Rua Barão de Petrópolis, anos 50, vista da R. Alm. Alexandrino

Nossa impressionante imagem de hoje mostra a descida da Rua Barão de Petrópolis de Santa Teresa para o Rio Comprido em algum período dos anos 50, quando ela era uma das mais rápidas vias de ligação da Z. Sul com a Z. Norte via o túnel da Rua Alice.
Chama a atenção a enorme área de cultura na direita da via, bem de fronte a Favela do Escondidinho, o que era muito comum em alguns pontos da área urbana da cidade.
Poucos anos depois essa área foi arruada e loteada, mas ao que tudo parece a pressão da favela foi mais forte e ela acabou hoje favelizada como se o Escondidinho tivesse atravessado a rua.
A rua que vemos no pé da imagem é um trecho ou da Rua Lírio Branco ou  da Rua Prefeito João Felipe. A casa que aparece no extremo esquerdo da imagem foi o cativeiro do embaixador americano Charles Elbrick e hoje, embora ainda de pé foi praticamente engolida pela favela, que se uniu com a dos Prazeres de um lado e com a São Judas Tadeu do outro, formando um dos pontos mais violentos da cidade, e que vem junto com outras favelas de menor potencial ofensivo asfixiando o Bairro de Santa Teresa.

12 comentários em “Rua Barão de Petrópolis, anos 50, vista da R. Alm. Alexandrino”

  1. Um dos lugares românticos do Rio que se foi!!
    Fico cada dia maravilhado com as fotos antigas que vejo nos FRA’s e as histórias das regiões.
    Fico me perguntando como chegamos a esse ponto?

  2. Santa Teresa foi uma perda e tanto para a cidade e seus habitantes. Embora uma parte do bairro ainda seja agradável, a violência é insuportável.
    Mesmo com a instalação de futuras UPPs a situação é crítica.

  3. Apesar de já existir uma favela a beira da rua, uma enorme reserva florestal contrabalançava com o inicio da degradação ambiental. Hoje essas áreas verdes devem estar ocupadas por favelas.

  4. Das vezes que passei dentro do 406 pela Barão de Petrópolis, então recém-chegado ao Rio, já podia ter uma clara idéia do que tinha sido o Rio Comprido um dia e o contraste com o que é hoje. Uma pena saber que não será possível retomar o que foi perdido.

  5. Certa vez estavamos no ponto mais alto do Condominio Santa Cecilia, em Santa Tereza, e de lá pode-se ter completamente a noção de como o bairro está asfixiado pelas favelas, pela falta, ou melhor pela omissão do poder público.
    A moradora do condominio, há mais de 40 anos lá, nos contava como tudo era verde, sem casas…
    Hoje as favelas acabam com o bairro mais charmoso do Rio.
    É de sentar e chorar…
    🙁

  6. Utilizei muitas vezes este túnel desde a infância. Na década de 70 este ainda era uma boa opção de ir para a zona norte para quem morava em Laranjeiras. Pouco a pouco tivemos que ir abandonando esta opção. Triste.

  7. Fiquei muito emocionado ao ver esta foto. Praticamente nasci neste trecho da Rua Barão de Petrópolis, num casarão de nr. 607 visível nesta foto mas demolida na década de 80 para a construção de um templo Mórmon, que existe até hoje. Hoje, aos 52 anos, moro na área da foto conhecida como “chácara”, outrora repleta de plantações e hoje um emaranhado de ruas repletas de casas.

  8. Belíssima recordação, da rua e época em que nasci, no Hospital da Rua Barão de Petrópolis, 2 , morava no Rio Comprido. Infelizmente engolida pelas favelas, a marginalidade tomou todos os espaços. As UPP não conseguem dominar, o que é domínio da marginalidade.

  9. Eu adoro o estado do Rio de Janeiro…não gosto dos grandes centros do Rio…muita bandidagem e outras coisas ruins…mas o interior do Rio é muito bom. Petrópolis seria a meu ponto final para uma velhice com boa qualidade de vida.

  10. saudade da minha infáncia,morava no escondidinho e andava de bicicleta na chácara onde meu pai deixava o caminhão dele hoje tenho 48 anos.

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