Av. Venceslau Brás, Março de 1972

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Nossa foto de hoje, mostra em alta definição, o movimento de carros no rush rumo ao Centro na manha do dia  13 de Março de 1972,  uma Segunda Feira.
O fotógrafo estava em cima de algum lugar elevado, bem no meio da pista, de fronte a entrada do Pinel, podemos ver até a faixa de cruzamento de via na parte inferior da foto.
O lugar embora a uma primeira olhada tenha mudado pouco nesses 37 anos, reserva quando observamos com atenção, detalhes nos quais podemos ver as mudanças, algumas significativas, nessa importante via de ligação da Z. Sul com o Centro.
O transito pesado é dominado por fuscas, Zés do Caixão e Corcéis, muitos de praça, também vemos muitos DKW Belcar na praça, perdidos no meio do transito ainda vemos um Dart, dois Aeros e  uma Mercedes da série W114.

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Na paissagem, a diferença notável é a presença do Estádio de General Severiano ainda de pé, vemos inclusive uma de suas entradas, por cima da marquise temos um letreiro em alto-relevo, onde podemos deduzir que está escrito ” Futebol Brasileiro” estando a parte superior ilegível por parte do mal estado da fachada, que tem elementos déco.
 

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Observamos também, o intenso processo, à época, de troca da iluminação pública da cidade, das incandescentes mantidas pela Light para as de vapor de mercúrio operadas pela CEE, companhia de iluminação do Estado da Guanabara, hoje Rio-Luz. O curioso é constatar que em menos de 5 anos todo esse parque de iluminação pública seria trocado novamente por postes de concreto com luminárias de pétulas Philips e postes curvos de 12 metros com luminárias duplas.

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Uma pequena amostra da frota e um dos ônibus da Varig, que transportava funcionários, vemos também uma Kombi oficial. Vidros abertos, quebra ventos virados e braços para fora, indicam que a temperatura não estava amena.

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Um curioso caminhâo plataforma do DETRAN-GB se mistura ao tráfego

26 comentários em “Av. Venceslau Brás, Março de 1972”

  1. Imaginem esta foto colorida! A variedade de cores era imensa, característica da época. Uma foto 2 meses mais nova do que eu. Os taxis eram azuis na época. Eles mudaram para amarelo após a fusão. Vocês sabem por volta de que ano?

    1. Augusto na realidade os taxis eram laranjas, com uma faixa azul e um dístico parecido com o das companhias de ônibus, mas isso era só para os de frota, fora os especiais que tinham as mesmas cores de hoje, vermelho, azul, branco com faixa amarela etc… Os particulares tinham a cor original do carro.
      Em 1976/77 os taxis ganharam um novo padrão, amarelos com faixas quadriculadas azuis para os particulares, e azuis com faixas quadriculadas amarelas para os de frota ou garagem, como também eram conhecidos.
      Mas como acontecia antigamente o povo continuava fugindo dos de frota, segundo os mais antigos, os motoristas eram mais malucos e os carros mal conservados.
      Certamente depois de um lobbie, as cores foram unificadas, mas por muitos anos as placas entregavam a origem do taxi, a letra que seguia o T da placa indicava se o carro era particular ou de garagem.

      1. Dos táxis de frota eu lembro que também havia amarelo-ovo com faixa preta. Lembro de ver muitos TLs assim. Acho que a mudança para a cor atual foi mais tarde, em 78-79. A cor aliás era da série normal da Volkswagen de 1977 /78 chamada “Amarelo Java”, até hoje os taxistas usam esse nome.
        Quanto à letra da placa, era TM e TN para os particulares, e TQ para os de empresa. Mais tarde quando surgiram as cooperativas adotaram as letras TO. Mas nesta foto ambos os Fusca-quatro-portas à frente têm placas TB. A propósito os ônibus eram sempre XM e XN, e mais tarde MX e NX.
        Ainda sobre táxis de empresa, é curioso que até hoje eles ainda adotem uma anacrônica numeração na porta e número de telefone na coluna traseira feitos com estêncil. Talvez por força de alguma legislação. Tenho a impressão que isso está mudando, já vi um táxi com essas inscrições com formas mais modernas.

