Av. Rio Branco, esq com Avenidas Mal Floriano e Visc. de Inhaúma.

Fazemos hoje um post duplo com o misterioso AD. do Saudades do Rio, O Clone a respeito de seu post de 23 de Março ( http://fotolog.terra.com.br/sdorio:1881 ).
O postal, que misteriosamente pertence ao acervo da Life, mostra a rotunda das principais avenidas criadas no período Passos dentro do plano estratégico de ligação das diversas marinhas da cidade com o trem e a Z. Norte e Subúrbios.
Essa era um área de negócios, notatamente ligados ao comércio, navegação e transporte ferroviário, várias importantes companhias estavam representadas por seus prédios, lojas e escritórios. É interessante lembrar que essa área fazia uma mesclada fronteira com a área bancária, tradicional desde os tempos do primeiro reinado, que ficava no entorno da velha Alfândega, inclusive a primeira Bolsa de Valores. Decididamente era uma área importante da cidade.
Mas chamo a atenção para o prédio na esquerda que contorna a rotunda e vai até a esquina com a Rua Teófilo Otoni, é o prédio que abrigava o Escritório da Royal Mail Packet Company, mostrado em cores pela foto/gravura colorizada mostrada pelo O Clone ontem. Dando a todos a perfeita localização do prédio.
A construção de autoria do Eng. Gastão Bahiana era uma das várias que o Mosteiro de São Bento possuia na região, em virtude não só da cidade ter ocupado as antigas áreas agrícolas do Mosteiro, ainda no seticentismo, como também ele foi indenizado pela a abertura de algumas vias, dentre elas a Rua D. Gerardo. A Adm. Passos permutou grandes áreas da nova avenida, nessa região com o mosteiro, por prédios demolidos e áreas ocupadas na Prainha, Rua de São Bento e Travessa de Santa Rita.
Ao fundo vemos as torres dos mais altos prédios da avenida à época, no meio da região comercial e negocial da avenida, que abrigava os importantes jornais da cidade, as melhores lojas, cafés, cinemas e associações.

9 comentários em “Av. Rio Branco, esq com Avenidas Mal Floriano e Visc. de Inhaúma.”

  1. Me parece que o único prédio sobrevivente na foto é o da Livraria da Travessa. Este nos garante um clima parisiense em meio aos camelôs e ladroes de celulares.

  2. Um detalhe: me parece que a foto nao mostra a Marechal Floriano, pois a mesma só se inicia no Largo de Santa Rita

  3. Bela Paris tropical, com suas amplas avenidas, seus prédios elegantes, suas calçadas e pistas limpas e suas pessoas bem vestidas!
    Esse é um Brasil que acabou e que não voltará! Sem choro, nem vela…
    Esse é um Rio de Janeiro que foi uma bela capital e que, apesar de continuar bonito, poderia ser bem melhor cuidado por todos nós!
    Na década de 50, a escritora inglesa Elizabeth Bishop, que viveu no Rio, dizia que ela não era uma Cidade Maravilhosa, mas um cenário maravilhoso para uma cidade…
    O que fazer para transformar esse cenário maravilhoso em uma Cidade Maravilhosa? Acho que ainda dá tempo…

    1. Um colega meu diz “Paris é a cidade mais bela que o homem construiu, o Rio é a cidade mais bela que o homem destruiu”.
      Talvez ainda haja algum Haussmann no século 22 que arrase a nossa “cidade medieval” e construa a nova Paris do terceiro milênio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

3 + 2 =