Essas imagens poderiam ser atuais quando notícias de bueiros explodindo são quase uma constante, mas essa sequência dos anos 50 mostra que tais fatos já aconteciam.
Estamos na Rua Fernando Mendes em Copacabana e vemos os estragos causados não só pelo incêndio dos transformadores localizados na câmera subterrânea mas também por uma forte exposão como podemos observar pelas vidraças do velho Hotel Excelcior quebradas. O fogo é tão forte que além de sair pelos tampões da câmara subterrânea escala pelo poste de ventilação, recurso esse hoje em desuso na cidade.
A foto também mostra em detalhes o último tipo de poste da Light usado no bairro, que a partir dos anos 40 substituiu os equipamentos instalados nos anos 10 e 20, o poste com braço reto, distribuídos em apenas um lado da via.
Aqui vemos um carro chamuscado pelo incêndio, me parece ser um Panhard.
E por fim o combate das chamas pelos bombeiros, que tiveram que se utilizar de espuma química, para debelar o incêndio certamente alimentado pelo óleo ascarel dos transformadores. Reparem no meio da espuma uma das tampas do volt arremessada pela explosão
Que estrago!
Será que foi sobrecarga, devido ao hotel?
É engraçado constatar que algumas coisas não mudam no Rio de Janeiro!
Se naquela época já acontecia, imagina agora que toda estrutura e fiação dos transformadores deve ser a mesma dessa época!
Não dessa época, mas o último grande reforço no bairro foi dos anos 70 até o meio dos anos 80 quando os últimos lugares que ainda possuiam fiação de média tensão aérea e transformadores em postes tiveram o sistema moderinzado como o Bairro Peixoto. Desde daí não se fez mais nada e nesse meio tempo tdo mundo comprou um aparelho de ar para cada cômodo, microondas, muitos eletrodomésticos, tv´s maiores, muitos aparelhos em stand by e por aí vai !
E 50 anos depois foi na esquina seguinte: Rua República do Peru, ferindo o casal de turistas americanos …
O susto deve ter sido enorme.
quando a oferta for menor que a procura, vai haver sobrecarga. A empresa que administra a distribuição de energia não consegue acompanhar o aumento de consumo. O verão é o vilão.
No alto verão aconselhe a todos não passar sobre estas caixas subterrâneas.
eu assisti uma explosão assim na década de 1960 na Figueiredo Magalhães na fente do nº 47. O problema é que no exato momento estava passando um azarado sobre a tampa do bueiro e o cara voou até o 1º andar do prédio e caiu se esborrachando no chão. Curiosamente não teve queimaduras, apenas algumas fraturas.
O Panhard sifu!
O Carro é um Austin Atlantic…
Observem na sétima foto da sequencia, a placa acima da do ponto de táxi. A placa tinha um P com uma faixa vermelha, de “No Parking”, que mais tarde foi traduzida pelo E com uma faixa vermelha de “Proibido Estacionar”.
Eu morei nessa rua por 18 anos e sempre ouvi minha mãe contando essa história. Que legal, ver essas fotos. Onde as achou?
abraços
O problema eh cronico. Como vemos, na epoca a rede da Light era “nova”, o que desmascara a desculpa da Light hoje de que “a rede eh velha”. Ha um comentario de explosao na Figueiredo na decada de 60, o que expoe que na verdade bueiros sempre explodiram, porem nem sempre tiveram o devido destaque na midia. A fiacao nao eh a mesma daquela epoca; houve troca de transformadores e a rede foi crescendo para atender os novos consumidores. Mas a Light esconde o jogo. Veja em: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/08/20/especialista-diz-que-light-nao-investiga-explosoes-925172517.asp#ixzz1Vds8ltCt
Esta explosao ocorreu em 16/03/56. O acervooglobo.com.br estah com consultas gratis por tempo limitado e traz mais detalhes. O carro eh um Austin Atlantic mesmo.
O acervooglobo.com.br mostra que explosoes de bueiro sempre existiram, mas a Light sempre contou com a memoria curta do brasileiro e a omissao das autoridades, pois a cada explosao apenas declara “estamos investigando”… soh que nunca publicaram quaisquer conclusoes.