Av. Princesa Isabel, imóveis condenados 1957


Nossa foto de hoje, de 1957, mostram os últimos imóveis da Av. Princesa Isabel, no trecho que ela ainda se mantinha como a Rua Salvador Correia. O posto Atlantic, uma casa da segunda geração do bairro, o calcinado Hotel Vogue, um terreno já desocupado, antigo lote número 27 e mais um imóvel na esquina da Av. Copacabana, na realidade um pequeno prédio.
Com o incêndio do Vogue, sua destruição e abalo estrutural , ficou mais fácil a expropriação dos imóveis mais valiosos, como o Ed. Edmundo Xavier e seus vizinhos de Av. Atlântica, os dois imóveis menores não seriam problema, em tese.
Fofocas da época diziam que a obra, além do valor alto dos imóveis a serem expropriados, que o pequeno prédio da esquina da Av. Copacabana era da mãe do prefeito  Ângelo de Moraes e este fazia corpo mole para a expropriação do mesmo, sendo que a expropriação de todos os imóveis, só foi de fato realizada na Adm. Dulcídio de Cardoso, englobando 3 imóveis na Av. Altântica, de números 1.092, 1.110 e 1.122 e na Av. Princesa Isabel os de números 3, o posto de gasolina, o 11 e 17, a casa já transformada para uso comercial,  23, o Vogue, o 27, já demolido e o 29 ,  o prédio na esquina com a Av. Copacabana.
Somente no final da década que as pistas duplas finalmente chegaram na praia, com a implosão dos restos do Ed. Edmundo Xavier.
A imagem é interessante porque não obstante o abrasador incêndio do Vogue que ceifou várias vidas os danos externos ao prédio foram pequenos, inclusive as persianas Copacabana dos apartamentos centrais estão quase todas intactas e apenas vemos danos nas esquadrias que fechavam as varandas dos apartamentos virados para o interior do bairro, o que atesta os relatos e notícias da época que o fogo se propagou por dentro do prédio usando a escada interna e seu revestimento por lambris de madeira para galgar prédio acima, prendendo os ocupantes dos apartamentos dentro das unidades e depois os sufocando com a grande quantidade de fumaça e pelo calor.