Vila Proletária Arthur Sauer, anos 50

Hoje voltamos ao assunto das vilas operárias, notadamente à primeira apresentada por nós em 2007 a Arthur Sauer, construída pela Fábrica Corcovado para abrigar funcionários e famílias.
Como já falamos em diversos posts as vilas proletárias foram tentativas de se erradicar cortiços e favelas no final do séc. XIX início do XX, que infelizmente por motivos vários, notadamente falta de interesse público, não foram para a frente. Com a demolição da Ruy Barbosa e diversos trechos de vilas de outras grandes tecelagens a Arthur Sauer é um dos conjuntos mais conservados em termos de unidade, embora arquitetonicamente muito se perdeu por reformas em várias casas.
Mas conforme vemos por esta foto dos anos 50 a vila praticamente desapareceu por arruinamento. Com o fim das atividades da Téxtil Corcovado a vila ficou sem conservação nenhuma ocupada por ex-funcionários da empresa por muitos anos.
Vemos um cenário de abandono, as casas com o revestimento precários, a rua que tinha cara de ser pavimentada com macadame  estava com o piso bem irregular e com mato junto aos meio-fios, tudo muito diferente de hoje. Onde as vias que abrigavam as velhas vias estão arborizadas e com muitas das casas totalmente restauradas, embora muitas foram descaracterizadas ao longo dos anos.
Tudo indica estarmos na Rua Caminhoá, estando o fotógrafo quase na esquina com a Rua Pacheco Leão.

5 comentários em “Vila Proletária Arthur Sauer, anos 50”

  1. Atualmente a região parece uma cidade do interior, com os moradores colocando as cadeiras nas calçadas em frente das casas. Quem quiser voltar no tempo é só dar uma passadinha lá.

  2. Eu visitei a região quando o Decourt contou a história, infelizmente não posso pegar o link agora. O estado de conservação é variável, existem casas originais bem conservadas (reformadas), inclusive algumas na Pacheco Leão abrigando barzinhos tipo Lapa. Outras estavam originais mas caídas, e no meio dos quarteirões várias foram modificadas ou substituídas.

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