Hoje temos um post duplo com o Carioca da Gema, que mostrou em ótima foto os Arcos da Lapa na região do antigo traçado da Rua dos Arcos, bem como os imóveis que ficavam colados aos Arcos, mesmo depois das reformas de Passos ( http://fotolog.terra.com.br/carioca_da_gema_2:104 ).
Como uma das imagens já foi postada por aqui teremos duas, para manter a novidade, as imagens tem alguma diferença de tempo entre elas, mas são da mesma década, anos 50. Já a do Carioca da Gema é dos anos 20, possivelmente do início da década pela presença de um poste francês de três braços, com os lampiões retirados, indicando a troca da iluminação de gás para luz que atingiu fortemente a cidade da metade dos anos 10 até a metade dos anos 20.
A nossa primeira imagem mostra o início da demolição dos prédios que ficavam alinhados junto a Rua dos Arcos, possivelmente para a construção da Av. Norte Sul, embora haja a remota possibilidade que fosse para a desobstrução visual dos arcos ou demolição do Santo Antônio, o que aparentemente acontece por de trás, como aliás já previam os planos da PDF. O prédio do outro lado está com um aspecto muito pior que na foto do Roberto, quase com ares de abandonado, certamente já estava desapropriado. Essa foto mostra também que havia um tipo de servidão, que corria junto aos Arcos fechada por uma porta com cara de colonial, que certamente dava acesso a imnóveis localizados mais atrás.
A segunda imagem mostra já os imóveis dos dois lados dos Arcos demolidos, o que escancarou a todos décadas de construções apoiadas às arcadas coloniais, causando deformidades nos arcos.
A antiga linha de construções está junto aos últimos carros estacionados e é bem demarcada pelo poste de iluminação pública em estilo NY que pode ser visto nas duas imagens, disponíveis em melhor resolução ao clicar sobre elas. Curiosamente a velha porta ainda está lá, bem como restos de paredes, o que indica que a servidão de acesso ainda servia a algum imóvel, possivelmente era uma servidão que ia até o número 80 da Rua Evaristo da Veiga, margenando os Arcos. É interessante perceber que os imóveis da parte hoje desaparecida da Rua Evaristo da Veiga ainda estavam de pé, mas seriam demolidos pouco mais a frente.
Perfeita rememoração das cercanias dos Arcos. Era um absurdo as casas coladas à estrutura dos Arcos.
Na segunda foto, ao fundo, já aparece um mega prédio!
A porta que você comentou será que não fazia parte da fábrica/galpão que está na foto também!? Poderia ser a saída dos funcionários?
O fotógrafo está na Evaristo da Veiga, junto a Joaquim Silva. A mutilação desse bairro foi criminosa.
“Os imóveis da parte hoje desaparecida da Evaristo da Veiga” por acaso seriam esses do canto direito da segunda foto, onde o fotógrafo estava? Eles não duraram até o “bombardeio” dos anos 70?
Pela posição dos arcos “duplos”, vê-se que o fotógrafo estava na subida da ladeira de Santa Teresa onde hoje há aquela fachada em ruínas, com a Mem de Sá logo a frente onde vem o carrão.
Não eles foram abaixo com a construção da esplanada de Santo Antônio, quando Lacerda reformou os Arcos em 62/63 eles não existiam mais.
Acho que você se enganou Decourt, nesta foto de 1965 eles ainda aparecem
http://www.rioquepassou.com.br/2006/11/30/arcos-da-lapa-circa-1965/
Aquilo ali é a Fundição Progresso, do outro lado dos Arcos
Eu estava falando dos imóveis que aparecem do lado esquerdo daquela foto.
Concordo com o comentário do Dr D’.Os Arcos ganharam outro aspecto após a demolição do casario em seu entorno.Nesta caso,considero a ação válida.
Os arcos duplos sao originais? Pq eles nao existem mais?
Os arcos duplos não são originais. Foram abertos no início do século 20 e fechados no final dos anos 50.
Fechados na reforma de Lacerda, já nos anos 60
Estavam alí para a passagem do bonde.
Tai, um exemplo de grau cultural dos brasileiros. Alias preservação histórica é isso mesmo, demolir os tombados e reerguer as ruínas. Estão de parabens. eta gente inteligente
No certo a rua dos arcos começava no largo dos Pracinhas ( teve este nome por causa da tinturaria do japonês que passava as roupas de brins dos soldados “Cosme e Damião” que davam preferência ao serviço dessa tinturaria que possuia a unica engomadeira que passava o brim e esticava ao mesmo tempo.
Construída por encomenda ao amigo (projetista mecânico) kasuik Hashehawa (já falecido)