Leblon, meio dos anos 60

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Nessa coloridíssima imagem tirada do Zig-Zag do Leblon podemos ter uma idéia da ocupação do bairro no meio da década de 60.
Vemos que o bairro já estava bem adensado, mas praticamente sem construções altas, os prédios, com raríssimas exeções não passavam de 5 pavimentos, os da Av. Ataulfo de Paiva eram um pouco mais altos, em torno de 8 pavimentos. Reflexo do gabarito dos anos 30, que por falta de pressão especulativa ainda se mantinha no bairro.
A Praça Atahualpa ainda tinha muitas de suas casas, construídas no final dos anos 30 início dos 40. Mas duas construções modernas se destacavam, usando os lotes na primeira ocupação, uma delas era a casa de Antônio Ceppas, construída em 1958 com o projeto de autoria de Jorge Moreira, tida como um dos marcos da arquitetura residencial unifamiliar da corrente modernista. Demolida em 1982 para a construção de algum prédio da Sérgio Dourado.
É impressionante constatar que o bairro ainda era dominado por telhados, não por coberturas e terraços o que indicava o tipo de ocupação urbana do local.
A orla ainda mantinha o desenho básico da última reforma, do final dos anos 30, mas parece que o piso de placas de concreto já tinha sido coberto por asfalto, havendo calçadão apenas onde há as muralhas em forma de escada, construídas naquela época.
Ao fundo, na Lagoa, as favelas ainda dominavam a Praia do Pinto e a Catacumba e seriam removidas em breve. Ipanema também se mostrava sem os espigões, autorizados no final desta década, que inciaram o fim do bairro como um belo recanto da Z. Sul.
No horizonte da favela Pavão-Pavãozinho, ainda não tinha descido nem subido o morro, se mantendo mais ou menos no leito da Rua Saint Roman, algo que mudaria, para cima nos anos 70 e para baixo a partir de 1982, onde a favela desceu a encosta e simplesmente colou em quase todos os prédios que envolvem o morro, o próximo passo, sem dúvida será a fagocitação de certos logradouros como a Praça Sarah  Kubitschek