Nessa foto de hoje do acervo da FGV vemos a carreata que conduzia o já doente Pedro Ernesto da Cadeia para sua residência em Setembro de 1937.
Libertado das masmorras do Estado Novo que se criava o prefeito e seus correligionários tentavam organizar mais um partido, oPartido Libertador Carioca PLC, mais uma das articulações que visava dar soberania a então capital da República, bandeira essa também defendida por meu bisavô e que os dois nunca conseguiram ver, pois a autonomia sonhada por eles só aconteceu num curto espaço de tempo no Estado da Guanabara.
A articulação do PLC, começou a ganhar força e já se previa um novo movimento como o que levou o grande prefeito ao Paço Municipal no Campo de Santana, quando em mais um golpe Getúlio aniquila os que lhe tentam fazer sombra, Pedro Ernesto é novamente preso, e o PLC esmagado como todos os outros partidos políticos.
Por fim, como exemplo das injustiças cometidas pelo regime de Vargas, um pequeno trecho do discurso de Pedro Ernesto no Teatro João Caetano 15 dias após ser libertado a primeira vez:
Senhores: no meu recolhimento, no meu martirológio, no isolamento de minha prisão, meditei sobre a situação política do país, vivendo sob o guante de um governo autoritário, disfarçado em liberal-democrata. Foram renegadas todas as liberdades, mas, sobretudo, negada a liberdade individual, porque pessoas inocentes, operários, funcionários, parlamentares, eram, juntamente com os culpados, recolhidos às prisões.
É, e tem gente que adora ditaduras.
Sim! Sempre tem os ‘libertadores’ que gostam do Hugo Chaves, Evo Morales, Fidel…
Essas ditaduras que tiraram a vida de muitas pessoas,e o que e mais inadmissivel e que hoje ainda sobrevivem vitimando os que fazem oposiçao.