Um dos maiores erros urbanísticos já realizados em nossa cidade, a construção do elevado Freyssinet, mais conhecido como Paulo de Frontim por estar sobre a avenida que leva esse nome.
Foi construída pelo prefeito homônimo em apenas 6 meses, aliás como todas as suas dezenas de grandes obras, a função primordial era regularizar o curso do Rio Comprido até sua foz no antigo Mangal de São Diego na época já drenado e conhecido como Canal do Mangue, além disso criou a penetração que faltava para que aquela região entre a Cidade Nova e a Tijuca ganhasse um impulso grande em seu desenvolvimento, além de ter facilitado o acesso à Santa Teresa pela rua Santa Alexandrina.
O nome original da avenida era Rio Comprido, mas como aconteceu com Passos, imediatamente o povo começou a chamar a nova via de Avenida Paulo de Frontim e assim pouco depois começou a ser reconhecida oficialmente.
A avenida antes da construção do monstrengo era um das mais elegantes e sofisticadas da zona Norte da Cidade, com bons prédios e belas casas. Mas o viaduto além de ter provocado na época de sua construção uma tragédia com o desabamento de um dos vãos na esquina da rua Haddock Lobo soterrando dezenas de veículos parados no sinal, ele escureceu a via de tal maneira que as águas do Rio não vêem mais o sol.
Essa foto aparentemente foi tirada proxima ao antigo largo do Rio Comprido hoje praça Condessa de Frontim, o pequeno obelisco que vemos no meio da ponte existe lá até hoje, mas não trás nenhuma identificação para que tenha se prestado, mas especulando deveria constar em suporte de placas da realização da obra.
Comments (18)
Realmente dá vontado de chorar…
Estive aí na semana passada. A degradação do bairro é gritante.
Todo viaduto causa este tipo de resultado no seu entorno.
Algumas residências, tal como na Rua Bela – e nessa foi ainda pior, ficaram a pouquíssimos metros do elevado.
Além disso, como o André relata, o viaduto impede a iluminação do canal e do térreo das casas.
Um absurdo!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Já falamos disso aqui. Eu acho a construção do Viaduto “seja-lá-que-nome-tenha” do Rio Comprido, um dos maiores crimes já cometidos contra a vida desta cidade. Destruíram, lares, dignidades, histórias. Tudo em nome de um progresso tacanho, exclusivista, egoísta, que premiou a circulação viária individual esquecendo o transporte de massa.
Mas já não adianta nada gritar contra isso. Vivemos num país em que a tônica é a enganação, a deasfaçatez, a incúria.
Essa semana mesmo, vamos ter mais um capítulo dessa novela nojenta que já passa há dois meses. Mais sacripantas tipo José Dirceu vão para a televisão posarem de defensores do povo, das liberdades, da inclsusão social, da honestidade.
Safados, isso é o que eles são. Tenho ouvido muito pacóvio por aí dizer que o Lula não tem fortuna pessoal como se dinheiro fosse a única coisa que esses políticos desonestos e ineptos querem. Pois saibam meus queridos ingênuos que o maior objetivo da maioria dos descarados que se apossaram do governo é o poder de brincar de poder. Querem acordar de manhã, olhar o espelho e dizer: “-Quem diria heim ? Um funicado igual a mim chegar onde chegou; hoje pego da caneta cheia de tinta e funico quem eu quiser; rá rá rá rá rá rá.
Que Deus nos proteja do que ainda vem por aí.
Mais uma perda pra cidade, com certeza. Voltando ao século XIX, a primeira linha de bonde chegou ao Rio Comprido, na atual Praça Condessa de Frontin, em 1870, pela Companhia Rio de Janeiro Street Railway (mais tarde Cia São Christovão) com o seguinte itinerário: Largo de São Francisco, Andradas, Senhor dos Passos, Campo da Acclamação, Visconde de Itaúna, Machado Coelho, Estácio de Sá, Haddock Lobo, Rio Comprido, Praça Condessa. Em 1873 a linha é prolongada até a Rua do Bispo, e mais tarde é construído um novo ramal, partindo da Praça Condessa Paulo de Frontin, até a Rua da Estrella.
