente nosso fotógrafo está mais para dentro do continente, mas mesmo assim podemos ter uma idéia das violentas mudanças tanto do forte, como do bairro e, aproximadamente 30 e poucos anos.
A nossa foto é de 1947, período do início da especulação imobiliária predatória em Copacabana.
Podemos ver que o forte teve a sua construção principal totalmente ampliada, numa micelânia de estilos, do complexo original só podemos reconhecer os telhados do velho corpo da guarda, a segunda e menor construção da foto postada pelo Luiz, e um pequeno pedaço da maior construção na mesma foto, que ainda não foi modificada e que se mostra a esquerda do complexo do forte, as pequenas janelas ainda estão no mesmo lugar da foto dos anos 10.
A vegetação da praça Alm. Júlio de Noronha, que na foto do Luiz ainda se mostrava bem pequena, na nossa se mostra exuberante, praticamente encobrindo a nossa vista dos telhados do restaurante do Leme, mais conhecido como bar da Brahma, vemos seus telhados bem encobertos pelas árvores na direita da foto acompanhando a linha dos prédios.
Um detalhe que não poderá ser apreciado em nenhuma dessas duas fotos na resolução oferecida pelos fotolog’s é a largura da Av Atlântica, na do Luiz a avenida ainda tem apenas 6 metros de largura, não possuindo calçadão nem amurada, na de hoje vemos a Atlântica já com seus 12 metros de largura, largura essa que permaneceu até os anos 70 quando a praia foi alargada.
Do bairro pouquíssimo ocupado da foto do Luiz, vemos uma Copacabana e Leme já verticalizada, mas ainda haviam muitas casas, e falhas no paredão de prédios da Av. Atlântica, situação essa que em menos de 10 anos de tirada essa foto se modificaria de pleno.
Foto: Coleção Desmond Cole
Comments (13)
Não fosse a ausência daquele edifício enorme na Ponta do Leme, do Méridien, do Othon e do alargamento da praia, eu diria que não mudou nada de lá pra cá!
Isto é, há 60 anos a praia de Copa já era uma muralha de prédios!!!
(claro, havia muitas casas lá ainda, mas na foto não dá pra perceber)
Essa imagem é impossível de reproduzir hoje em dia (eu tentei). A encosta do Morro do Leme, onde se sobe para o Forte do Vigia, foi reflorestada nos anos 80-90 e hoje em dia as árvores encobrem tudo. Eu lembro de quando era criança e frequentava a Praia do Leme, viam-se claramente os postes da estradinha.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Muito boa!
Dá para fazer uma bela comparação.
PS: um “saco” esta história do fotolog.net deixar de fora o nº do “link” do Terra, obrigando o usuário a digitar “:nº da foto”.
Desta forma a ida para ver a foto do “link” fica complicada!
Que mensagem!
Luiz, não entendi. O Fotolog.net tem um n° para cada foto, sim. O n° desta, por exemplo, é:
http://ubbibr.fotolog.com/andredecourt/?pid=14937436
É só clicar no texto “permalink….” embaixo no lado direito da foto.
Decourt, o anúncio do Khalil foi colocado depois que a loja fechou, como despedida mesmo. Só estranho estar lá por tanto tempo, achei até que não ia conseguir a foto.
JRO, o problema do Fotolog é que quando se põe um link pro Terra, ele corta a URL no “dois pontos” deixando o número da foto de fora (embora apareça no texto).
Enquanto isso o Terra não tem esse problema, em compensação transforma todo sinal de porcentagem em “&25”.
êeeeeeeeeee…
que bom te encontrar ontem!!
:))))
e que delícia vcs no meu show!!
muito bom muito bom muito bom muito bom!!
:)))))
bom feriado!
beijo enorme!
PAZ E BEM!
Que bonita era a orla sem o Meridien e sem o Othon. Crimes ambientais.
JRO,
Rafael, o mestre explicador, disse o que eu queria dizer: como você pode ver se clicar no “link” que o André colocou aí em cima, vai cair na foto de hoje no Terra e não na de nº:234
Quando preciso “linkar” ao fotolog, tenho feito o seguinte:
– vou ao “more” (arquive) e acesso o mesmo dia, novamente. Depois disto, o número da foto aparece no “Address” (“Endereço”) do Explorer;
– Ctrl C no endereço;
– Ctrl V no texto do post ou comentário. Todos os editores de comentário têm reconhecido o link automaticamente;
Nada de “permalink”, portanto.
Minha Copacabana… Cheia de problemas e belezas. Adoro isso aqui. Podem falar o que for, mas com tanto bairro merda no Rio, merda por merda prefiro a Princesinha!
:-))
Ainda prefiro Copacabana a qualquer outro bairro do Rio para morar. As transformações e os contrastes fazem deste bairro uma enorme síntese estético-social do país: o melhor e o pior, o feliz e o triste, o feio e o belo, o rico e o pobre, juntos lado a lado, numa incessante dialética de confronto e troca.
Aqui se formou um gigantesco espelho, onde nossa gente vê um pouco melhor o próprio rosto e silhueta, onde o Brasil é mais brasileiro.
Aproveito para desejar a todos um bom feriado de Páscoa!