Praça do Lido, Sala do Turista e Laboratório de Saneamento da SURSAN


Nossa foto de hoje mostra a praça do Lido com sua precária urbanização realizada após a demolição do velho Restaurante Lido, na época já como a escola fundamental Cristiano Hamann bem como a demolição do velho Sauvatage do anos 20, substituído anos depois pela Escola Roma.
Os restos da urbanização de 1928 foram parcialmente encobertos por uma camada de pedras portuguesas e supressão dos jardins por pedras e saibro, a iluminação pública instalada em 1928 ficou perdida na nova urbanização, como podemos perceber pelos 4 postes de luminárias triplas que ficavam nas bordas do jardim que ficava na frente do terrace do restaurante Lido.
Além desse urbanismo, vemos duas construções que não chegaram nos nossos dias, a de telhado plano e grandes vidraças era a Sala do Turista, erguida em 1965 e inaugurada no final do ano para aproveitar as férias, patrocinada pela Associação Comercial e Industrial da Zona Sul e pelo EGB, contava com uma estrutura para receber o turista, além da publicidade habitual a sala possuía recepcionistas versadas em várias línguas, uma agência de câmbio, uma locadora de automóveis, agência dos correios posto da CTB e um guichê para a venda de ingressos para shows e espetáculos, além de também funcionar com galeria de arte.
A sala foi um sucesso durante todo o governo Negrão de Lima, e inclusive propunha-se um novo prédio a ser erguido perto da Escola Roma quando as obras da Av. Atlântica a Praça do Lido seria rebaixada e cruzaria as pistas da avenida por baixo até o encontro do “oasis” que seria erguido no Posto II.
Porém novos planos para praça foram gestados no Governo Chagas Freitas que concluiu as obras do alargamento da Praia de Copacabana, os Oasis, passarelas, pistas sem cruzamento e o túnel Leme-Praia Vermelha ficaram no passado, a sala e seu vizinho, viraram obstáculos e deveriam ser demolidos e não mais erguidos. A cidade até possuía outra Sala do Turista, inaugurada após e a de Copacabana, na Praça Mauá. Mas feita numa época que a praça perdia importância na recepção dos turistas, e que resistiu até o início dos anos 80. Mas depois de 1972, quando a Sala de Copacabana foi demolida a cidade nunca mais teve uma estrutura totalmente dedicada no meio de uma  zona turística para receber o turista, isso numa cidade que se diz turística, mas é cada vez mais hostil a ele.
Já a obra que vemos ao lado era a da construção do Laboratório de Saneamento da Sursan, erguido para os técnicos da obra do interceptor oceânico realizarem ensaios e fazerem o acompanhamento da obra. de vida breve, foi demolido no início de 1973, para a conclusão da terceira grande reurbanização da Praça do Lido
 

9 comentários em “Praça do Lido, Sala do Turista e Laboratório de Saneamento da SURSAN”

  1. Cada vez mais penso de que existam pontos turísticos no RJ, fruto da safadeza política e reinante nessa urbe.
    Tudo aqui está largado, sem do menor interesse desses “parasitas públicos” em gerir decentemente da cidade.
    Desde o primeiro turno, acompanhei o máximo de debates que pude e é lastimável que não haja um, somente um Político que traga a pauta da discussão algum assunto sério e que realmente seja repensado não somente o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil e a sociedade brasileira.
    Os debates me recordam muito, como o de ontem a noite, o tempo dos saudosos Adoráveis Trapalhões, Os Insociáveis, e Os Trapalhões, ou seja, uma comédia só, e nada de assuntos necessários a ser discutidos.
    Essa Sala do Turista é algo bem interessante que poderia voltar.
    Centraliza em um lugar só toda a atenção que eles precisam.
    Parafraseando o Joel sobre a Sala do Turista, ele diria: “Naturalmente, nos dias atuais, centralizaria tudo, facilitando para o estrangeiro e também para os criminosos caucasianos e coitadinhos a ficarem aguardando nas redondezas pois seria lucro fácil para eles”.

  2. A qualidade do calçamento de pedras portuguesas observado na foto chega a humilhar o que podemos ver hoje. Por que não capacitam jovens para aprender esse ofício? As calçadas do Rio eram motivo de orgulho na cidade. Há um filme americano sobre o Rio dos anos30, disponível no YouTube, que destaca boss as calçadas.

    1. Marcos. Não precisa ir muito longe não. Na década de 70, ainda havia vários desses calçamentos que não eram assim largado.
      Talvez chegando até 1981.
      Depois desse período em diante, chegou onde chegamos.
      Pelo que eu fiquei sabendo, não sei se é verdade, porém, é a informação que tenho é que esses calçamentos de pedras portuguesas, a manutenção é feita por uma Empresa de Portugal, porque aqui quase não há mais mão de obra qualificada para tanto, na especialidade dos calceteiros.

  3. A Escola Christiano Hamann ficou no meio de uma briga entre Lacerda e Negrão. O Saudades do Rio já publicou fotos da inauguração.

  4. Recentemente (relativamente falando) a prefeitura estava com equipes de calceteiros vindas de Portugal para conservar as calçadas. Não sei que fim levaram. Provavelmente foram extintas ou deve estar bem restrito.

  5. Recentemente (relativamente falando) a prefeitura estava com equipes de calceteiros vindas de Portugal para conservar as calçadas. Não sei que fim levaram. Provavelmente foram extintas ou deve estar bem restrito.

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