          1. Se não me falha a memória, os táxis particulares tinham suas placas iniciadas por TA e TB.

        1. Googlando daqui e dali verifiquei que o azul se chama “azul báltico” e realmente eram cores da linha VW 1977 e 1978, sendo que o azul durou até 1979.
          http://www.classicshow.com.br/cores.htm
          Será que o azul báltico é a cor dos táxis de Niterói?
          Acho que hoje em dia poucas cidades têm carros de cor padronizada. S.J.Meriti (e não sei se outras da Baixada) usam um padrão igual ao do Rio mas com a faixa vermelha. Juiz de Fora usava o padrão original de 1978, com a faixa quadriculada. E em Porto Alegre eles são laranja-quase-vermelho com faixa azul-claro. Na maior parte das cidades, quando há padronização, são brancos.

          1. Em São Gonçalo é branco com faixa azul. Um “negativo” dos taxis de Niterói.

  2. Não vi o Mercedes citado. Vi apenas dois ônibus monobloco da Mercedes.
    Destaco também o Cirb da Amigos Unidos, na linha 573.

  3. Retificando, a linha 573 era e ainda é da Empresa São Silvestre.
    Observem também a pouca quantidade de ônibus na rua, motivo esse talvez por se ter muitos carros circulando em direção ao centro e também vale lembrar que o Metrô ainda não existia naquela época.

    1. Victor, você tem razão eu me esqueci da Viação Palácio que depois de extinta passou a linha 573 e outras para a São Silvesre.

        1. Certamente as linhas nessa época eram da Palácio. Me confundi, pois a Amigos Unidos tinha muitos Cirb’s, uma carroceria não muito comum. Comum mesmo era a Metropolitana…
          As linhas 573 e 573, antes da Palácio, pertenceram a uma empresa chamada Taquara. Essa empresa, a Taquara, fazia nos anos 50 a ligação entre Taquara e o centro o Rio, via av. 24 de Maio. No início dos anos 60, muitas empresas foram criadas, derivadas de empresas de lotação e outras, como a Taquara, mudaram a sua área de atuação, geralmente vindo dos subúrbios para a Zona Sul. Esse foi o caso da Taquara. Mas, pouco tempo depois, ela passou as linhas para a Palácio.
          Já a linha 136 é oriunda da linha de lotações Leopoldina x Leblon.

  4. Ah, chuto que o fotógrafo estaria a bordo de algum veículo no meio do engarrafamento, provavelmente um caminhão, talvez até um outro plataforma do Detran-GB.

  5. Imperdível no detalhe 3, o Zé do Caixão com escultura de capot, retirado de algum galipão levado para o ferro-velho.

  6. A padronização no amarelo java com quadriculados foi de 78 para 79.
    Só lá para 81/82 é que a faixa azul tornou-se contínua.
    Ia comentar a mascote do capô do Quatro Portas, mas o Jban viu antes…

  7. Sobre as placas:
    TA e TB eram no tempo da Guanabara.
    Depois da fusão, virou TM e TN para os particulares e TQ para frota.

  8. Falou a Enciclopédia do Automóvel no Brasil!
    Então eu estava certo, foi 78/79 mesmo. Achava difícil eu me lembrar das cores dos táxis de frota se a mudança tivesse sido antes disso.
    Outra coisa boa de lembrar, na época da faixa quadriculada, os fuscas as tinham também sobre o capô, com a faixa contínua isso acabou.
    Além disso, nesta mesma época (81/82) foi inaugurado o SMTU na Estrada do Guerenguê em Jacarepaguá, onde é (ou era) feita a vistoria dos táxis e ônibus.

  9. Repararam no Corcel branco que aparece à esquerda, apenas a metade dele?
    A grade pintada em preto é o detalhe bem “boy”: na época já existiam essas modificações!

  10. Os veículos do antigo estado da Guanabara usavam placas com letras de A até L. A excessão eram os táxis que usavam TA e TB, não sei porque. Os ônibus usavam IA e IB. Após a fusão com o estado do Rio de Janeiro, passaram a usar letras de M até Z, pois o antigo estado do Rio também usavam placas de A a L. A substituição foi por troca simples de letras. A virou M; B virou N; C virou O; D virou P; E virou Q; F virou S, G virou V, H virou W, I virou X, J virou Y e L virou Z.

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