O interessante é que ainda existem uma casas na Paulo de Frontin, mas a construção que me chama atenção sempre é a Villa Esther, que sobrevive, mesmo estando num estado precario, com tijolos expostos, etc.
Belo postal.
:-)))
O lado bom (eu e ninh’alma de Poliana…) é que a construção do viaduto inviabilizou a construção de novos prédios. Assim, ainda hoje, podemos ver vários exemplos de construções que existiam na área no tempo dessa foto.
Hoje, as belas casas não recebem mais o sol. Estão, em sua maioria, subutilizadas e mal-conservadas. Mas, não fosse o viaduto, certamente já teriam sido demolidas para dar lugar a espigões.
Sempre penso nisso quando passo por ali. E a Villa Esther também é uma das minhas favoritas.
Outra questão: não fosse o elevado, qual seria a alternativa para o trânsito na saída do Rebouças?
P.S.: Essa pontezinha e a paisagem bucólica dão à foto um ar de São Lourenço ou Caxambu, né?
É realmente triste passar por ali e ver aqueles belos casarões e aquela região abandonada, entristecida…
Estive recentemente na Sacadura Cabral, região portuária para desenvolver um projeto de faculdade. O estado dos sobrados é lastimável…
Da vontade de chorar quando vejo a decadencia do bairro, provocada, sem duvida, pelo elevado, ou viaduto, como quiserem chamar. O Rio Comprido era um bairro muito aprazivel, fresco, com muitas arvores frondosas cheias de passarinhos. Meus avos moraram la entre 1940 e poucos e 1960 e poucos. Moravam numa ruazinha sem saida chamada Tenente Vieira Sampaio e na esquina dessa rua com a rua Aristides Lobo ficava o hospital SAMDU, que nem deve existir mais. Perto dali, num predio grande ate’ certo ponto luxuoso numa esquina da Av. Paulo de Frontin, morava um dos maiores craques de todos os tempos, o Ademir. Era o idolo da meninada do bairro (inclusive a minha mae), que ia espera-lo na porta da entrada majestosa do predio apos os jogos nos domingos `a noite. Cena quase inconcebivel hoje em dia.
Po, a PVC (porra da velhice chegando) me impediu de fazer a pergunta que era o motivo do meu longo post anterior: Os altissimos coqueiros que se ve na foto por um acaso nao ficavam no terreno do hospital SAMDU? Eu tenho uma vaga lembranca de admira-los quando passava em frente, mas talvez o bairro tivesse coqueiros como esses por toda parte.
mas ainda acho que o pior foi a perimetral
É como se tivessem construido um elevado na Visconde de Albuquerque.
Arruinaram com uma das mais lindas ruas da cidade.
Abração,
Bertoni
http://fotolog.terra.com.br/outromundo
Que lugar tranqüilo, sem balas perdidas, sem favelas ao redor. Quem diria que iria se tornar no que se tornou.
Passo pouco ali,mas dá para perceber o estrago.E podemos ver um vendedor empurrando um carrinho,talvez de sorvete.E essa Villa Esther,fica a que altura?
Puxa me amarro olhar esse fotolog mas cada vez que vejo uma foto dessas me dá uma tristeza enorme pois com raríssimas exceçoes tudo que aparece aqui já foi destruído por um bando de gananciosos, oportunistas e incompetentes.
Passei até semana passada durante 3 anos todos os dias por esse local aí, vejo a Villa Esther lá como disse nosso amigo aí em cima caindo aos pedaços mas resistindo.
Duas semanas atrás dstruiram duas casas maravilhosas aí, uma de cada lado da via, mesmo sendo um local desvalorizado em breve muitas dessas casas irao abaixo. O impressionante é a rapidez com que destroem, vc passa um dia a casa está lá, no dia seguinte nao há mais nada. É uma pena.